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segunda-feira, 14 de março de 2016

Vamos destinar nosso material reciclável corretamente? Parte 1


Todos nós reclamamos dos lixos jogados nas ruas, nos terrenos baldios, mas será que fazemos a nossa parte, além de reclamar das atitudes alheias?

Quantos de nós separam os materiais recicláveis do lixo comum? E dos que separam, quantos sabem o destino desse material para centrais de triagem ou cooperativas de reciclagem, por meio da do recolhimento porta a porta pelos caminhões de coleta seletiva ou nos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs)? Conheço alguns que separam seus materiais e destinam para a coleta de lixo normal, isso vale?

Para acontecer um bom gerenciamento integrado do lixo nos municípios, depende do nosso empenho também. Não adianta só cobrar dos governantes! O nosso trabalho, como sociedade, é um dos mais importantes, porque é através dele que esse material volta a cadeia produtiva, transformando-os em novos produtos. E se não fizemos o descarte correto contaminaremos muitos materiais, inviabilizando o processo.

Você separa o material reciclável regularmente? E sabe fazer essa separação de modo correto?

Acompanhe as matérias das próximas semanas e saiba mais como fazer essa separação de modo rápido, simples e eficiente.


Antes de começar a falar sobre o assunto, que tal revermos conceitos?

Lixo: vem do latim LIX que significa "cinzas", no contexto de uma época onde a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e fogões. Outra origem da palavra lixo vem de LIXARE (polir, desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais. Hoje lixo, pelo dicionário Aurélio significa: 1. O que se varre da casa e da rua, e se joga fora; entulho. 2. Coisa imprestável.

A palavra lixo tem como sinônimo da linguagem técnica o termo resíduo sólido. Lixo é todo e qualquer resíduo sólido resultante das atividades humanas.

Coleta Seletiva: é a separação dos materiais recicláveis, ainda nas residências, comércios, industrias, instituições, etc, e entregue à destinação correta: a reciclagem. O recolhimento do material pode acontecer de duas formas: de porta em porta, através de caminhões de coleta seletiva que passam semanalmente nas residências, ou nos Postos de Entrega Voluntária (PEV) espalhados pela cidade.

Reciclagem:  é o processo onde o material descartado volta para a cadeia produtiva ao se transformar em matéria-prima para a produção de novos produtos, que podem ser iguais ou não ao original. Esse processo ocorre em indústrias recicladoras. Artesanalmente, podemos reciclar o papel, mas o restante necessita-se de um aparato industrial.
 Exemplo: cada duas garrafas pets ao passar por um processo industrial produz uma camiseta.

Nas centrais de triagem, operadas por cooperativas de reciclagem, chegam os materiais misturados (plástico, papel, vidro e metal), onde são jogados em esteiras de triagem, para serem separados de acordo com sua composição. Depois de triados, os materiais são compactados com o uso de equipamentos compactadores, formando fardo, que serão vendidos para as empresas recicladoras referentes ao tipo de material. trabalho dos catadores é o eixo central do processo, sem o trabalho deles, o material não sairá da nossa casa e não chegará as empresas recicladoras.
A reciclagem reduz, de forma importante, impacto sobre o meio ambiente, pois esse processo diminui a extração de matéria-prima da natureza, além de gerar economia de água e energia e reduz a disposição inadequada do lixo. Além disso, é fonte de renda para os catadores.

Reutilização: utilização de um produto ou embalagem mais de uma vez para diversos fins, que não comprometam suas estruturas.
Exemplo: o uso de uma garrada pet de vaso para plantas.
Agora que já conhecemos alguns conceitos principais, vamos falar sobre a separação do lixo.

Como separar o material reciclável do lixo comum?

Dois sacos de lixo são o suficiente para fazer a separação: um para o lixo comum (lixo úmido), e outro para o reciclável. (Lixo seco)

Esqueça aqueles lixos coloridos: amarelo, verde, azul e vermelho, pois aqui no Brasil o material é misturado nas esteiras de triagem, e sendo assim, esses recipientes são desnecessários em qualquer local. Em empresas, comércios, instituições basta ter duas lixeiras ou contêineres: lixo normal e outro para reciclável.

Uma observação: lavar ou não lavar o material, antes de descarta-lo?

Vivemos numa crise hídrica, e não é apropriado que gastemos água potável para lavar o material, até porque eles serão higienizados nas empresas recicladoras. Mas temos que lembrar que antes disso, esses materiais serão armazenados nos galpões das cooperativas, e o restos de alimentos poderão atrair animais, microrganismos que poderão afetar a saúde dos cooperados. 

É necessário tirar os resíduos. Como? Algumas dicas:

  • ·         use a água residual da pia para lavar as embalagens;
  •     embalagens de margarina, requeijão, etc, quando estiverem no fim, use um pedaço de pão e retire o excesso, e coma. É uma maneira deliciosa de limpar as embalagens;
  • use papel para tirar os resíduos, e jogue o papel no lixo comum.

Embalagens com gordura não devem ser misturadas com as demais, sendo descartadas no lixo comum.

Deixe o material em local seco, onde não chova nos materiais.

Quando se torna hábito, essa separação acontece de forma espontânea, sem tomar tempo.

Aguarde a matéria sobre cada tipo de material na próxima semana: separando plástico e vidro

Érica Sena: bióloga, gestora ambiental, educadora-

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2 comentários:

  1. Estava a ver sobre os materiais a reciclar, em Portugal além do papel,embalagens e vidros. Há recolha de outras coisas como pilhas, oleo de cozinha, lampadas, capsulas de café, rolhas de cortiça, não sei se no Brasil também há. Mas cá estes tipo de recolha, embora existam, acho que são pouco divulgados, acho que também os devemos divulgar :)

    Sónia

    ResponderExcluir
  2. Olá Sonia..
    infelizmente aqui também é complicado. Pra fazer a verdade até a coleta seletiva normal é muito pequena. Temos que melhorar.
    Abs.
    Érica

    ResponderExcluir

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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