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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

José Goldemberg: Porta-voz das energias renováveis

 

Consultoria

Fotos: Renato Negrão

Em 1978, um artigo publicado na prestigiada revista Science, escrito pelo físico José Goldemberg, revelou ao mundo o etanol e a primeira tecnologia de exploração da cana-de-açúcar como combustível. Era um tempo de crise do petróleo. Por isso, a empreitada brasileira foi vista exclusivamente como uma estratégia econômica. Pouca atenção se deu ao fato de que representava uma alternativa viável de geração de energia de fonte renovável. As mudanças climáticas se encarregaram, no entanto, de botar os pingos nos is, enfatizando não só a escassez da commodity que move o mundo, mas também aos impactos da emissão de CO2, resultante da sua queima.

Agora, a boa nova anunciada por Goldemberg é que os países em desenvolvimento não precisam repetir os paradigmas tecnológicos seguidos pelas nações desenvolvidas. Em linha com o technological leapfrogging, conceito elaborado pelo físico na década de 80 para designar estratégias de fomento às energias renováveis, ele defende a adoção de metas de redução de emissões pelos países em desenvolvimento. “A adoção da meta é um esporão para se procurar tecnologias limpas. No momento em que se fixa um limite, surge a obrigatoriedade de tomar as medidas para concretizá-lo”, afirma.

Segundo o físico, na perspectiva de desenvolvimento de baixo carbono, a maior economia da América Latina assume, naturalmente, uma posição vantajosa. “O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode ser autossuficiente em energia”, reforça Goldemberg. Mas para que o potencial de desenvolvimento sustentável se realize na plenitude de suas possibilidades, o professor acha que falta sobretudo planejamento. Diante das dificuldades de obter as licenças ambientais para construção de novas hidroelétricas, o governo aprovou a construção de termelétricas, o que, segundo o professor da Universidade de São Paulo, demonstra que o Ministério das Minas e Energias não está levando tão a sério o problema das mudanças climáticas. “A verdade é que os ambientalistas têm que ser enfrentados com as alternativas que existem, e as opções são as hidrelétricas ou as usinas a carvão, claramente muito mais poluentes, ou mesmo a nuclear. A partir daí a escolha tem que ser feita. Governar é fazer escolhas e defendê-las depois de tê-las feito”, dispara Goldemberg com a habitual verve crítica.

Difícil abordar o tema da energia no Brasil sem se referir a algumas das muitas ideias defendidas por Goldemberg, um pensador do mundo acadêmico que nunca recusou as convocações que recebeu para atuar na vida pública. Depois de passar pela diretoria da Eletropaulo na década de 80, comandar a Secretaria de Ciência e Tecnologia (1990-1991) e o Ministério da Educação (1991-1992) no curto governo Fernando Collor de Melo, articular a Eco 92 e capitanear a pasta de meio Ambiente do governo do Estado de São Paulo (2002-2006), Goldemberg preside hoje o Instituto de Eletrotécnica da Universidade de São Paulo.

No ano passado, obteve reconhecimento internacional ao ser homenageado com o Blue Planet, um dos mais importantes prêmios ambientais, oferecido pela fundação japonesa Asahi Glass. O físico também foi apontado como um dos Heróis do Meio Ambiente, pela revista norte-americana Times.

Na entrevista a seguir, concedida a Juliana Lopes e Ricardo Voltolini, Goldemberg analisa os desafios e oportunidades relacionados à questão energética, no Brasil e no mundo.

Ideia Socioambiental: Considerando a questão das mudanças climáticas e o potencial de geração de empregos das energias renováveis, o senhor acredita que esse setor conseguirá atrair mais investimentos no médio e longo prazo?

José Goldemberg: Com a crise econômica do ano passado, o mundo se deu conta de que a superação desse quadro requer mudanças no sistema financeiro, mas também no modo de produção. Então, passou-se a olhar a crise como uma oportunidade. E a iniciativa partiu de gente como Gordon Brown e Obama, primeiro-ministro da Inglaterra e novo presidente dos EUA, que lideram as grandes economias do mundo. Toda orientação que esses países estão seguindo é de tentar estabelecer o que eles chamam de economia verde e isso reflete nos pacotes de estímulo recentemente lançados. Dos planos econômicos anunciados por diversos governos, 6% dos valores previstos destinam-se à economia verde, incorporando ações que acabarão por ajudar a resolver problemas ambientais. A China, por exemplo, investirá U$S 68 bilhões, os Estados Unidos, U$S 67 bilhões, a União Européia, U$S 12 bilhões e o Japão, U$S 8 bilhões.

Todo esse investimento privilegiará atividades que conduzem a uma economia verde, como projetos de energias renováveis ou medidas de eficiência energética. Isso mostra que há uma preocupação real com o aquecimento global e que a crise atual está servindo de instrumento para tentar resolver os problemas ambientais. As razões são várias. Uma delas é que as energias renováveis geram mais empregos do que as não renováveis. Existem números que comprovam isso. Pegue-se, por exemplo, a Petrobras, que produz dois milhões de barris de petróleo por dia. Dividindo essa quantidade de barris por 50 mil, o número de funcionários da companhia, cada empregado gera 40 barris. Fazendo a mesma conta para o etanol, gerado a partir de cana de açúcar, o resultado é bem diferente. O Brasil produz 16 bilhões de litros por ano, ou 300 mil barris por dia de etanol. Em compensação, a indústria sucroalcooleira emprega 700 mil pessoas. Cada empregado produz meio barril. Conclui-se, portanto, que o setor de álcool produz menos que a Petrobras, mas gera mais empregos. O mesmo acontece com outras fontes de energia renovável, como a eólica, por exemplo. Com a crise, os países se deram conta desses números e passaram a estimular o setor das energias renováveis para recuperar a economia e, ao mesmo tempo, reduzir suas emissões. Essa mudança de percepção, por parte de alguns governos, deve se refletir nas negociações de Copenhague, em dezembro próximo.

I.S: O Brasil também deveria pensar em uma política de incentivo para o setor de energia renovável?

J.G: Em relação ao combate às mudanças climáticas, o Brasil tem poucos problemas. O país é um emissor modesto de carbono porque grande parte da energia, como se sabe, é de origem hidrelétrica. O desafio está em reduzir efetivamente o desmatamento da Amazônia, que produz três vezes mais gases de efeito estufa do que o resto do Brasil. Mas há uma novidade não muito boa nesse quadro. Diante da dificuldade na construção de usinas hidrelétricas, o governo, em desespero, tem autorizado a realização de leilões para a produção de novas fontes de energia. Quem ganha com esses leilõsses leiles são as usinas movidas a carvão e óleo diesel, excessivamente poluentes. Pelo modelo que o governo está seguindo, até o ano de 2017, a percentagem de fontes renováveis em nossa matriz energética, hoje de 85%, cairá para 75%, devido ao aumento das usinas termoelétricas. Em sua defesa, o governo afirma que os ambientalistas não deixam construir, mas o motivo real é a falta de planejamento.

O planejamento de usinas hidrelétricas aqui no Brasil praticamente cessou. Isso porque, na década de 1990, quando começou a privatização da Eletrobras, que acabou não se completando, o setor de planejamento da Petrobras começou a se esvaziar. A conseqüência disso é que não há usinas com o planejamento pronto para serem licenciadas. Também é preciso um pouco de coragem para enfrentar as ONGs. A verdade é que os ambientalistas têm que ser enfrentados com as alternativas que existem, e as opções são as hidrelétricas ou as usinas a carvão, que são muito mais poluentes, ou mesmo a nuclear. A partir daí a escolha tem que ser feita. Governar é fazer escolhas e defendê-las depois de tê-las feito.

I.S: Como o Brasil pode transformar as suas vantagens comparativas, decorrentes, sobretudo, de uma matriz energética predominantemente de fonte renovável, em vantagens competitivas de fato?

J.G: No fim do governo Fernando Henrique formulou-se um programa chamado Proinfa, voltado para energias renováveis, pelo qual se estabeleceu algumas diretrizes, como preços mínimos e máximos para leilões. O primeiro, para energia eólica, será realizado no final do ano. Isso deveria ter sido feito em 2004, mas vai acontecer apenas agora. E um dos argumentos é que a indústria brasileira não está capacitada para fazer os equipamentos. Mas se não começarmos a fazer, não estaremos capacitados nunca. Tome o exemplo da indústria automobilística. No começo, todos os automóveis eram importados. Aí veio a Volkswagen e começou a montar veículos no Brasil. Como o mercado era grande, não valia a pena trazer as peças da Alemanha. Hoje a indústria nacional é de primeiro mundo. Automóveis que circulam no México e em toda a América Latina são produzidos aqui. Então, não há nenhum motivo para que com essas novas tecnologias não se siga o mesmo modelo.

I.S: No âmbito das energias renováveis, quais, na sua opinião, têm maior potencial de desenvolvimento no Brasil?

J.G: O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode ser autossuficiente em energia. Os Estados Unidos estão muito longe de atingir a autossuficiência. A segurança energética tem sido pauta de todos os presidentes norte-americanos. Aquele país importa hoje mais da metade do petróleo que consome. Isso explica as razões da forte presença militar americana no Oriente Médio. Já o Brasil é praticamente autossuficiente. A primeira grande fonte de energia que vejo para o País é a hidrelétrica. Mas, como já afirmei, essa área precisaria ser objeto de um planejamento mais sério para permitir que os projetos fossem aprovados com maior agilidade. O que o Brasil deve fazer, a meu ver, é expandir as hidrelétricas e o uso da biomassa. O uso do bagaço para a produção de energia elétrica está virando uma grande atividade industrial e comercial. Em petróleo, o Brasil é autossuficiente. E se o pré-sal for desenvolvido - o que ainda exigirá uma longa caminhada - ele pode ser exportado. Essa seria a alternativa natural. As alternativas vento e sol não são tão importantes no Brasil quanto na Europa, tanto que os europeus estão pensando seriamente em utilizar o deserto do Saara, uma área que tem apenas Sol, para colocar coletores solares, gerar energia elétrica e transportar para os seus países. Mas, claro, trata-se de um processo bastante caro.

I.S: Projetos para geração de energia renovável costumam enfrentar mais dificuldades para obter financiamento. Argumenta-se que há um risco maior do que no caso de tecnologias convencionais que usam combustíveis fósseis. Esse cuidado procede mesmo no caso de tecnologias que se mostraram tecnicamente eficientes, como as PCHs e a biomassa?

J.G: Não acho que o problema seja o risco. Algumas tecnologias são mais caras mesmo. Mas o que os governos fizeram na Europa e nos EUA foi obrigar as empresas de produção de eletricidade a colocar na sua matriz uma taxa de energias renováveis. Isso é o que chamamos de Global Protocol Standards. Eles foram criados, curiosamente, no Texas, quando o George Bush (filho) era governador. Essa lei estabeleceu que as concessionárias de energia poderiam gerar eletricidade da maneira que quisessem – por carvão ou petróleo - mas 10% deveria ser destinado às fontes renováveis. Acho que uma lei como essa caberia no Brasil, a fim de privilegiar a energia eólica e solar. Na Alemanha, eles foram mais longe ainda. Se um morador colocar um conjunto de coletores solares em seu quintal, a empresa geradora de eletricidade é obrigada a comprar a energia gerada. Eles chamam isso de feed in law. Por isso, o vento se tornou um grande negócio na Alemanha. Existem soluções, mas os governos precisam ter uma visão clara do aquecimento global. Quando se lê o que o Ministério de Minas e Energia está fazendo no Brasil, percebe-se que ainda não se está levando o problema a sério.

I.S: Existem projetos de lei hoje tramitando no Congresso que tratam da questão da taxação de atividades com maior impacto ambiental. Qual a sua opinião sobre o assunto?

J.G: Essas medidas estão sendo tomadas no mundo todo. É a ideia de botar uma taxa sobre o carbono. Existem duas maneiras de se fazer isso. A primeira forma é a que os economistas gostam: coloca-se um preço no carbono a fim de desestimular as atividades altamente emissoras. Trata-se de ferramenta puramente econômica. No entanto, esse método acaba por encarecer as atividades. Esse é um raciocínio perverso, que acabaria beneficiando a energia nuclear. Mas a energia nuclear não prosperou por outras razões, não necessariamente econômicas, simplesmente porque as pessoas não querem esse tipo de risco por perto.

Na Europa, preferiu-se estabelecer mandatos. O governo decide que no ano que vem tem que emitir 10% menos carbono, repassando essa meta às empresas. Algumas delas conseguem mudar seu processo produtivo rapidamente e não usam a cota, podendo vendê-la para outras empresas. Assim, cria-se um mercado muito ativo de créditos de carbono. No fundo, se estabeleceu um valor para a tonelada de carbono, hoje aproximadamente € 10.

I.S: A precificação de carbono é uma tendência irreversível? Os países passarão a adotar seus próprios regimes de comercialização de créditos de carbono? De que maneira isso impactará as energias renováveis?

J.G: A lei americana que regulamenta o Emission Trading, aprovada recentemente na câmara baixa, configura para mim uma tendência universal. Defendo esse sistema para o Brasil, apesar de ser um país em desenvolvimento. A China e a Índia estão se opondo à adoção de uma meta. Acham que se um país está crescendo, o fato de aceitar uma meta prejudicará seu desenvolvimento. Não concordo com essa ideia. A adoção da meta é um esporão para se procurar tecnologias limpas. No momento em que se fixa um limite, surge a obrigatoriedade de tomar as medidas para que ele se concretize. Atualmente, metade das emissões advém dos países ricos. Então, é impossível resolver os problemas só com ações das nações industrializadas. Ainda que, subitamente, elas deixassem de aumentar as emissões de carbono, as emissões dos países em desenvolvimento continuariam a fazer subir a concentração de carbono na atmosfera.

Em visita recente à China, Hillary Clinton argumentou que sendo um grande emissor, aquele país deveria ter compromissos e responsabilidades de redução. No entanto, alegando ser uma nação em desenvolvimento, o ministro chinês afirmou que não aceitaria metas. Isso é uma incompreensão do que se chama desenvolvimento porque é possível se desenvolver a partir de uma trajetória melhor e mais sustentável.

Os Estados Unidos sozinhos respondem por 25% da emissão mundial. Mas a China também emite 25%. A diferença é que os EUA são grandes importadores de matérias-primas e produtos manufaturados de todo o mundo. No projeto de lei norte-americano que estabelece metas de redução das emissões há um dispositivo, determinando que os produtos importados sejam taxados de acordo com seu conteúdo de carbono. Isso vai forçar os outros países a rever e reduzir a utilização de produtos e processos altamente emissores. Com essa história, o Brasil acaba se saindo bem porque o etanol brasileiro é melhor do que o americano. Vale lembrar que os EUA colocaram uma taxa para impedir que a entrada do etanol brasileiro lá. Usando a regra de que quanto menos carbono, menos barreira há, o etanol brasileiro tem mais chance de ser valorizado.

I.S: Quais as suas expectativas em relação à Conferência do Clima, a ser realizada em Copenhague, no mês de dezembro?

J.G: O cenário mais otimista que podemos esperar é de um acordo pelo qual os países industrializados se comprometam a reduzir suas emissões de 50% a 80% até 2050. Também é importante que adotem metas intermediárias, pois 2050 está longe e prometer o futuro costuma ser tarefa muito fácil. A União Européia prometeu reduzir suas emissões em 20% até o ano de 2020. A adoção dessa meta pelos demais países industrializados seria para mim um resultado bom da Conferência de Copenhague. Defendo também que os países em desenvolvimento adotem metas mandatórias. Seria uma meta mais fraca, mas eles passariam a também aceitaria limites em suas emissões de carbono..

I.S: Normalmente, encontros como o de Copenhague reúnem lideranças políticas do mundo todo. Que papel as empresas podem exercer na negociação de um acordo climático?

J.G: Elas estão participando ativamente. Redes como a do World Business Council for Sustainable Development (Wbcsd) reúnem as grandes empresas mundiais. Como perceberam que se opor é pior, na medida em que os governos adotarão medidas difíceis de cumprir, elas têm discutido entre si o que podem fazer. Isso já rendeu relatórios muito bons. Estão pensando da seguinte forma: melhor fazermos nós mesmos, que entendemos do nosso negócio, senão vamos ter que aceitar uma lei imposta de cima para baixo, com grandes chances de ser mal formulada. No fundo, acho que é verdade. As facas do governo não são bem afiadas. A mão costuma ser pesada e o olhar não atento para os detalhes importantes. Então há áreas em que se pode fazer muita coisa, outras não.

Na área de cimento, por exemplo, o Wbcsd tem um relatório mostrando que boa parte das indústrias no mundo poderia melhorar seus processos. O mesmo acontece com a indústria siderúrgica, que tem sido bastante ativa. Por exemplo, a ideia de utilizar carvão vegetal de floresta plantada está tomando corpo. As empresas têm um papel importante, quando trabalham de boa fé, sem a preocupação de fazerem green washing. Só vou levar a sério companhias que produzirem, junto com o balanço financeiro anual, um balanço de suas emissões de gases de efeito estufa.

I.S: Enquanto se discute a necessidade de frear o aquecimento global e, portanto, reduzir o consumo de energia em diferentes processos, um terço da população mundial não tem acesso à energia elétrica. Como universalizar o acesso à energia sem comprometer a sustentabilidade?

J.G: Curiosamente, quem está fazendo isso direito é o governo brasileiro e o da África do Sul. Apesar de ter sido inventado por uma razão totalmente diferente, de natureza eleitoral, o Programa Luz Para Todos é o único caminho certo. E o governo brasileiro colocou bastante dinheiro, já que um projeto desse porte custa caro. Cada família “ligada” à rede de distribuição de energia custa, em média, U$S 2 mil. O governo brasileiro já gastou entre U$S 4 bilhões e U$S 5 bilhões nessa iniciativa. O Luz Para Todos está fazendo sucesso e já “ligou” muita gente. Agora, restou uma quantidade muito grande de comunidades isoladas, sobretudo na Amazônia, porque lá não se pode puxar linha de eletricidade. E tem pelo menos umas 300 comunidades isoladas que utilizam motores a diesel - um problema terrível – como única alternativa para não ficarem no escuro. Agora há projetos de colocar unidades que já tenham energia solar. Isso está começando agora e é uma boa oportunidade.

Fonte: Idéia Socioambiental

Um comentário:

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Érica Sena
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