Fiz essa matéria em dezembro de 2010 para o Jornal ZNnalinha e não tive tempo depublic ar no Pensar Eco. E por achar que foi um evento interessante que participei estou publicando agora.
Foi uma manhã bem legal ...não conhecia essa aldeia, que se localiza perto de casa( Pico do Jaraguá), podendo ver assim a situação difícil em que vivem, mas também a vontade de lutar por melhores condições e acessibilidade a sociedade.
Eu acompanhada de minha amiga Fernanda Beda pudemos perceber a precariedade em que esse povo vive e ao mesmo tempo perceber a força da cultura indígena, através de sua linguagem, hábitos, moradias e do orgulho que exibem essa marca.
É triste ver, que a maioria dos índios urbanos presentes nesse encontro, afim de conquistar oportunidades melhores de vida, tiveram que abrir mão de hábitos indígenas, saindo de suas aldeias, e perdendo suas características.
Viva os remanescentes Guaranis!!!!
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ENCONTRO DAS LIDERANÇAS INDÍGENAS DE SÃO PAULO
No domingo, 05 de dezembro aconteceu uma reunião com algumas lideranças indígenas de São Paulo e da Grande São Paulo com representante da FUNAI. O motivo foi explicar melhor as recentes mudanças ocorridas nessa Fundação descritas no Decreto Nº 7.056 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2009.
O encontro indígena aconteceu em uma das Aldeias Guarani, encontrada perto do Pico do Jaraguá - a Tekoá Pyaú, com a participação de representantes de várias outras aldeias, vindas principalmente na região de Parelheiros, e com o atual Administrador da FUNAI, o Amauri Vieira.
O evento se deu em várias partes. Começou com um café agradável em uma das instalações da aldeia; depois em outro espaço deu-se a abertura feita pelo Índio mais velho e apresentação de todos os presentes. Após a abertura o administrador da FUNAI leu e explicou o Decreto para melhor entendimento. Grupos foram formados para haver uma melhor discussão sobre o tema e as dúvidas transformadas em perguntas direcionadas ao Amauri.
Sobre as Aldeias Guarani, Tekoá Pyaú e Tekoá Ytú
Localizadas na Zona Oeste de SP, perto do Pico do Jaraguá, essas aldeias urbanas vivem em situações precárias, sem infra-estrutura e sem qualidade de vida. A Tekoá Pyaú está entre as menores aldeias do Brasil que esperam pela demarcação de sua terra de apenas 2,7 hectares, onde vivem mais de 80 famílias.
Diante da precariedade que vi, mudanças de estrutura da FUNAI são necessárias, caso sejam direcionadas para Políticas Indigenistas que lutem pela proteção e promoção dos povos indígenas.Mas também pude ver a cultura arraigada, lutando para não ser esquecida com o passar dos anos.Para eles foi um dia de entender e cobrar seus direitos, mas para mim foi um momento de reflexão.
Érica Sena: bióloga, gestora ambiental
Fotos tiradas por mim e por Fernanda Beda ( veterinária e ambientalista)
1- A localização da Aldeia e a vista do Pico do Jaraguá- SP
2- A aldeia e suas lindas construções
Vista das Ocas |
Chuveiro |
O telhado da Oca visto de dentro
3- O Encontro Indigena
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Cachimbo da paz |
Personalidades grandes e pequenas: hora do lanche. |
4- Precariedade dentro da Aldeia: barracos, sujeira, falta de saneamento e de qualidade de vida. Cadê a proteção aos povos indigenas???
Eu e Fernanda Beda |
Uma família indígena moderna e globalizada |
boa noite, sou do blog formigueiross.blogspot.com e gostaria de ser parceiro. fico no aguardo
ResponderExcluir2,7 hectares para 80 famílias??
ResponderExcluirMinha gente!