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sábado, 29 de janeiro de 2011

A pintura da sua obra pode ser sustentável, sem ‘manchar’ o meio ambiente





Existem inúmeras maneiras de causar menos impacto ao meio ambiente no nosso dia a dia.

Separar o lixo e destinar para reciclagem, gastar menos água e energia, usar menos sacolas plásticas são ações simples já conhecidas que, aos poucos, conquistam mais adeptos.

Mas e ao reformar a casa, por exemplo, podemos ser ecológicos? A bioconstrução já mostra que são diversas as formas de gerar menos poluentes.

É preciso dar atenção ao entulho – procurar reaproveitar o que for possível e o restante destinar à reciclagem. Priorizar produtos e mão-de-obra locais e materiais sustentáveis também tornam uma obra mais “verde”, como tijolos especiais, madeira de reflorestamento, telhas e piso reciclados.

Outra alternativa são as tintas e revestimentos ecológicos. Feitos a partir de diferentes matérias-primas naturais, não possuem solventes e metais pesados encontrados em pigmentos sintéticos.

O produto sustentável pode sair mais caro que o convencional, mas o investimento compensa. 

Segundo o bioconstrutor Gustavo de Souza, a pintura, além de ecológica, tem mais qualidade e acabamento diferenciado.

- É um material atóxico e inodoro, resistente às intempéries, de longa durabilidade, não trinca, não desbota, não descasca e quando descartado na natureza se reintegra sem impactar negativamente – garante Gustavo, que trabalha com construções sustentáveis.
A principal matéria-prima do produto que Gustavo utiliza é a terra, em diferentes cores e tonalidades, extraída de jazidas certificadas. A produção do pigmento é um processo físico, sem emissões tóxicas e com baixo consumo de energia.

A tinta é a base d’água, não forma película sintética e possui uma porosidade que deixa a parede “respirar”, ou seja, permite a troca de calor entre os ambientes.
A temperatura dos cômodos fica mais agradável e, consequentemente, o consumo de energia com refrigeradores de ar diminui.
O produto pode ser aplicado na parte interna ou externa das construções, em superfícies de alvenaria, madeira, metal, plástico e gesso. O rendimento é de, pelo menos, 1 litro/m² com duas demãos acabadas.

- A tinta funciona como uma pasta de acabamento, sendo assim dispensa massa corrida ou fundos preparatórios, exceto quando aplicada sobre gesso, gerando economia no custo final por metro quadrado – afirma Gustavo.

Existem também outros tipos de tinta natural, feitos de cal, caseína, minerais, proteínas, óleos e frutas (veja exemplos abaixo).

A segurança para quem pinta é outro benefício dos pigmentos ecológicos, já que não possuem compostos orgânicos voláteis (COVs).

Os COVs são substâncias poluentes derivadas do petróleo que agridem a camada de ozônio e a saúde dos seres humanos, pois são cancerígenos.

As tintas ecológicas também são isentas de conservantes e, por isso, têm prazo de validade menor que as convencionais. A secagem da pintura sustentável demora um pouco mais, pois não há substâncias químicas no produto que aceleram a secagem.

As sobras de tinta natural podem ser descartadas junto com o lixo orgânico. Já os pigmentos à base de solventes são tóxicos e precisam de tratamento especial.
Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 23 de dezembro de 2010, as lojas revendedoras são obrigadas a coletar os recipientes e destiná-los para descontaminação e reciclagem.

Com tantas opções sustentáveis de uso e descarte, é possível não deixar “manchas” no meio ambiente ao colorir a sua obra.

- O custo benefício, qualidade e características fazem com que a tinta ecológica seja uma das mais baratas se levarmos em conta o preço que toda a sociedade paga junto com o desajuste do clima e o aquecimento global. Os impactos gerados pelo modelo convencional de construção onera toda a sociedade com um preço que já está sendo pago e ainda ficará para as futuras gerações – defende Gustavo de Souza, adepto da bioconstrução.

Tipos de pigmentos naturais (fonte: Atitude Sustentável)
Tinta de caseína: é a mistura da caseína – uma proteína do leite – com pigmentos. O acabamento é uniforme e é utilizada para paredes internas e móveis. A mistura pode inclusive ser feita em casa.
Tintas de cal: feitas com cal e pigmentos naturais, dão uma aparência leve e antiga nas paredes internas e externas.
Tintas naturais ou orgânicas: são feitas com extratos vegetais e minerais misturados com óleos e resinas naturais. Podem ser feitas em casa com frutas ou verduras.
Tintas livres de COVs: quase idênticas às tintas comuns, ainda são mais caras que as tintas convencionais.
Tintas minerais: feitas de materias minerais, não contém substâncias tóxicas. Ela deve ser diluída em água antes do uso. Pode ser encontrada na Idhea.Danuza Mattiazzi, do Vida Orgânica (EcoDebate)

Fonte: Mercado Ético,25/1

3 comentários:

  1. Érica, seu blogue (e você) está imparável.

    Lá no meu blogue, no post sobre Reciclagem de radiografias foi uma pessoa de SP, Cleide, perguntando sobre a reciclagem de radiografias em São Paulo e eu encaminhei-a para si e para o Pensar Eco.

    Beijinhos e boa semana

    ResponderExcluir
  2. Olá, toda a postagem é super interessante, vou copiar, mas, essa parte me chamou a atenção: "Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor desde 23 de dezembro de 2010, as lojas revendedoras são obrigadas a coletar os recipientes e destiná-los para descontaminação e reciclagem." Não sabia!

    Vou aproveitar e olhar também a parte de como reciclar radiografias, fora devolver ao hospital, não sei de outra saída, vou lá no blog ver!
    Beijo e adorei tudo!!!

    PS: Tem endereços de locais no Rio onde encontre essa tinta? Não é tão fácil assim. Estou com obra e uso tinta a base de água, mas, não creio que sejam totalmente sustentáveis.

    ResponderExcluir
  3. Obrigada Manuela e Lola pelo cometário, pelo carinho.
    Lola, não sei onde vende não.

    Eco bjs,
    Érica Sena

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Érica Sena
Pensar Eco

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