Inscreva-se no Feed do Pensar Eco e receba os posts por email!

www.pensareco.com

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Primeira Cúpula Mundial de Ajuda Humanitária


Ontem, 24 de maio, foi lançado em Istambul, Turquia, a  Cúpula Mundial de Ajuda Humanitária como uma resposta unida ao contínuo aumento nas emergências humanitárias, sendo  responsável por explicitar a necessidade de remodelar a ajuda humanitária em face de crises cada vez mais complexas e frequentes que afetam todo o mundo.

As mudanças climáticas foram reconhecidas pelos participantes da Cúpula como um dos principais gatilhos destas crises - incluindo a chanceler alemã Angela Merkel, o rei Mohammed VI de Marrocos, o secretário-geral da Organização para a Alimentação e Agricultura da ONU (FAO), Jose Graziano da Silva e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, bem como pela Reino Unido, Nauru, Fiji, a Cruz vermelha Internacional e o Crescente Vermelho, e Ashley Judd em nome do Fundo de População das Nações Unidas. 

Na Cúpula, houve uma chamada pela integração das intervenções humanitárias, de consolidação da paz, de desenvolvimento e de resiliência, de modo a gerar maior eficácia e favorecer os compromissos assumidos no Acordo de Clima Paris e também os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Para isso, foram lançadas algumas iniciativas que focam na resiliência ao clima (ver destaques abaixo).

Além disso, houve um movimento para fornecer financiamento mais disponível e flexível para as pessoas em risco antes dos impactos e crises que já são esperados. No geral, há um maior entendimento de é preciso mudar o foco das respostas de curto prazo para a preparação eprevenção, porque isso salva vidas e poupa recursos.

Logo após a Cúpula, o Resumo do Presidente feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, será lançado juntamente com um Compromissos com a Ação, os quais formalizam os anúncios feitos durante a cúpula.

No final do ano, também será concluído um relatório do Secretário-Geral sobre os resultados da Cúpula, o qual está previsto para ser entregue para acompanhamento pelo novo Secretário Geral da ONU, que estará em vigor até ao final do ano.

Na sua conferência de imprensa de encerramento, Ban Ki-moon repreendeu os líderes das principais economias por sua ausência da Cúpula, lembrando-lhes de sua obrigação de proteger as pessoas vulneráveis. Nesse sentido, o encontro do G7 desta quinta e sexta-feira no Japão, no qual as mudanças climáticas, as opções de energia, a gestão de riscos e as ameaças à saúde estarão no topo da agenda, transforma-se em uma oportunidade única de pegar o bastão de Istambul.

Os líderes do G7 podem avançar com os planos para descarbonizar suas economias com os quais se comprometeram em Paris no ano passado, respondendo aos fortes apelos feitos na cúpula de Istambul para uma ação climática que combata um dos principais fatores das crises humanitárias de hoje.

Principais destaques:

  •  30 doadores e agências de ajuda se inscreveram para o Grande Acordo que é um pacote de 51 medidas para reformar o sistema de ajuda humanitária, com o objetivo de torná-lo mais eficiente, oferecendo ajuda cada vez mais flexível e mais localizada de forma colaborativa, permitindo economizar US $ 1 bilhão por ano. Esta iniciativa foi impulsionada por compromissos individuais de cada país para dar mais ajuda para aqueles que precisam. Por exemplo, a Bélgica se comprometeu a dar 25% do seu financiamento a grupos locais e nacionais até 2020, enquanto a Suíça vai garantir 50% da sua assistência oficial para desenvolvimento para os estados em situações de fragilidade.
  •  A Parceria Global para a Preparação  foi lançada pelo grupo V20 de países vulneráveis ao clima, em colaboração com as agências da ONU, para ajudar um conjunto inicial de 20 dos países em maior risco a atingir um nível mínimo de prontidão para choques futuros em 2020.
  •  A Plataforma de Risco Global é uma plataforma conjunta de análise de risco onde os conflitos, desastres e riscos das alterações climáticas serão avaliados para identificar vínculos e promover a programação para lidar com esses riscos correlacionados. Ela será apoiada pela análise do novo data center da UN OCHA, o qual será estabelecido nos Países Baixos no início de 2017.
  •  Agências da ONU e ONGs assinaram a promessa de paz que apela às organizações humanitárias, de desenvolvimento e de consolidação da paz para que trabalhem em conjunto para aplicar uma abordagem sensível para os riscos interligados de conflitos violentos, as catástrofes e as alterações climáticas.
  • Com as cidades na linha da frente de muitos impactos das alterações climáticas, incluindo o aumento do nível do mar e inundações, a nova Aliança para Crises Urbanas foi lançada para criarabordagens inovadoras para lidar com crises urbanas. Ela irá compartilhar dados, metodologias, bases de evidências e tem como objetivo aumentar a resiliência.


Fonte: AViV Comunicação
<---conte da="" do="" postagem---="" sua="">

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pensar Eco agradece sua visita!
Comente, sugira, critique, enfim, participe!!! Isso é muito importante!
Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...