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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Educação Ambiental: ferramenta para diminuir o descaso com o meio ambiente. Érica Sena

Crédito de Imagem:Mapio Net - Ponte Atílio Fontana 

Estava eu andando de transporte público hoje pela manhã. Estava em pé, na minha frente, estava sentada uma mãe e seu filho que aparentava uns 5 anos, ou menos, e ao passarmos pela ponte em cima do Rio Tiete o menino disse a mãe “Olha, um Rio! E a mãe, respondeu, “não é não, é esgoto. Rio é o que tem onde sua avó mora, com água limpa! ”. Fiquei perplexa ao ouvir aquilo, mas me segurei para não falar nada, e engoli, ou melhor NÃO ENGOLI, a resposta até agora, horas depois. Fui o restante do caminho refletindo, e voltei refletindo sobre essa resposta dessa mãe.

Quanto descaso com os nossos rios, nossas florestas, enfim, com a natureza em geral!! Como podemos criar cidadãos conscientes, se muitos recebem uma bagagem tão negativa como a deste menino? Será que algum dia ele terá respeito pelos rios urbanos, ou só respeitará o rio onde vive sua avó?

Se muitas pessoas enxergarem o Rio Tietê, Pinheiros e tantos outros rios urbanos como depósito de esgoto, que respeito darão a eles? Com certeza continuarão a jogar lixo e esgoto e tratá-lo com descaso. Preocupante!!!

Pensando neste menino, e até nesta mãe desinformada, e em muitos outros meninos e meninas por aí, que vejo a necessidade urgente da Educação Ambiental efetiva no ensino básico, nas reuniões de comunidade, nos meios de comunicação, usando uma linguagem simples, mas sedutora, sobre a temática ambiental, que leve ao entendimento de todos, e a construção de uma sociedade mais consciente, engajada em lutar pela qualidade de vida do seu entorno, que enxergue a natureza como o nosso maior presente, preservando-a.

Falamos muito de meio ambiente, mas muitas das vezes falamos entre nós, que gostamos e somos engajados na luta ambiental, e para os demais, que pouco conhecem a importância de conservar a natureza, como meio de sobrevivência, falamos? Venho sentindo há anos que não estamos conseguindo sensibilizar a grande massa, e sim focos pontuais, principalmente de classes com melhores condições financeiras. Muitos continuam achando que o rio, as coberturas vegetais são estorvos, e não prestam pra nada.

Será que os professores que educam as crianças nas primeiras séries até o ensino médio estão sendo capacitados a passar a Educação Ambiental, ou será que continua do mesmo modo de que quando eu lecionava, que esse assunto ficava apenas para os professores de ciências, biologia e geografia? Educação ambiental, enquanto não vira matéria obrigatória, tem que ser interdisciplinar, cabendo a todos os educadores saberem passar informações importantes.

Estamos bem longe do que deveríamos estar, me incluo também, e isso me incomoda, porque a tempo urge, a natureza continua sendo devastada e poluída a preço de banana, e grande parte da sociedade assiste a tudo como se não fosse nada com ele. Temos que mudar de atitudes, e temos que sensibilizar nosso entorno a mudar também, através da Educação ambiental.

Talvez, eu deveria ter me metido na conversa de hoje, e informado aos dois, que mesmo cheio de esgoto, sujo, feio e fedido, ele era um rio, doente, devido as nossas atitudes insustentáveis, mas com chances de se recuperar. Mas, não fiz, me acovardei diante de tanta ignorância e desprezo, e confesso que estou com isso preso na garganta, por isso resolvi escrever.

Precisamos olhar pelas nossas crianças e traze-las para nossa luta em prol do meio ambiente. Elas poderão ensinar seus pais, irmãos e avós. Se perdermos essa possibilidade, adeus futuro com qualidade para a espécie humana.

#EducaçãoAmbientalJá
Érica Sena

02/05/16

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