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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Atlas destaca vulnerabilidade climática dos países


Nações africanas e do sudeste asiático são as que mais sofrerão com as consequências do aquecimento global, mas o Brasil também apresenta regiões de risco e deve se preparar para o aumento da frequência de enchentes e queimadas.


Mapa mostra a escala de vulnerabilidade dos países, sendo que o azul escuro significa risco extremo / Maplecrof  

 

Às vésperas das Nações Unidas anunciarem que chegamos aos sete bilhões de habitantes, muitos dos países com o maior crescimento populacional no planeta estão em áreas de extremo risco climático e praticamente todas as grandes cidades do sudeste da Ásia poderão ser palco de tragédias humanitárias nos próximos anos se nada for feito.

Esta é a principal mensagem da quarta edição do Atlas de Risco Ambiental e das Mudanças Climáticas, que foi divulgado nesta quarta-feira (27) pela consultoria Maplecroft.

Os dez países mais vulneráveis de acordo com o levantamento são: 
Haiti,
Bangladesh, 
Serra Leoa, 
Zimbábue,
Madagascar, 
Camboja, 
Moçambique, 
Congo,
Malau,
Filipinas

Sendo que as piores consequências das mudanças climáticas serão vistas principalmente nas grandes aglomerações populacionais, como Jacarta, Daca e Manila.

Segundo o Atlas, o crescimento desordenado dessas cidades, somado à falta de governança, corrupção e pobreza, fará com que cada uma delas se transforme em um lugar propício a grandes tragédias. Deslizamentos, enchentes, falta de água e alimento, doenças ligadas à inexistência de saneamento básico... Tudo isso será exponencializado pelo aquecimento global.

“Os impactos dos fenômenos climáticos extremos em regiões densamente povoadas já são bem conhecidos e documentados. Se as mudanças climáticas representarem mesmo o aumento da frequência desses eventos, e acreditamos que sim, isto significa grandes desastres para os próximos anos”, afirmou Charlie Beldon, analista da Maplecroft.

Manila, por exemplo, deve aumentar sua população em 2,23 milhões e sua área em quase 20% até 2020. Sendo particularmente vulnerável a enchentes e furacões, a falta de infraestrutura para abrigar essas pessoas facilitará tragédias ainda maiores que no passado. Em 2010, o furacão Conson matou 146 e afetou mais de meio milhão de pessoas na cidade.
“A expansão da população deveria ser acompanhada pela expansão da infraestrutura. Com o crescimento dessas grandes cidades, mais pessoas são obrigadas a viver em áreas extremamente expostas, como encostas de morros ou leitos de rios. Assim, acabam sendo os mais pobres os que sofrerão os piores efeitos das mudanças climáticas”, explicou Beldon. 




O Brasil aparece em 116 no ranking, sendo classificado como ‘risco mediano’. Porém, por se tratar de um país continental, algumas regiões são muito mais vulneráveis que outras e separadamente acabam sendo consideradas de ‘alto risco’.

É o caso do litoral sul, que, segundo a Maplecroft, deve registrar um aumento considerável na precipitação nos próximos anos e ficar ainda mais suscetível a enchentes. Assim, desastres como as inundações no Vale do Itajaí em Santa Catarina devem se repetir com muito mais frequência.

A parte central do Brasil também é considerada de risco, mas por causa das secas e queimadas. A Agricultura deve sofrer impactos e os parques de conservação devem enfrentar incêndios, como os vistos neste ano, mais vezes e de maiores proporções. 

Porém, o Atlas coloca o Brasil como uma das nações que possuem boas condições de adaptação. O governo tem a capacidade de mitigar as consequências do aquecimento global se assim quiser, pois recursos e domínio técnico estão disponíveis. Seria apenas uma questão de vontade política. (Fabiano Ávila)

 http://www.institutocarbonobrasil.org.br/reportagens_carbonobrasil/noticia=728802
  
Fonte: Instituto CarbonoBrasil  - 27/10/11

 

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Érica Sena
Pensar Eco

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