Hoje, dia 17 de julho é o Dia da Proteção às Florestas no Brasil e é um convite para refletirmos sobre o nosso papel na preservação desses tesouros naturais. Nossas florestas são a casa de uma biodiversidade incrível, reguladoras do clima e fontes de vida para todos nós.
É importante notar que, como estamos em julho de 2025, os dados anuais completos de desmatamento para todos os biomas brasileiros em 2025 ainda não foram divulgados pelos órgãos oficiais como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) ou outras instituições de monitoramento. Geralmente, esses dados são compilados e liberados com um certo atraso, focando em períodos fechados, como o ano-safra (agosto a julho) ou o ano civil completo.
No entanto, já temos alguns alertas de desmatamento e análises parciais referentes a 2025 e dados consolidados de 2024, que nos dão uma boa ideia da situação:
Situação do Desmatamento nos Biomas Brasileiros (Dados mais recentes disponíveis)
Amazônia:
Dados do Imazon e INPE indicam que o desmatamento na Amazônia teve aumento em meses específicos de 2025.
“Esses números evidenciam uma crescente pressão sobre a Amazônia e servem como um sinal de alerta para a necessidade de fortalecer as ações de monitoramento na região. Para reverter esse cenário, é fundamental intensificar a fiscalização, ampliar as operações de combate aos crimes ambientais e fortalecer políticas que incentivem a proteção e o uso sustentável da floresta”, afirma a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.
Segundo os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, mostram que Mato Grosso liderou a devastação em janeiro deste ano, concentrando 45% do total detectado. Roraima (23%) e Pará (20%) aparecem em seguida, e juntos, eles somam 88% da redução de vegetação registrada na Amazônia.
Em 2024, a Amazônia registrou uma queda de 30,6% no desmatamento em comparação com 2023, atingindo 6.288 km² (dado consolidado pelo PRODES/INPE, divulgado em novembro de 2024).
Cerrado:
O Cerrado, infelizmente, tem se mantido como o bioma com a maior área desmatada nos últimos anos. No acumulado de agosto de 2024 a junho de 2025, houve uma redução de 22,5% nos alertas de desmatamento em comparação com o período anterior, totalizando 5.091 km².
Em 2024, o desmatamento no Cerrado foi de 652.197 hectares, o que representou uma queda de 25,7% em relação a 2023.
Mata Atlântica:
Em 2024, a área total desmatada na Mata Atlântica caiu 14% em relação a 2023, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica e o INPE. No entanto, a perda de matas maduras (as mais biodiversas) teve uma redução menor, de apenas 2%.
Caatinga:
A Caatinga registrou uma redução de 13,4% no desmatamento em 2024 comparado a 2023, com 174.511 hectares desmatados.
Pampa:
O bioma Pampa teve uma queda de 42% no desmatamento em 2024, com uma área desmatada de 13.472 hectares.
Pantanal:
O Pantanal demonstrou uma queda significativa no desmatamento entre agosto e novembro de 2024, com redução de 77,2% em comparação com o mesmo período de 2023. Essa tendência de queda também foi observada até maio de 2025.
É fundamental acompanharmos os dados de órgãos como o INPE (com o sistema DETER para alertas em tempo real e o PRODES para dados anuais consolidados) e instituições como Imazon e MapBiomas, que fornecem informações atualizadas sobre o desmatamento em nossos biomas.
Que neste dia, e em todos os outros, renovemos nosso compromisso em cuidar do que é nosso: o verde que nos cerca e nos sustenta.
Pequenas ações geram grandes transformações.
Vamos juntos proteger nossas florestas! 🌳💚
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Fonte:
IMAZONMAP BIOMAS
