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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pensar Eco fala sobre o conceito de Solo- parte 1


                      I- O que é solo? 
Por mais que pareça uma pergunta simples, não é. Pois o conceito de solo varia de acordo com a sua utilização:
Engenharia civil: material escavável, que perde sua resistência quando em contato com a água.
Agronomia: camada superficial de terra arável, possuidora de vida microbiana.
Arqueologia: material no qual se encontram registros de civilizações e organismos fósseis.
Geologia: produto do intemperismo físico e químico das rochas.
Pedologia: camada viva que recobre a superfície da terra, em evolução permanente, por meio da alteração das rochas e de processos pedogenéticos comandados por agentes físicos, biológicos e químicos Esta é a ciência que estuda a formação do solo, e foi iniciada na Rússia por Dokuchaiev no ano de 1880.

O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de seres vivos são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na rocha até a formação do solo.

Todo este processo leva muito tempo para ocorrer. Calcula-se que cada centímetro do solo se forma num intervalo de tempo de 100 a 400 anos! Os solos usados na agricultura demoram entre 3000 a 12000 anos para tornarem-se produtivos.  (EMBRAPA)

Independente dos conceitos acima, o solo é um componente biótico complexo, mas facilmente degradado pelas ações antrópicas como: poluição e contaminação.Voce sabe qual é a diferença entre poluição e contaminação?

Segundo o dicionário de Direito Ambiental, tem-se:

  •  Contaminação ambiental é a introdução, no meio ambiente, de agentes que afetam negativamente o ecossistema, provocando alterações na estrutura e funcionamento das comunidades.

  •   Poluição ambiental é a alteração das condições físicas, químicas ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, em níveis capazes de, direta ou indiretamente, serem impróprias, nocivas ou ofensivas à saúde, à segurança e ao bem-estar da população; pode criar condições adversas às atividades sociais e econômicas; ocasionar danos à flora, à fauna, a outros recursos naturais, às propriedades públicas e privadas ou à paisagem urbana.

II- Solos contaminados
“O ser humano  sempre alimentou a idéia de que o solo teria uma capacidade ilimitada para assimilar cargas poluidoras, de maneira que todo o descarte de resíduos seria totalmente assimilado , sem maiores conseqüências .” ( Alfredo Carlos C.Rocca)*

Atualmente sabe-se que não é verdade a idéia acima, pois a capacidade do solo é limitada e  os contaminantes podem permanecer por longos anos no solo alterando a qualidade e o tornando impróprio para uso.

Por mais que existam muitas áreas contaminadas em nosso estado, e também em nosso país, essas áreas só representam risco para o meio ambiente e para saúde humana quando envolve o uso e ocupação do solo , no qual os contaminantes presentes excederem os limites considerados aceitáveis,se existirem receptores sensíveis  e a possibilidade de ocorrer algum impacto negativo.

Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) - lei federal nº 6.938/81, o solo é
 um dos bens a ser protegido. Mas infelizmente não é posta em prática essa proteção, já que cada vez mais novas áreas contaminadas se agregam às existentes. E assim, faz-se necessárias implantações de políticas ambientais que utilizem instrumentos  para idntificação e remediação destas áreas, prevenindo  ou diminuindo os riscos existentes.

                                                              Érica Sena- 11/08/2010


Bibliografia consultada por mim:
·         Rocca, Alfredo C.C.-Os passivos ambientais e a contaminação do solo e das águas subterrâneas- Livro Modelos e ferramentas de GA,2006- SENAC- pág 247-284.

  
Pesquisando na internet sobre esse assunto achei um site que explica de forma simples e clara a contamunação do solo. 
 Leia:


O uso da terra para centros urbanos, para as atividades agrícola, pecuária e industrial tem tido como conseqüência elevados níveis de contaminação. De fato, aos usos referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados, deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc. Assim, ao longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais.
A contaminação do solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada (solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
Regra geral, a contaminação do solo torna-se problema quando:
  • há uma fonte de contaminação;
  • há vias de transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área contaminada;
  • há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação.
O problema pode ser resolvido por:
  • remoção dos indivíduos e/ou bens ameaçados;
  • remoção da fonte de poluição;
  • bloqueamento das vias de transferência (isolamento da área).






     
    III- Medidas de recuperação do solo
    Se o estudo de solos contaminados é recente, a investigação e desenvolvimento de processos e tecnologias de tratamento é-o ainda mais. A abordagem das áreas contaminadas considera, normalmente, três fases fundamentais:
    1. Identificação das áreas contaminadas (inventários);
    2. Diagnóstico-avaliação das áreas contaminadas;
    3. Tratamento das áreas contaminadas.
    Atualmente consideram-se três grandes grupos de métodos de descontaminação de solo:
    • descontaminação no local ("in-situ");
    • descontaminação fora do local ("on/off-site");
    • confinamento/isolamento da área contaminada.
    Esta 3ª opção não se trata verdadeiramente de um processo de descontaminação, mas sim de uma solução provisória para o problema. O tratamento do solo como metodologia de recuperação de áreas contaminadas é uma alternativa cada vez mais significativa relativamente à sua deposição em aterros sanitários, devido essencialmente ao aumento dos custos envolvidos. 

    Mais: http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/poluicao_do_solo.htmcontinuação

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Érica Sena
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