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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Plantação exagerada de matéria-prima dos biocombustíveis prejudica o planeta!!!


Uma nova geração de biocombustíveis, que deveria representar uma alternativa de baixa emissão de carbono, irá, na média, emitir mais dióxido de carbono do que a queima da gasolina ao longo das próximas décadas, diz estudo publicado na revista Science.

Governos e empresas estão destinando bilhões de dólares em pesquisas para o desenvolvimento de combustíveis avançados feitos de madeira e capim, com o objetivo de cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa e evitar a competição com lavouras de alimentos, como ocorre com o combustível derivado de milho.

Mas esses biocombustíveis avançados, ou "celulósicos", na verdade levarão a emissões de carbono mais elevadas que a gasolina por unidade de energia produzida, na média do período 2000-2030, determinou o estudo.

Isso porque a terra necessária para o plantio das árvores de crescimento rápido e do capim tropical deslocará lavouras de alimentos para áreas hoje ocupadas por florestas, causando desflorestamento, um fenômeno emissor de carbono.

Lavouras de biocombustível também requerem fertilizantes nitrogenados, uma fonte de dois gases do efeito estufa: dióxido de carbono e óxido nitroso.

"Creio que no curto prazo, não importa como se administre o programa de biocombustíveis celulósicos, haverá emissões de gases do efeito estufa, exacerbando o problema do aquecimento global", disse o principal autor, Jerry Mello, do Laboratório de Biologia Marinha dos Estados Unidos.

O grupo de produção de etanol americano Renewable Fuels Association disse que os biocombustíveis são, por definição, neutros em termos de emissão de carbono, porque o gás emitido pelos escapamentos é reabsorvido pelas plantas.

Sem que se tomem medidas para proteger florestas e cortar o uso de fertilizantes, a gasolina bate os biocombustíveis no período 2000-2050, também.

Outro estudo, também publicado na Science, diz que as Nações Unidas exageraram o poder dos biocombustíveis de reduzir o carbono na atmosfera, num erro copiado pela União Europeia em sua lei de comércio de emissões, ao ignorar o desflorestamento e outras mudanças no uso da terra.

"Existe uma pressão constante para a conversão da biomassa do mundo em uma fonte de energia", disse Steve Hamburg, principal cientista do grupo Fundo de Defesa Ambiental e coautor desse segundo artigo.

"Ele então compete com a agricultura, proteção da água, biodiversidade e muitas outras coisas, e isso não traz benefícios para a atmosfera", disse ele. (Fonte: Estadão Online)
  Fonte: Ambiente Brasil


 Eu, Érica, sempre fui contra muitos agricultores que pararam sua plantação de alimentos, para plantarem as matérias- primas dos biocombustíveis( mais rentáveis ). Sei que o dinheiro fala mais alto, mas também sei que sem os alimentos ( nosso combustível) de nada adiantará o restante!!!!!





3 comentários:

  1. Isto dos biocombustíveis, dependendo por quais se opta, é tão mau ou pior como o petróleo... Como já fiz referência no meu blog http://otempoquehadevir.blogspot.com/2009/10/26.html

    já existem outros métodos, mais recentes e menos danosos, de produção de biocombustíveis, pelo que insistir nos métodos de 1ª e 2ª geração é mais um daqueles erros que já estamos a pagar caro...

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  2. Excelente matéria, Érica!
    Na verdade, o nome bio, é dado para suavizar o termo correto: agrocombustível.
    Como diziam nossos antepassados, vamos trocar seis por meia dúzia?
    O que sabemos, de certo, é que temos um cobertor grosso demais, que o aquecimento global é fato, e que se não houver investimento em tecnologia para um combustível limpo, a vaca vai pro brejo.
    Beijos e abraços.

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  3. Olá Érica

    Eu também sempre tenho tido muitas reservas contra os biocombustíveis, pois parece-me que estão a causar maior dano ao planeta que o petróleo, como também o disse Voz a 0 db. Sei que tem sido uma aposta forte no Brasil, onde muitas pessoas os defendem.
    Por isso. fco muito contente que tenha "postado" esse texto, pois é preciso que as pessoas se apercebam que há também muitas desvantagem nessa fonte energética, como a desflorestação, a alteração da agricultura com redução da produção de alimentos. E acaba sendo "queimado", como o petróleo, gerando CO2.

    Parabéns pelo blogue, e pelos temas que aborda.
    Pena que eu não consiga acompanhá-la, o seu ritmo é "demais", e não dá tempo a ler todos os seus "posts", mas passo por "cá" sempre que posso.

    Beijos e abraços, que agora parece chamar-se "abreijos" :)

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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