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terça-feira, 5 de julho de 2016

Reino Unido e América do Norte anunciam medidas no combate às mudanças climáticas

Apesar do Brexit, Reino Unido e América do Norte anunciam medidas para avançar no combate às mudanças climáticas
As incertezas deflagradas pelo Brexit  podem ter afetado os mercados, mas não atingiram os compromissos firmados pelas grandes economias do Hemisfério Norte de combater as mudanças climáticas.  

O Reino Unido acaba de aprovar a ambiciosa legislação conhecida como "quinto orçamento de carbono". Na América do Norte, os presidentes dos Estados Unidos, Canadá e México anunciaram um pacote de medidas comuns às três nações para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa e avançar nas energias limpas.

O Quinto Orçamento de Carbono do Reino Unido define o teto de emissões dos gases de efeito estufa para o período de 2028-2032, exigindo uma redução de 57% nas emissões de 1990 a 2030.  A aprovação desta lei, pouco mais de uma semana depois do referendo, ressalta que a posição do Reino Unido sobre o clima permanece a mesma e não sofreu influência do Brexit.  Esse ponto também foi reforçado ontem pela ministra para Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido, Âmbar Rudd, que reiterou claramente o compromisso do governo britânico com a agenda climática em um discurso para importantes representantes do setor empresarial.

Também no dia 29 de junho, os presidentes dos Estados Unidos, Canadá e México fizeram uma série de anúncios que visam alavancar a agenda climática global.

Entre os compromissos assumidos pelas três nações da América do Norte estão as metas de chegar a 50% de energia limpa e de alcançar um corte de 40% a 45% nas emissões de metano nos três países até 2025.  Esta última equivale a tirar 85 milhões de carros das estradas. Obama, Trudeau e Nieto também anunciaram medidas para reduzir as emissões para o transporte, incluindo transporte marítimo e aéreo - ponto que merece especial atenção por parte do Brasil,  pois certamente implicará em novos padrões para a indústria automotiva global, dado o peso da América do Norte nesse setor.  Na Cúpula dos Líderes Norte-Americanos, os três presidentes também apelaram para que seus pares do G20, que se reunirão na China em setembro, eliminem progressivamente os subsídios aos combustíveis fósseis até 2025 – uma meta pela qual a União Europeia e a ONU também pressionam.

O Comitê de Mudanças Climáticas do Reino Unido divulgou relatório sobre as emissões dos gases de efeito estufa, segundo o qual houve uma queda média de 4,5% ao ano nos últimos três anos, chegando a 38% abaixo dos níveis de 1990.  Esta redução veio quase exclusivamente da produção de eletricidade, setor no qual as políticas do governo do Reino Unido têm impulsionado as energias renováveis em detrimento do carvão.   Lord Deben, Presidente do Comitê, declarou:

 "Este é um momento importante para as políticas sobre mudanças climáticas no Reino Unido. Fizemos grandes progressos na redução das emissões em alguns setores da economia e isso deve continuar. O Reino Unido tem há muito tempo desempenhado um papel de liderança mundial no combate às alterações climáticas. Deixar a União Europeia vai exigir a reavaliação de algumas políticas e propostas existentes, mas não altera a necessidade do Reino Unido cumprir seu papel na redução das emissões".

 Essa agenda climática foi anunciada na mesma semana em que a coalizão empresarial We Mean Business divulgou um estudo mostrando o quanto o setor produtivo pode contribuir com a redução dos gases de efeito estufa no mundo -http://www.wemeanbusinesscoalition.org/content/business-will-be-key-driver-global-climate-action-new-research-report-reveals . 

A conclusão é impressionante: simplesmente 60% do que foi prometido pelos países no âmbito do Acordo de Paris poderiam ser cortados pelo setor empresarial até 2030.  O que esta pesquisa e os anúncios do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e México sinalizam é que apesar das incertezas econômicas a agenda climática global continua avançando.

 Fonte: AViV Comunicação

 Brexit:
O termo “brexit”, à imagem de uma outra (“grexit”) que escutávamos repetidamente aqui há uns meses em relação à zona Euro, é uma fusão de duas palavras inglesas. Neste caso, “britain”, diminutivo nativo para Grã-Bretanha (ou, para ser mais correto em termos políticos, para Reino Unido), e “exit”, que significa saída. O termo resume e expressa também o risco de uma saída do Reino Unido, mas da União Europeia.(EuroNews)

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Érica Sena
Pensar Eco

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