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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Gestão de Coragem- Roberta Valença


É bem verdade que estamos longe de ser um país que estimule a sustentabilidade. Reflexo disso são os acontecimentos catastróficos que vão desde crimes ambientais e políticos, até a má gestão que assola o acesso à saúde e água potável, entre tantas outras lacunas deixadas de lado na maior parte de nossa população.
No Brasil não há um projeto de longo prazo. Não temos executivos e políticos pensando em como construir juntos um futuro diferente, reavaliando os objetivos, deveres e direitos de cada um. A sociedade vive, como consequência, reflexo do “curtoprazismo” irresponsável e de uma letargia de extremo risco para nosso desenvolvimento.
Estamos nus, nossa fragilidade enquanto sociedade está exposta. O que mais vejo são indivíduos atônitos em relação ao futuro, às formas de como dar a volta por cima em um momento tão complicado. Mas nem tudo são “bad news”, na verdade o que precisamos é de “hardworking”!
Pouco tempo atrás, no evento Conahp, percebi que não havia nada de tão impactante em termos de inovação nos conteúdos abordados. O que havia eram diversas tentativas para acessar os ouvintes e tirá-los da zona de conforto, na intenção de fazê-los agir. Afinal, o mercado da saúde diferenciado pela sua complexidade também sentiu os resvalos da crise em que vivemos, um abalo sísmico capaz de acender o sinal de alerta.
Salvo alguns hospitais brasileiros, grande parte desse mercado, responsável por atender a massa densa de nossa população está muito aquém da necessidade vigente. Isso é sinal de gestão a curto prazo.
Uma boa amostra é o baixíssimo número de instituições de saúde que investem em gestão de longo prazo, ou melhor, em gestão para desenvolvimento sustentável (trata-se da mesma coisa). A constatação também se dá aos poucos relatórios de sustentabilidade emitidos nos últimos anos e ao percentual tímido de instituições acreditadas no Brasil.
Poderíamos enumerar uma lista de motivos que fazem o trem andar nesse movimento. No entanto, cada vez mais me convenço que, mais poderosa que as desculpas, toda a intelectualidade, a complexidade e as regras, é o interesse genuíno. Ele é o fator determinante para se fazer a gestão de coragem que precisamos exercer, é o único capaz de olhar além das amarras, driblar os desafios, fazer diferente e seguir em frente com a perspectiva de quem colabora para um negócio melhor, que tem a nobreza de cuidar de vidas.
E ai, muita coragem para 2016?

*Roberta Valença é CEO da Arator, consultoria especializada em projetos de sustentabilidade com inovação roberta@aratorsustentabilidade.com.br



Fonte: NB Press Comunicação 

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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