terça-feira, 23 de abril de 2013

Catar constrói sua primeira casa com consumo quase zero de energia

Crédito Imagem: Conselho de Construção Verde do Catar (QGBC)


  
Você já pensou em morar em uma casa com todos os confortos da vida moderna e que ainda assim consumisse cerca de 50% menos energia do que uma residência comum? 

Essa alternativa já está virando realidade em alguns locais do mundo como a Alemanha e nas nações escandinavas, e agora chegou a vez do Catar.

O país lançou nesta segunda-feira (22), em Doha, a primeira habitação com consumo quase zero de energia.

Apesar de oferecer todas as facilidades de uma moradia comum, a ela consome menos de 50% da energia e da água de uma casa regular.

A residência, que tem 225 metros quadrados, começou a ser construída em agosto de 2012, e após oito meses de construção, ficou pronta, tendo custado cerca de 16% a mais do que uma habitação convencional.

Para gerar essa economia energética e hídrica, a residênica apresenta várias tecnologias ‘verdes’, como placas fotovoltaicas que convertem a luz solar em eletricidade, sistemas de irrigação alternativos, reciclagem de águas cinzas (residuais ), e o uso sustentável de espécies de árvores e plantas locais para o paisagismo.

Segundo os desenvolvedores do projeto, atualmente há cerca de 25 mil residências desse tipo no mundo, comumente chamadas de Passivhaus - termo alemão para 'casa passiva' -,  principalmente em países escandinavos e na Alemanha, onde o projeto foi originalmente concebido.

 Entretanto, no caso da moradia catariana, diferentemente de suas similares em países frios, o desafio foi conseguir resfriar a casa com um consumo muito baixo de energia.

Para analisar se há de fato uma redução no consumo de água e energia em relação a residências convencionais, foi construída uma habitação exatamente igual ao lado da Passivhaus, que, no entanto, não oferece as tecnologias de redução de consumo desta.
Os testes serão conduzidos durante um ano e meio, nos primeiros seis meses com as moradias desocupadas. Nos últimos 12 meses, elas serão ocupadas por duas famílias de tamanhos similares, com pelo menos um filho. As famílias devem se mudar para as residências no segundo semestre de 2013.

“Estamos medindo e monitorando todos os subsistemas de todas as casas para que possamos testar o desempenho quando estiverem desocupadas por seis meses e mais tarde com ocupantes por um ano”, colocou Alex Amato, do Conselho de Construção Verde do Catar (QGBC).

“Esse é um dia histórico para a indústria da construção do Catar. Com a abertura do primeiro Caso de Estudo Passivhaus do Catar, abrimos caminho para um futuro mais sustentável para as gerações vindouras”, explicou Issa al-Mohannadi, presidente do QGBC e da Autoridade Turística do Catar (QTA).

“Ao testar as soluções de eficiência energética, apoiamos a mudança do Catar de uma economia de carbono para uma economia baseada no conhecimento em sintonia com a Visão Nacional do Catar de 2030”, concluiu al-Mohannadi.  Jéssica Lipinski


Fonte: Instituto CarbonoBrasil- 23/04

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Érica Sena
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