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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sal marinho com microplásticos



Devido a má gestão dos resíduos sólidos mundial, nossos mares viraram um depósito de lixo, principalmente de plásticos. Já se sabe que, infelizmente, eles viram alimentos para muitos animais que sobrevivem do ecossistema marinho, matando-os por asfixia e outros problemas, mas agora é provado que os plásticos, em forma de microplásticos, estão chegando a nossa mesa junto com o sal marinho. #Engoleisso
Érica Sena

Leia a matéria abaixo e entenda mais esse problema!

Estudo aponta a presença de microplásticos no sal marinho

Os microplásticos presentes no oceano chegam cada vez mais à mesa. E não apenas pela ingestão de peixes e moluscos - o sal marinho também é um vetor

Microplásticos são encontrados em mares em todo o mundo. A partir daí surgiu a desconfiança de que os sais do mar pudessem conter microplásticos, pois são fornecidos diretamente da água do mar. Para testar a hipótese, cientistas coletaram 15 marcas de sais do mar em supermercados de toda a China. Com a pesquisa, encontraram entre os grãos de sal micropartículas de tereftalato de polietileno de plástico de garrafa de água comum, bem como polietileno, celofane, e uma grande variedade de outros plásticos.

O maior nível de contaminação de plástico foi encontrado no sal proveniente do oceano. Os pesquisadores mediram mais de 550-681 partículas de plástico em cada quilo de sal marinho. Apesar da pesquisa ser referente aos sais produzidos na China, a descoberta levanta a preocupação acerca do consumo de sal marinho, considerado mais saudável por não passar por um processo de refino e por possuir minerais em sua composição. Na maior parte do mundo, o sal marinho é mais caro que o sal de mesa, contudo, no Brasil, ele é o tipo mais comum e mais barato.  As maiores salinas do país estão situadas em Areia Branca, no Rio Grande do Norte.
A maioria das partículas de plástico encontradas, cerca de 55%, medem menos do que 200 µm (Um micrômetro equivale a milésima parte do milímetro). Os plásticos mais encontrados em sais do mar foram os tereftalato de polietileno, seguidos por polietileno e celofane.
O cálculo feito pelos cientistas apontou que um indivíduo que consome a quantidade recomendada de sal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de cinco gramas, iria ingerir cerca de 1.000 partículas de plástico por ano. Esse valor ainda não chega perto das 11.000 partículas de plástico por ano que o consumidor europeu de mariscos ingere, segundo estudo, mas é preocupante.
Pesquisas preliminares já apontam alguns dos riscos à saúde relativos à poluição gerada pelo microplástico (saiba mais sobre o perigo dos microplásticos aqui). 
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa de Sistemas Ambientais da Universidade de Osnabrück, na Alemanha, aponta que esse tipo de material tem a capacidade de absorver produtos tóxicos encontrados nos oceanos como pesticidas, metais pesados e outros tipos de poluentes orgânicos persistentes(POPs), o que faz com que os danos à saúde da biodiversidade sejam muito maiores.
Diversas pesquisas já apontam a presença de microplásticos em moluscos e peixes (em uma concentração muito mais elevada do que no sal). Plânctons e pequenos animais se alimentam do plástico contaminado e, ao serem comidos por peixes maiores, propagam a intoxicação. No fim da cadeia, quando o homem se alimenta desses peixes maiores, está ingerindo também o plástico e os poluentes que se acumularam ao longo da cadeia. Entre os problemas relacionados à intoxicação por POPs estão diversos tipos de disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas.
Para evitar grandes danos, devemos minimizar a entrada de plástico na cadeia alimentar. Você pode começar parando de utilizar esfoliantes que possuam microesferas de plástico e reciclando o plastico que utiliza: quanto menos plástico houver no oceano, menos plástico acaba em seu organismo.(Scientific American)

Pensar Eco Comenta:

O Ser Humano se encontra no final da cadeia alimentar, e por causa da suas ações irresponsáveis com o meio ambiente, tem uma dieta cheia de partículas tóxicas e cancerígenas.
 Sal aditivado com micropartículas de plástico... Nossa saúde de mal a pior!

Imagina daqui uns anos, já que estudos mostram que 2050 o mar terá mais plástico do que peixes


#EngoleMaisEssa
Érica Sena

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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