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sábado, 23 de julho de 2011

PROJETO VEM - TURISMO SUSTENTÁVEL NA ILHA DE MARAJÓ



Agência paulista promove turismo comunitário na Ilha de Marajó e desperta os cinco sentidos dos viajantes

Ter contato com a natureza durante as férias é algo comum e muito procurado nos períodos de alta temporada, porém, mais do que aproveitar cenários paradisíacos e ter consciência do impacto que a visita está causando ao local, seja ele ambiental ou social, é saber que a renda obtida beneficia a toda comunidade, proporcionando melhoria da qualidade de vida, de infraestrutura turística e capacitação profissional.
Este processo aparentemente complicado está em andamento em uma das regiões mais carentes do país. A Ilha do Marajó, no Pará, formada por 16 municípios com muita abundância em riquezas naturais e culturais, está encontrando o desenvolvimento econômico sustentável de algumas comunidades ribeirinhas através do turismo comunitário de base.
A Vila do Pesqueiro localizada na cidade de Soure é uma típica comunidade marajoara que tinha apenas a pesca como principal fonte de subsistência. Com o passar do tempo, a falta de incentivo à formação continuada de artesãos e o interesse dos jovens em tentarem novas oportunidades nos grandes centros, fez com que a vila passasse por um período difícil para manutenção das fontes de renda e encontraram no turismo a saída para os problemas da região.
Liderados pela Associação de Mulheres da Vila do Pesqueiro, a comunidade resolveu se especializar e aproveitar o fluxo de turistas nas praias da ilha para integrá-los ao dia a dia dos ribeirinhos. Em parceria com a agência paulista Turismo Consciente que organiza os roteiros, através do projeto VEM (Viagem Encontrando Marajó) até a vila desde 2007, os moradores recebem os grupos e os hospedam nas residências escolhidas para este fim. São três dias de passeio onde a integração é total, desde a visita às praias, com barracas abastecidas e toda infraestrutura, até as refeições e a hospedagem são pensados para garantir bom atendimento e a preservação do ecossistema e da cultura local.
Com esse potencial turístico, os quase 400 moradores se uniram e decidiram receber grupos de até 10 pessoas, tratá-los como reis e em troca criar uma fonte de renda com o turismo sustentável. Sem hoteis na vila, o turista fica hospedado nas casas de moradores. As residências participantes são escolhidas a dedo para recebe-los.
É possível pescar com os moradores, acompanhar a produção da massa de tapioca, andar de búfalo, animal em abundância da ilha, participar das festas e degustar as iguarias características do lugar.

Bagagem Cultural 

O turista que for à ilha de Marajó conhecerá a cultura local e poderá divertir-se com danças típicas como o Carimbó que surgiu no Estado do Pará e foi criado com o intuito de entreter a comunidade. Homens e mulheres bailam vestidos com roupas bem coloridas ao som de instrumentos tipicamente brasileiros, como: xeque-xeque, reco-reco, pandeiros e tambores.
Outra atração cultural a ser destacada é a arte da cerâmica Marajoara que é conhecida como a mais bela cerâmica das Américas além de ser conhecida mundialmente como ícone da cultura de cerâmica. O maior acervo das obras está localizado no museu Emilio Goeldi em Belém do Pará as peças que fazem parte da história de uma comunidade indígena que vivia no local também estão expostas no Museu Nacional do Rio de Janeiro, no Museu Arqueológico da Universidade de São Paulo (USP), Museu Americano de História Natural em Nova York, Museu Barbier-Mueller em Genebra, contudo, os turistas que forem conhecer a ilha de Marajó poderão comprar réplicas, que são comercializadas para a difusão da cultura indígena. O artesanato das comunidades ribeirinhas também é extremante importante para a região, não só pela renda que gera, mas também pela integração entre turistas e famílias que os produzem. 

Culinária 

A vasta culinária local aproxima o turista ainda mais da comunidade já são exóticos e servidos pelos anfitriões.  O turu, por exemplo, é conhecido como o viagra marajoara, é uma espécie de minhoca, pura proteína, servida como mariscos, fresca com limão e sal.
O paladar será instigado pelos mais diversos sabores dos peixes, carne de búfalo, queijo de búfala e frutas da região, como o açaí. Pratos como: chouriço de Marajó, sopa de caranguejo, filé de carne de búfalo ao molho de cupuaçu e caldeirada marajoara (caldeirada típica com peixes da região, como a pescada branca). No café da manhã o convidado poderá provar uma deliciosa tapioca com requeijão feito a base de leite de búfala, os pratos feitos na ilha de Marajó conduzem o visitante a uma instigante viagem gastronômica. 

O projeto

A Vila do Pesqueiro, comunidade tradicional marajoara, não se beneficiava com o fluxo turístico ocorrido na praia. Então, o cartão postal tradicional da ilha decidiu deixar de ser apenas um passeio de uma tarde e está se capacitando para atrair turistas, principalmente pessoas descoladas que valorizem a cultura local e o desenvolvimento do turismo consciente e integrado. O projeto criado pela comunidade, liderado pela Associação das Mulheres do Pesqueiro, com apoio de Maria Tereza Junqueira, empresária da área de turismo e sócia presidente da agência Turismo Consciente, quer profissionalizar o serviço turístico e gerar renda para a Vila do Pesqueiro.

Vídeo:
Imagens em alta:
Sobre a Turismo Consciente
Turismo Consciente, pioneira no segmento de turismo comunitário na Amazônia. Atualmente divulgamos e comercializamos mais de 10 roteiros de turismo sustentável na região amazônica brasileira. 





Fonte: Agência Bio Comunicação


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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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