Sou o azul que veste o mundo, a imensidão que abraça continentes.
Em meu seio, a vida pulsa em cores infinitas, segredos milenares e a promessa de um futuro.
Sou o
Oceano, o berço, o sopro, a melodia ancestral que embala a própria existência.
Mas hoje, minha canção ancestral silencia sob um manto cinzento.
Minhas águas, antes cristalinas, se turvam com a indiferença, com o descarte irrefletido.
Plástico e veneno, redes fantasmas e o cruel avanço da destruição.
Cada onda que beija a areia, traz consigo um lamento, um pedido mudo de socorro.
Mas não é tarde. Ainda há tempo de ouvir meu clamor, de sentir a urgência desse instante.
Que neste Dia Mundial dos Oceanos, cada coração se una, cada mente se ilumine.
Reconstruam a ponte entre o respeito e a existência.
Cuidem de mim, como eu cuido de vocês.
Que vossas escolhas sejam o renascer, a promessa de um
futuro onde minhas águas voltem a ser o azul puro, o berço da vida, o eterno
pulsar de toda a esperança."
Texto: IA
Narração: Mauricio Senabat