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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Causa de aumento de focos de queimada em 150% neste ano não é climática, diz pesquisadora

Em 2010, cerca de 46 mil focos de queimadas foram registradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em todo o país. O número representa aumento de aproximadamente 150% em relação aos focos detectados no ano passado.

  Apesar deste ano ter temperaturas mais altas, umidade relativa do ar mais baixa e menos chuvas do que 2009, não se deve creditar o aumento de incêndios às causas climáticas, de acordo com a pesquisadora do instituto, Karla Longo.

“O fato de termos uma estação seca e outra úmida, é natural, mas uma estação de queimadas é opção do país. As pessoas assumem essa sazonalidade como normal, o que não é verdade”, diz a pesquisadora. Segundo ela, 99% das queimadas são provocados. As condições atmosféricas favorecem os incêndios, mas as principais causas são econômicas e culturais.

De acordo com Karla, é muito comum colocar fogo na vegetação nesta época do ano. Na Amazônia, por exemplo, a quantidade de água na vegetação é alta, por isso agricultores e pecuaristas da região derrubam a mata, esperam secar e, quando o clima fica mais propício, justamente na estação mais seca, colocam fogo completar o desmatamento da área.

Segundo ela, o modelo de produção agrícola e pecuária extensiva, bastante adotado no Brasil, contribui para esse tipo de desmatamento. Além disso, colaboram alguns hábitos da população. “É comum pessoas que colocam fogo na sujeira depois de varrer o quintal ou que jogam bituca de cigarro na estrada”.

A pesquisadora explica ainda que, com a propagação de incêndios, aumenta a concentração de monóxido de carbono (CO) na atmosfera, o que traz prejuízos econômicos e ambientais. 

“Há redução da produtividade agrícola e alteração do ciclo da água. Estudos feitos no Acre e em Mato Grosso associam o número de internações hospitalares à concentração de fumaça na atmosfera”, observa Karla.

No mês de agosto, a Região Norte foi responsável pela maioria das queimadas (65%) e chegou a registrar a emissão de 23 milhões de toneladas de monóxido de carbono. Do total, o Inpe estima que apenas 10% seja proveniente de emissões industriais e de veículos. A concentração mais alta é a do estado do Pará, seguido de Mato Grosso e Rondônia. (Fonte: Radiobrás)
Fonte: Ambiente Brasil, 01/09

Um comentário:

  1. Olá Érica

    Então o Brasil também está a arder? Até vi um "tufão" de fogo na net!Impressionante.

    Por cá, não há muito esse hábito das queimadas, e este verão tem sido um inferno com os fogos - ainda hoje neste pequenos país, iniciaram mais de 100 fogos, e em Julho e Agosto foi demais, este ano!

    São tantos os motivos e todos juntos: desleixo de cigarros, de "picnics" na floresta, foguetes das festas populares, doentes mentais piromaníacos, calor a mais, falta de prevenção.

    Já morreram bombeiros, já arderam casas, pecuárias, tem sido terrível. E o calor, que em Setembro costuma estar bem mais ameno, continua... e com vento, que só piora.

    è tudo junto...

    Beijinhos

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Érica Sena
Pensar Eco

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