Pesquisadores do Rio Grande do Sul encontraram uma forma de gerar
energia elétrica a partir da lama.
Cerca de três mil navios circulam por ano no porto do Rio Grande
(RS). Para garantir esse movimento, embarcações cavam buracos debaixo da
água e sugam a areia para aumentar a profundidade do canal. O trabalho
tem que ser feito todos os anos. Ao todo, são retirados 1,5 milhão de
metros cúbicos de material.
Todo o lodo é jogado fora. E os cientistas da Universidade Federal do
Rio Grande querem acabar com o desperdício.
Segundo os pesquisadores, a lama contém altas concentrações de uma
bactéria conhecida como micróbio elétrico. Essa bactéria se alimenta de
restos de peixes, algas e vegetais que estão na lama. No final da
refeição, produz energia elétrica que é liberada em forma de pequenas
partículas chamadas de elétrons.
Os pesquisadores montaram uma pequena usina no laboratório. Placas de
grafite captam a energia liberada pelas bactérias, que segue por fios
até uma bateria. A energia liberada é suficiente para carregar um
celular.
Os cientistas vão propor a construção de uma usina em tamanho
industrial. A energia produzida no local será suficiente para abastecer
uma cidade com 500 mil habitantes.
A maior vantagem é a economia, dizem os pesquisadores. O custo de uma
usina desse tipo é menor do que o das hidrelétricas. E a matéria prima
viria das obras de dragagem do porto. (G1)
Fonte: Ambiente Brasil, 04/06
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Érica Sena
Pensar Eco