Em 2010, cerca de 46 mil focos de queimadas foram registradas pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe) em todo o país. O número representa
aumento de aproximadamente 150% em relação aos focos detectados no ano
passado.
Apesar deste ano ter temperaturas mais altas, umidade relativa
do ar mais baixa e menos chuvas do que 2009, não se deve creditar o
aumento de incêndios às causas climáticas, de acordo com a pesquisadora
do instituto, Karla Longo.
“O fato de termos uma estação seca e outra úmida, é natural,
mas uma estação de queimadas é opção do país. As pessoas assumem essa
sazonalidade como normal, o que não é verdade”, diz a pesquisadora.
Segundo ela, 99% das queimadas são provocados. As condições atmosféricas
favorecem os incêndios, mas as principais causas são econômicas e
culturais.
De acordo com Karla, é muito comum colocar fogo na vegetação nesta
época do ano. Na Amazônia, por exemplo, a quantidade de água na
vegetação é alta, por isso agricultores e pecuaristas da região derrubam
a mata, esperam secar e, quando o clima fica mais propício, justamente
na estação mais seca, colocam fogo completar o desmatamento da área.
Segundo ela, o modelo de produção agrícola e pecuária extensiva,
bastante adotado no Brasil, contribui para esse tipo de desmatamento.
Além disso, colaboram alguns hábitos da população. “É comum pessoas que
colocam fogo na sujeira depois de varrer o quintal ou que jogam bituca
de cigarro na estrada”.
A pesquisadora explica ainda que, com a propagação de
incêndios, aumenta a concentração de monóxido de carbono (CO) na
atmosfera, o que traz prejuízos econômicos e ambientais.
“Há redução da
produtividade agrícola e alteração do ciclo da água. Estudos
feitos no Acre e em Mato Grosso associam o número de internações
hospitalares à concentração de fumaça na atmosfera”, observa Karla.
No mês de agosto, a Região Norte foi responsável pela maioria das
queimadas (65%) e chegou a registrar a emissão de 23 milhões de
toneladas de monóxido de carbono. Do total, o Inpe estima que apenas 10%
seja proveniente de emissões industriais e de veículos. A concentração
mais alta é a do estado do Pará, seguido de Mato Grosso e Rondônia. (Fonte: Radiobrás)
Fonte: Ambiente Brasil, 01/09
Olá Érica
ResponderExcluirEntão o Brasil também está a arder? Até vi um "tufão" de fogo na net!Impressionante.
Por cá, não há muito esse hábito das queimadas, e este verão tem sido um inferno com os fogos - ainda hoje neste pequenos país, iniciaram mais de 100 fogos, e em Julho e Agosto foi demais, este ano!
São tantos os motivos e todos juntos: desleixo de cigarros, de "picnics" na floresta, foguetes das festas populares, doentes mentais piromaníacos, calor a mais, falta de prevenção.
Já morreram bombeiros, já arderam casas, pecuárias, tem sido terrível. E o calor, que em Setembro costuma estar bem mais ameno, continua... e com vento, que só piora.
è tudo junto...
Beijinhos