O fluxo do vazamento estimado por cientistas do governo e técnicos
independentes, de 2 milhões a 3 milhões de litros de petróleo por dia,
fez com que, na semana
passada, se confirmasse este desastre maior que o do navio-tanque
Exxon Valdez --em 1989, despejou 42 milhões de litros no Alasca.
Em declarações ao programa "Meet the Press", do canal NBC, Browner falou
assim depois que a companhia BP, responsável pelo derramamento,
anunciou o fracasso dos planos de bloquear o fluxo de petróleo com uma
injeção de lama pesada, chamada de "top kill".
"Isso quer dizer que há mais petróleo vazando no golfo do México que em
qualquer outro momento de nossa história. E isso significa que há mais
petróleo que durante a mancha negra provocada pelo Exxon Valdez no
Alasca (1989)", disse Browner.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o vazamento
contínuo é "tão enfurecedor quanto doloroso".
AP/Nasa | ||
Foto de satélite da região atingida pelo vazamento de óleo no golfo do México, considerado o pior desastre ambiental dos EUA |
Top kill
Por volta de 25% da zona econômica do golfo do México foi posta em
restrição, de acordo com a National Oceanic and Atmospheric
Administration, segundo a rede de notícias CNN.
Para efetuar o "top kill", a BP vinha lançando uma grande quantidade de
um fluido de alta densidade --uma espécie de híbrido de lama com
cimento-- no local do vazamento desde quarta-feira (26).
A estratégia nunca havia sido testada numa profundidade tão grande
quanto a do poço no Golfo do México (1.500 metros).
A BP disse que já está preparando o próximo procedimento na tentativa de
conter o vazamento. O novo plano consiste no uso de submarinos robôs
junto a uma válvula de contenção.
A companhia estima que o procedimento leve quatro dias para ficar
completo.
"Estamos confiantes que o trabalho vai funcionar, mas obviamente nós não
podemos garantir o sucesso", declarou o chefe de operações da BP, Doug
Suttles, sobre o novo plano.
Fonte : Jornal Folha de SP, 30/05
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Érica Sena
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