Cientistas criaram um mapa da gravidade terrestre, mostrando as
diferentes influências desta força física ao redor do planeta.
O modelo, conhecido como geoide, define onde estão os níveis da
superfície terrestre, esclarecendo se o sentido é “para cima” ou “para
baixo”.
Os cientistas afirmam que os dados podem ser usados em inúmeras
aplicações, entre elas nos estudos de mudança climática para ajudar a
entender como a grande massa de oceanos move calor ao redor da Terra.
O novo mapa foi apresentado em um simpósio sobre observação terrestre
em Bergen, na Noruega, onde também estão sendo apresentados dados
recolhidos por outras missões da Agência Espacial Europeia (ESA, na
sigla em inglês).
Antes do fim da década, cerca de 20 missões da ESA totalizando cerca
de 8 bilhões de euros serão lançadas para observar o espaço através de
sondas.
Os cientistas dizem que o mapa permitirá aos oceanógrafos definir
como seria a forma dos oceanos se não houvesses marés, ventos e
correntes marítimas. Subtraindo a forma do modelo, ficam evidentes estas
outras influências.
Esta informação é crucial para criar modelos climáticos que levam em
conta como os oceanos transferem energia ao redor do planeta.
Usos - Há outros usos para o geoide. O modelo
fornece um sistema universal para comparar altitudes em diferentes
partes da Terra, à semelhança dos aparelhos de nivelamento que, na
construção, revelam aos engenheiros para onde um determinado fluido
corre naturalmente dentro de um tubo ou cano.
Cientistas geofísicos também podem usar os dados da sonda para
investigar o que ocorre nas entranhas profundas da Terra, especialmente
naqueles pontos susceptíveis a terremotos e erupções vulcânicas.
“Os dados da Goce estão mostrando novas informações no Himalaia, na
África Central, nos Andes e na Antártida”, explica o coordenador da
missão da Esa, Rune Floberghagen.
“São lugares bem inacessíveis. Não é fácil medir variações de alta
frequência no campo gravitacional da Antártida com um avião, porque há
poucos campos aéreos a partir dos quais operar.”
A altitude extremamente baixa da Goce deveria limitar a utilização da
sonda por no máximo mais dois anos. Entretanto, níveis relativamente
baixos de atividade solar produziram condições atmosféricas calmas,
fazendo o satélite consumir menos combustível que o estimado.
A equipe crê que a sonda poderia ser utilizada até 2014, quando a
falta de combustível desaceleraria a nave, obrigando-a a sair de órbita.
(Fonte: Folha.com)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2010/06/30/56832-cientistas-fazem-mapa-da-gravidade-da-terra.htmlFonte: Ambiente Brasil, 30/06
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Érica Sena
Pensar Eco