Protesto do Greenpeace em Brasília expõe bancada da motosserra, que
aprovou reforma de Código Florestal que anistia crimes ambientais e
aumenta desmatamento.
Ativistas do Greenpeace ligaram sirenes hoje na Câmara dos Deputados
para alertar os eleitores brasileiros que um grupo de políticos em fim
de mandato quer usar as eleições como combustível para acabar com as
florestas do país.
O protesto interrompeu a votação da comissão especial que discute o
Código Florestal, com a mensagem "Não vote em quem mata florestas".
Apesar da natureza pacífica da ação, três ativistas foram agredidas
física e verbalmente pela segurança da casa.Aumento do desmatamento é o que vai resultar da aprovação, por uma comissão apinhada de ruralistas em fim de mandato, da proposta do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
O relatório de Aldo Rebelo perdoa quem já cometeu crime ambiental e abre possibilidade de redução dramática da reserva legal, área dentro de cada propriedade que deve ser mantida.
"A proposta votada na comissão especial é o maior retrocesso que nossa lei de florestas já sofreu. Além de dar um sinal verde para mais destruição, com uma anistia ampla a quem desmatou ilegalmente e cometeu crimes ambientais nas últimas décadas, a proposta de mudança permite o uso político do Código Florestal na barganha da campanha eleitoral", diz Rafael Cruz, coordenador de campanha do Greenpeace.
Modificações de última hora apresentadas pelo próprio deputado – após receber críticas de organizações do campo, ambientalistas, parlamentares e partidos que acompanham a matéria, além de parte do Ministério do Meio Ambiente – não são suficientes para impedir o estrago que a proposta pode causar à biodiversidade brasileira.
Um exemplo claro toca as áreas de preservação permanente. Antes Aldo tinha deixado seu desenho nas mãos de governos estaduais, mais suscetíveis a pressões. Isso ele mudou, mas na prática a teoria é outra: agora, quando o órgão estadual achar que há interesse público ou impacto ambiental baixo, pode liberar o desmatamento ali.
O texto agora segue para o plenário da Câmara, onde valem pressões e negociatas políticas.
Para Cruz, a preservação das florestas
brasileiras, um patrimônio de todos os brasileiros, poderá ser barganhada por votos durante a campanha eleitoral.
“Isto não reflete a vontade da sociedade brasileira nem as necessidades
de preservação da biodiversidade e do clima em todo o mundo”, diz.
"Os responsáveis por duas das principais commodities brasileiras compreendem que o mercado moderno não quer produtos manchados pela destruição ambiental. Enquanto eles investem no Brasil do futuro, os políticos da motosserra na mão olham apenas para o passado", diz Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace.
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Ruralistas-rifam-florestas-por-eleicao/
Sobre a aprovação do Relatório de mudança do Código Florestal...quem foi a favor e quem foi contra....
- Os que votaram A FAVOR da mudança:13
Anselmo
de Jesus (PT-RO) - Homero Perera (PR-MT) -
Luis Carlos
Heinze (PP-RS) - Moacir Micheletto (PMDB-PR) -
Paulo Piau
(PPS-MG) - Valdir Colatto (PMDB-SC) - Hernandes
...Amorim
(PTB-RO) - Marcos Montes (DEM-MG) - Moreira Mendes
(PPS-RO)
- Duarte Nogueira (PSDB-SP) - Aldo Rebelo (PCdoB...-SP)-
Reinhold Stephanes (PMDB-PR)- Eduardo Seabra (PTB-AP) -
- Os que votaram contra: 5
Mas infelizmente por enquanto a galera do MAL ganhou....mais a luta continua!!!
Se depender deles ficaremos sem o verde!!
É hora de lutar contra isso tudo: é agora ou agora!!
Érica Sena
Parabéns Érica, SENSACIONAL!
ResponderExcluirEm breve, estarei postando algo sobre o assunto.
Obrigado por nos fornecer estas preciosas informações. Abraços!
Antonio Gabriel
Diário do Verde