“Turismo em Zonas Úmidas:Uma Grande Experiência” é o tema deste ano
sugerido pelo secretariado da Convenção de Ramsar para marcar o Dia
Mundial das Áreas Úmidas (World Wetlands Day), comemorado em 2 de
fevereiro.
A data foi instituída em 1997 pelo Comitê Permanente da
Convenção, criada em 1971 na cidade iraniana de Ramsar.
A finalidade é
estimular ações e atividades, por governos, organizações da sociedade
civil e grupos de cidadãos, que chamem a atenção da sociedade para a
importância dessas áreas, bem como para sua proteção. A cada ano, o
secretariado da Convenção sugere um tema para as ações desenvolvidas
pelos países membros da Convenção. O Ministério do Meio Ambiente é o
foco nacional da convenção.
O turismo sustentável em zonas úmidas aporta benefícios tanto em
nível local quanto nacional, contribuindo para o fortalecimento das
economias, para o reconhecimento dos modos de vida sustentáveis e
contribuindo com medidas de conservação da biodiversidade. Mais de um
terço dos Sítios Ramsar no mundo experimentam algum nível de atividade
turística.
Desde 2010, a Convenção de Ramsar tem um Memorando de Cooperação com a
Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT) como
reconhecimento da interdependência existente entre o turismo sustentável
e o manejo sustentável das zonas úmidas.
Atualmente são desenvolvidos projetos conjuntos entre as duas
organizações, com resultados que oferecem uma mostra prática dos
benefícios obtidos com o trabalho trans-setorial para chegar ao uso
racional das zonas úmidas. Por conta da beleza e da biodiversidade, as
zonas úmidas e sua vida silvestre constituem uma parte fundamental da
experiência turística e das viagens culturais em nível mundial.
Além do turismo, as áreas úmidas fornecem serviços ecológicos
fundamentais para as espécies de fauna e flora e para o bem-estar de
populações humanas. Além de regular o regime hídrico de vastas regiões,
funcionam como fonte de biodiversidade em todos os níveis, cumprindo,
ainda, papel relevante de caráter econômico, cultural e recreativo. Ao
mesmo tempo, atendem necessidades de água e alimentação para uma ampla
variedade de espécies e para comunidades humanas, rurais e urbanas. Os
ambientes úmidos também cumprem um papel vital no processo de adaptação e
mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são
grandes reservatórios de carbono.
Zona úmida – É toda extensão de pântanos, charcos e
turfas, ou superfícies cobertas de água, de regime natural ou
artificial, permanentes ou temporárias, contendo água parada ou
corrente, doce, salobra ou salgada. Áreas marinhas com profundidade de
até seis metros, em situação de maré baixa, também são consideradas
zonas úmidas.
As áreas úmidas são social e economicamente
insubstituíveis, por conter inundações, permitir a recarga de aquíferos,
reter nutrientes, purificar a água e estabilizar zonas costeiras. O
colapso desses serviços, decorrente da destruição das zonas úmidas, pode
resultar em desastres ambientais com elevados custos em termos de vidas
humanas e em termos econômicos. (MMA)
Fonte: Ambiente Brasil, 2/02
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Érica Sena
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