Desde a sua inauguração, 2010 é falado dessa possível contaminação por substâncias químicas perigosas como o ascarel e só agora estão tomando essa medida. Dois anos para averiguar isso, mas até agora só existe suspeitas. E a saúde dos frequentadores, é de responsabilidade de quem, caso a contaminação exista?
O correto não seria ter averiguado antes de abrir ao publico?Como agem os órgãos ambientais numa situação dessa? Não importa onde, o importante é abrir mais um parque, é assim? Um bom exemplo de bom aproveitamento de área contaminada, sem sem prejudicial é a Praça Victor Civita.
Espero que fechem e descubram se existem ou não esta contaminação do solo e acabem com essa novela . Colocar a saúde dos frequentadores e trabalhadores do local em risco é no mínimo desumano.
Érica Sena
Veja algumas matérias sobre esse tema.
Laudo revela contaminação no Parque Villas-Bôas e MP pede seu fechamento (Estadão, 10/08)
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou na Justiça para obrigar a Prefeitura de São Paulo a fechar o Parque Leopoldina Villas-Bôas, na zona oeste da capital. Laudos técnicos mostram que a área está contaminada por metais pesados, por lodo de esgoto e por outras substâncias cancerígenas. Segundo a Promotoria do Meio Ambiente, há riscos para a saúde dos frequentadores.
O parque foi aberto em janeiro de 2010, em cerimônia com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o ex-governador José Serra (PSDB). O local, na Vila Leopoldina, abrigou uma estação de tratamento de esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) de 1959 até 1989.
O promotor José Eduardo Ismael Lutti acusa a Prefeitura e a empresa estadual, dona do terreno, de terem aberto a área de lazer sem nem sequer fazer os estudos necessários para determinar o grau de contaminação. Além disso, depois de dois anos de funcionamento, nenhum trabalho de limpeza do terreno foi realizado até agora.
Laudos feitos pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostram que os equipamentos e edificações da estação de tratamento de esgoto continuam no local, mais de 20 anos após o encerramento das atividades. Os maiores são dois digestores e aeradores, com mais de 10 metros de profundidade, que estão parcialmente preenchidos por lodo do esgoto que ainda restou ali. Uma vegetação aquática também cresce nesses locais.
Além disso, outras atividades tóxicas também foram desenvolvidas no local, como uma oficina de conserto de caminhões e transformadores elétricos. Esses últimos usavam substâncias chamadas bifenilas policloradas, um tipo de lubrificante que, por ter forte caráter cancerígeno, tem a comercialização proibida desde 1981. A substância também contamina o terreno.
Fechamento. Por causa desses problemas, Lutti pede à Justiça que obrigue a Prefeitura a fechar o parque, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Caso seu pedido seja acatado, a área só poderá ser reaberta quando houver um plano de intervenção aprovado pela Cetesb sendo posto em prática para descontaminar o terreno e os lençóis freáticos.
Em sua defesa, a Prefeitura afirmou no processo que as áreas mais problemáticas estão fechadas ao acesso do público e as ações previstas para a limpeza do terreno estão sendo feitas "concomitantemente" às obras do parque. Seria o mesmo que foi feito na Praça Victor Civita, em Pinheiros, onde antes funcionava um incinerador - e que virou referência para a descontaminação de terrenos.
Ontem, a Secretaria do Verde informou que não foi notificada sobre o processo do MPE.
Ministério Público pede fechamento de parque público em SP por suspeita de contaminação ( Agência Brasil-11/08)
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de São Paulo entrou com pedido de liminar na Justiça para o fechamento imediato do Parque Leopoldina – Orlando Villas-Boas por causa do risco de exposição dos frequentadores à contaminação por produtos químicos. O parque está localizado na zona oeste da capital paulista.
De acordo com o Ministério Público, os produtos químicos são decorrentes das atividades de uma estação de tratamento de esgotos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que funcionou durante 30 anos em área vizinha onde hoje está situado o parque, até ser desativada em 1989. O local também foi usado para estocar os mesmos produtos e como oficina de manutenção de veículos, bombas e máquinas.
De acordo com o autor da ação, o promotor José Ismael Lutti, a área onde funciona o parque foi liberada a população, em janeiro de 2010, sem um parecer conclusivo sobre a contaminação da área pelos produtos químicos que se acumularam na vizinhança. “Os dois estudos preliminares que foram feitos e apresentados a Cetesb [Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental] foram considerados insuficientes, inconclusivos, e foi determinada novas averiguações”, disse o promotor, se referindo a área onde hoje existe o parque.
“É uma suspeita. Não quer dizer que a área esteja contaminada. Os órgãos ambientais têm que trabalhar com princípio da precaução”, disse. A ação aponta, ainda, a existência, nas proximidades do parque, de transformadores elétricos abandonados que usam substância conhecida como ascarel, com alto grau de toxicidade por ser cumulativa e carcinogênica.
“Se a Justiça falar que tem que fechar o parque, a prefeitura será a primeira a acatar a ordem judicial, fecha-se o parque. Estamos juntando a documentação para demonstrar que uma coisa é a área com potencial de contaminação, e outra é a parte aberta ao público”, disse o chefe de gabinete da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Carlos Roberto Fortner.
Reportagem de Bruno Bocchini, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 13/08/2012
Parque Leopoldina Vilas-Boas pode ser fechado (G1-13/08)
Assista ao vídeo:
http://globotv.globo.com/rede-globo/sptv-2a-edicao/v/parque-leopoldina-vilas-boas-pode-ser-fechado/2084013/
Vamos aguardar os próximos capítulos!
Érica Sena
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