Se ele não defender as SACOLINHAS PLÁSTICAS, quem as defenderá, fora o Gentili na Galileu.????..rs
Leia na íntegra e se puder comentem!!
"O plástico é bom para o ambiente"
As notícias não são boas para os fabricantes de plástico. Na última semana, o governo do Estado de São Paulo recomendou às redes de varejo que deixem de distribuir sacolinhas até o fim do ano.
Os consumidores terão de levar suas sacolas reutilizáveis de casa. Ou pagar R$ 0,19 por um saquinho biodegradável de amido de milho. Algumas cidades, como Belo Horizonte, transformaram essas medidas em lei. O movimento é visto com bons olhos pelos ativistas ambientais. Mas Miguel Bahiense, presidente do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), fundado por fabricantes como a Braskem, a Dow e a Petroquisa, quer mostrar que as sacolinhas plásticas podem ser amigas do meio ambiente.
ENTREVISTA - MIGUEL BAHIENSE |
QUEM É Miguel Bahiense nasceu em Salvador. Tem 38 anos. Diz que não é contra as ecobags (sacolas retornáveis), mas nunca teve uma O QUE FAZ É engenheiro químico e presidente de três entidades pró-plástico: Instituto do PVC, Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida) e Instituto Nacional do Plástico |
ÉPOCA – O plástico virou o grande
vilão ambiental. Como convencer os consumidores do contrário?
Miguel Bahiense – Os consumidores não escolheram abolir a sacola. Uma pesquisa do Ibope mostra que 75% das donas de casa preferem esse produto. Entretanto, elas são influenciadas por diversas pessoas. Desprovidas de argumentos científicos, elas o adotaram como o monstro dos problemas ambientais. São políticos que criam leis descabidas, jogadas de ecomarketing etc. As informações contra as sacolinhas terminam por chegar à população por meio da imprensa de forma equivocada.
ÉPOCA – O plástico vai parar em
depósitos de lixo ou mesmo na natureza e leva milhares de anos para se decompor.
Por que não evitá-lo?
Bahiense – O plástico não é um problema em si. Depende de como se usa. Ele é um material totalmente reciclável. A questão é usar o produto de forma eficiente. Cada sacola deve transportar o peso máximo estabelecido em norma. A depender do tipo de sacola, pode ser de 5, 6 ou 7 quilos. Se usarmos o máximo da capacidade de cada sacola, precisaremos de menor quantidade delas. O ponto-chave é a educação. Lançamos em 2008 um programa para a fabricação das sacolinhas dentro das normas, com um selo de garantia. O passo seguinte é treinar caixas e empacotadores. Em três anos, reduzimos 3,9 bilhões de sacolas no mercado. Estimamos reduzir mais 750 milhões em 2011.
ÉPOCA – Algumas redes de supermercado
agora cobram pelas sacolinhas. É uma forma eficiente de induzir mudanças?
Bahiense – No Brasil, sempre é o consumidor quem paga a conta final. Algumas leis até obrigam a venda, e inclusive o tipo de sacola a ser usada. Acho que o consumidor tem o direito de escolher a forma que mais lhe convém. Determinar o tipo de sacola é uma agressão a esse direito de escolha. O consumidor fica mais prejudicado quando é obrigado a pagar. As chamadas ecobags são uma jogada de marketing. Ecobags são apenas sacolas retornáveis. Dentro desse conceito, posso chamar uma sacolinha comum de ecobag. Basta que eu a leve de volta ao supermercado.
ÉPOCA – Não seria melhor abolir as
sacolinhas?
Bahiense – As sacolas fazem falta para embalar o lixo. Cerca de 65% do lixo urbano é resto de comida, material orgânico. E nunca o colocamos num minhocário (para virar adubo). As pessoas reutilizam as sacolas de supermercado para embalar o lixo doméstico. É a forma mais adequada de descartar o lixo, por evitar contaminações. É uma questão de saúde pública. Se as sacolinhas fossem banidas, teríamos de pensar algo do tipo “os meus saquinhos plásticos para pôr meu lixo estão acabando, vou ao supermercado comprar mais”. Para as pessoas de renda elevada, pode parecer insignificante. E a população de baixa renda? Ela passará a não ter mais sacola, pois não poderá pagar por elas e colocará o lixo em tonéis (de plásticos) em suas residências. Isso, certamente, causará sérios impactos ambientais, pois terá ao lado de sua casa ponto de atração para ratos e baratas, por exemplo, como acontecia anos atrás, antes de as sacolinhas aparecerem.
ÉPOCA – Como o plástico poderia ser
bom?
Bahiense – Recentemente, a Agência Ambiental Britânica divulgou um estudo que compara as sacolinhas plásticas comuns com embalagens feitas com outros materiais, como papel, tecido, fibras naturais ou mesmo plástico mais rígido. Quem teve o melhor desempenho foi a sacolinha comum. Ela se sai melhor quando você considera outros itens. A fabricação e o uso das sacolinhas são o que menos emite gás carbônico, responsável pelas mudanças climáticas, um dos temas que mais aflige a comunidade científica mundial. O consumo energético para fazer vidro e alumínio é entre dez e 15 vezes maior que para fundir o plástico e transformá-lo num produto. Ele também leva vantagem no transporte. Como é mais leve, economiza combustível dos caminhões. Sua reciclagem também é um processo menos eletrointensivo. Em termos de emissão de carbono, o plástico sai na frente. O plástico é parte da solução ambiental.
ÉPOCA – Mas a pesquisa britânica diz
que a sacola retornável será melhor se as pessoas a usarem várias vezes.
Bahiense – Sem dúvida. O estudo comprova que a ecobag não é usada. Mas as sacolinhas são. Para o lixo, para guardar sapato etc.
ÉPOCA – Há uma confusão enorme entre
os tipos de plástico: o “verde” de cana, o biodegradável de milho e o
oxibiodegradável. Qual é melhor para o ambiente?
Bahiense – O plástico verde usa a cana-de-açúcar, recurso renovável, como matéria-prima. Fabrica-se assim um plástico comum, com o mesmo desempenho e características de um plástico derivado do petróleo. Mas ele tem a vantagem de retirar gás carbônico da atmosfera durante a fabricação. Quando a cana-de-açúcar cresce, ela tira gás carbônico do ar pela fotossíntese. Esse carbono vira o plástico. O oxibiodegradável é o plástico comum, independentemente da matéria-prima usada, que recebe um aditivo que o torna degradável. Essa degradação é a fragmentação do plástico. Já o biodegradável de milho usa uma matéria-prima renovável que origina um plástico com a propriedade de biodegradação. A definição de biodegradação é a decomposição de um produto por meio da ação de micro-organismos em um prazo máximo de 180 dias e em condições predeterminadas como luz, temperatura, acidez, umidade etc.
ÉPOCA – O plástico oxibiodegradável
não é biodegradável. Só vira pó. Por que alguns fabricantes dizem que ele seria
melhor para o ambiente?
Bahiense – Sem entrar no mérito do que é mais ou menos prejudicial ao meio ambiente, a propaganda enganosa, sem dúvida, depõe contra o setor. A concorrência leva empresas transformadoras a uma prática de canibalismo de falar mal do outro tipo de plástico, o que gera mais confusão. O consumidor não pode ser alvo de propaganda enganosa porque a mentira tira dele o poder de escolher o que melhor lhe convém.
ÉPOCA – O plástico biodegradável é
importado dos Estados Unidos. Por que não o fabricamos aqui?
Bahiense –
O plástico de milho ainda não é sustentável pelo preço. Por isso, ele
não tem escala comercial. Sustentabilidade não é apenas meio ambiente. Os
aspectos social e econômico têm igual peso na avaliação do que é “mais
sustentável” .
Fonte: Revista Época- 1º semana de maio
Desabafo- Perguntas que me faço:
1- De repente a fabricação de sacolas de plástico seja menos impactante em comparação a das outras, mas a quantidade de sacolas plásticas produzidas são milhões de vezes maior do que as de tecido, não são?
Qual a vida útil de uma sacola de plástico? Qual a vida útil de uma sacola de tecido ou lona?Será que por ser bem maior a produção de sacolas plásticas o impacto negativo se torne maior do que as de tecido?
2- A sacola plástica é reciclavel sim, mas a % de reciclagem no Brasil é medíocre, resultando num grande problema ambiental, já que as econtramos nos rios, buieiros, lixões, aterros, e nos mares.
3- O plástico verde é interessante, mas indiretamente impacta a agricultura, pois as áreas onde se plantam a cana de açúcar, não serão plantados alimentos.
4- A restrição ao uso de sacolas plásticas é apenas nos estabelecimentos, assim os sacos plásticos para lixo continuarão sendo vendidos. Usar sacolinhas para colocar o lixo, além de ser horrível de se ver, gera mais trabalho aos coletores, coitados.
Posso estar falando besteira, mas compartilho com vcs os meus " achismos" . Aguardo os comentários de vcs.
BOA SEMANA
Érica Sena
E fico aqui pensando...
ResponderExcluirSe "As sacolas fazem falta para embalar o lixo", como o Bahiense afirma, minha avó devia viver atolada em lixo, não?
Em tempo: Adorei o modelito!
ResponderExcluirhahahhahahhahahah
Oi prima,
ResponderExcluirhehheehhe
a vó sempre foi esperta, não faria essa asneira de colocar o lixo em sacolinhhas e amarrar uma nas outras como fazem... hahaah
Esse cara me fez rir e chorar ao mesmo tempo.
Obrigada por estar sempre presente em meu blog.
Bjs
ÉRICA
agora o meu achismo: o que falta é uma educação geral da população. como é que alguém que não tem conhecimento sobre o assunto pode ter poder de decisão em assunto tão sério? o que acontece é simplesmente modismo, a eco-bag é um modismo. nos supermercados o que mais acontece é o próprio pessoal encarregado já colocar duas sacolas pra suportar o peso dos produtos, já que o plástico usado é dos mais vagabundos, na maioria das vezes. não dá pra sacolinha plástica ser tão retornável! e porque é que se discute tanto sobre sacolas e não se cria alguma lei pra diminuir a quantidade de garrafas pet no mercado? na época da coca-cola retornável todo mundo era feliz também. porque é que as pessoas que moram próximo de cursos de rio mandam seu encanamento de esgoto direto pra água? porque é mais fácil do que cavar uma cisterna. hummm, cisterna é tão fora de moda... então, são muitos questionamentos sobre coisas práticas do dia-a-dia, mas que as pessoas se esquecem e ficam discutindo os assuntos do momento, que agora é a sacolinha plástica. sou contra o consumo desenfreado de sacolinhas e levo sempre uma bolsa extra comigo. e mesmo assim a minha casa tem uma quantidade enorme delas, porque meu marido não se liga a esses detalhes. o meu esforço também é todo invalidado quando o meu lixo seco separado bonitinho vai pro mesmo caminhao do lixo úmido. então a falta de educação está em todos os níveis, desde o político que não liga que o seu lixão é um puta impacto ambiental até as pessoas que não dão a mínima para o lixo que produzem, desde que ele esteja fora de sua casa. Érica, a discussão é super válida, mas às vezes dá um gostinho amargo pensar que vc é a única pessoa na cidade que separa lixo e evita o uso de sacolinhas. Me sinto a otária às vezes, mas continuo fazendo aquilo que acredito ser a favor do meio ambiente.
ResponderExcluirOi Cinthia.
ResponderExcluirperfeito seu comentário...concordo contigo.
Me sinto meio maluca ao ser diferente de uma grande maioria. Mas assim, me sinto de cabeça levantada para meter a boca no trombone, assim como vc o fez.
Vc não é a única não!! Graças a Deus existem pessoas conscientes e preocupadas com a qualidade de vida e do meio ambiente.
Obrigada,
abs
ÉRICA
Bem... São tantas as teias do descartavel. E ainda tão poucas as ações, não projetos, contra essa industria.
ResponderExcluirTambem faço minha parte com o lixo que produzo. Mas a corrente se quebra, por exemplo, quando falta coleta seletiva e sobra, infelizmente, misseraveis que rasgam as sacolas em busca de comida e ou materiais que podem ser vendidos para reciclagem. São muitos os caminhos em busca da equidade que tanto queremos. A discussão tem que ser permanente.
Existem muitas informações que não são divulgadas neste meio, uma é que quando usamos fonte de alimentos para produzir bioplástico estamos sendo mesmo sustentáveis, pois ainda este material vai para o aterro, outra coisa elas são biodegradáveis em usinas e compostagem em não em aterros ou lixões, e ainda não são recicláveis e contaminam o ciclo dos 3Rs.
ResponderExcluirO que adiante ser biodegradável em usinas de compostagem se nossa realidade é outra.
Uma outra informação é com relação ao polietileno, tem muita matéria prima usando ele na composição e falam em 100% de fonte renovável.
É isso ai.
Existem algumas matérias primas que se dizem 100% de fontes renováveis e levam até 50% de Polietileno, ou seja, plástico.
ResponderExcluirNa verdade esta lei de proibição é induzida pela APAS que não querem ter mais os custos das sacolas nos custos de operação dos supermercados, só que a informação que chega ao consumidor é que estão ajudando o meio ambiente, se estivessem não estariam cobrando R$0,19 centavos na boca do caixa, ou seja, estão arrecadando ainda na venda.....e Brasil.