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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Repercussão do encontro do G20 na China


Ana Toni, co-fundadora do GIP (Gestão de Interesse Público) e Diretora Executiva do Instituto Clima e Sociedade (ICS):

"Apesar da instabilidade política e econômica no Brasil, o novo governo parece empenhado em tornar-se um dos primeiros grandes países em desenvolvimento a ratificar, em setembro, o Acordo de Paris. O Compromisso do Brasil com as mudanças climáticas na reunião do G20 deve abrir novas oportunidades de investimento e, portanto, pode ajudar o Brasil a enfrentar a crise econômica".



Jennifer Morgan, diretora executiva da Greenpeace Internacional:

"Menos de um ano após a adoção do Acordo de Paris, sob a liderança da Presidência chinesa, o G20 avançou em questões-chave para combater as alterações climáticas. Os investidores devem prestar muita atenção e não perder o movimento na direção da mudança de trilhões de dólares de investimentos sujos para limpos. Os países precisam agora reagir ao forte apelo do G20 para se juntar formalmente e ratificar o Acordo de Paris assim que possível, para que este acordo possa entrar em vigor este ano.

"O fato de que a China e os Estados Unidos formalmente se juntaram ao Acordo de Paris é um sinal poderoso que os outros devem seguir rapidamente para permitir a entrada em vigor do acordo ainda este ano. Este é um sinal adicional da mudança global em direção a uma economia de energia limpa e longe da era do combustível fóssil.

"Estamos vendo mudanças incríveis em todo o mundo, em pequenas e grandes comunidades, de transição para o mundo mais verde e mais pacífico que precisamos, mas a velocidade e a escala ainda não são suficientes para evitar impactos terríveis. Os povos e a natureza ao redor do mundo já estão sentindo os impactos da mudança do clima, desde o descongelamento do Ártico até o Pacífico, mas a ciência é clara: as maiores mudanças são necessárias agora.

"O Greenpeace insta a Alemanha, próxima presidente do G20, a dar o exemplo no ano que antecede sua Presidência do G20, mostrando ao mundo que está pronta para transformar toda sua economia para ser carbono zero e para deslocar os investimentos necessários para tanto."


Li Shuo, Consultora Sênior de Políticas Climáticas (Clima & Oceano), Greenpeace Ásia Oriental:

"O resultado do G20 fortalece a liderança climática da China.  Com um forte apelo pela rápida ratificação e um anúncio sino-norte-americano conjunto antes do G20, a China fez a lição de casa corretamente, como presidente do G20.  Isso torna a rápida entrada em vigor do Acordo de Paris - uma tarefa inconcebível há apenas alguns meses – quase uma realidade. O ritmo e a durabilidade do novo regime climático serão reforçados como consequência.”

"Agora, a China tem equiparar seu esforço político com novas medidas. O declínio constante do consumo de carvão e o crescimento robusto das energias renováveis ​​são passos na direção certa, mas as negociações sobre os processos do Protocolo de Montreal e do ICAO, e discussões sobre equacionar o gap de ambição com o aumento das metas climáticas, serão verdadeiros testes à frente. "


Simon Zadek, Co-Diretor de Pesquisas Ambientais das Nações Unidas para Concepção de um Sistema Financeiro Sustentável:
  
"Os líderes do G20 reconheceram que clima, meio ambiente e desenvolvimento sustentável são uma parte profunda dos negócios cotidianos. O sistema financeiro pode e deve evoluir para financiar as necessidades de longo prazo de uma economia inclusiva, próspero a ambientalmente sustentável. "


Ben Caldecott, Diretor do Programa de Financiamento Sustentável da Smith School of Enterprise e Environment da Universidade de Oxford:


 "A mudança para uma economia global mais sustentável será a transição que exigirá mais capital intensivo na história da humanidade. O G20 está correto em se concentrar em como mobilizar o financiamento necessário, e nós acolhemos com satisfação o trabalho produzido em conjunto pelo Banco da Inglaterra e pelo Banco Popular da China sobre o financiamento verde. É importante que este trabalho se acelere sob a futura presidência da Alemanha no G20."


Génon K Jensen, Diretor Executivo, Health & Environment Alliance:

"Ao discutir a importância do financiamento verde e do fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, o encontro deste ano do G20 pela primeira vez demonstrou que leva a sério a ameaça da poluição atmosférica proveniente dos combustíveis fósseis, mas ainda falta ação. Na Europa, a poluição atmosférica proveniente das usinas de carvão foi responsável por 22.900 mortes prematuras, 11.800 casos de bronquite crônica e 21.000 internações hospitalares só em 2013. Ela adiciona um enorme fardo para os nossos sistemas de saúde e custa à Europa até 62,3 bilhões de euros por um ano. É hora de parar de pagar para que os poluidores coloquem a saúde das pessoas em risco. A Alemanha, como anfitriã da próxima cúpula do G20, pode ir ainda mais longe no processo de aceleração da eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis."

 Andrew Voysey, Diretor do Centro Cambridge para Finanças Sustentáveis:

"O crescimento fraco e cada vez mais desigual levou os líderes do G20 em Hangzhou a acertadamente se concentrarem na inclusividade da economia global. Ao mesmo tempo, eles fizeram uma decisão histórica ao considerar como “esverdear” o sistema financeiro", a qual saudamos.

"Nossa análise destaca inovações importantes pelas instituições financeiras em todo o mundo, mas isso está acontecendo de forma  marginal atualmente. Se quisermos verdadeiramente esverdear o sistema financeiro, essa inovação deve ser acelerada urgentemente para se tornar a prática dominante".


Han Chen, Defensora Internacional do Clima do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC)


"Estes países se comprometeram em 2009 com a eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis, mas sem um prazo definido. Se eles estiverem realmente comprometidos com a luta contra tais subsídios, então este não pode ser o fim. Quando chegar o encontro do G20 na Alemanha, no ano que vem, precisaremos de um prazo firme de quando esses os países planejam eliminar os subsídios."

 
Christoph Bals, diretor de políticas do Germanwatch:


"O Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabeleceram um novo quadro para a economia global, e o G20 não pode continuar com o business as usual, se tivermos que colocar essas metas em prática. As discussões sobre estas questões começaram neste ano, mas muito mais precisa ser feito.  Saudamos a China por colocar a implementação do Acordo de Paris e o esverdeamento do sistema financeiro na agenda do G20. Cabe agora à presidência alemã do próximo ano fornecer estratégias de implementação concretas sobre estas questões. A adesão formal e conjunta dos Estados Unidos e da China ao Acordo de Paris é um grande passo, pois mostra que o curso estabelecido pelo Acordo de Paris tornar-se irreversível. Também aumenta a pressão para que todos os governos da União Europeia sigam o exemplo, se eles não quiserem ficar de fora. "


Ruth Davis, Senior Associate, E3G:

"Com os EUA e a China confirmando seu compromisso com o acordo climático de Paris, e a linguagem robusta sobre finanças verde no comunicado do G20, é evidente que as principais economias do mundo vêm o seu crescimento futuro como de baixo teor de carbono.

 
Kim Perrotta, diretor executivo da Associação Canadense de Médicos para o Meio Ambiente (CAPE):


"Temos de criar políticas que nos levem para fora dos combustíveis do século 19 que continuam a ser responsáveis pelo aumento da poluição do ar e por centenas de milhares de mortes prematuras. Precisamos de políticas que promovam e apoiem o investimento em tecnologias modernas que sejam saudáveis, sustentáveis ​​e resistentes às alterações climáticas. "

 
Jill Duggan, diretor, Grupo de Líderes Empresariais do Príncipe de Gales:


"A prioridade dada pelos líderes do G20 ao combate às mudanças climáticas é muito bem-vindo - a participação ativa destes governos é um passo essencial para alcançar os ambiciosos objetivos do Acordo de Paris. As empresas estarão à procura de sinais fortes dos governos do G20: sua mensagem deve ser alta e clara. Com um sinal dessa natureza, o setor privado irá responder e desbloquear a inovação criativa necessária para resolver a crise climática. Tanto as empresas como os formuladores de políticas terão de parar de pensar de forma incremental e se concentrar no fornecimento das soluções inovadoras necessárias para levar nossa sociedade a uma nova era."


Alex Doukas, Ativista Senior, Oil Change International:


"Sob a presidência da China, os líderes do G-20, mais uma vez não conseguiram estabelecer um prazo para acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis, apesar de terem se comprometido com isso em 2009. As mudanças climáticas não são uma piada e os líderes mundiais não podem continuar tratando-a como uma ao entregar a cada ano centenas de bilhões de dólares dos contribuintes para o petróleo, o gás e o carvão. Se a chanceler alemã Angela Merkel quer manter sua reputação como uma campeã climática na presidência do G20 do próximo ano, ela deve liderar o caminho para assegurar um forte compromisso dos líderes mundiais para acabar com todos os subsídios aos combustíveis fósseis até 2020. "


Wendel Trio, diretor da Climate Action Network (CAN) Europa:


"O resultado da cúpula do G20, infelizmente, mostra que, apesar da pressão crescente para eliminar progressivamente os subsídios aos combustíveis fósseis, à luz do Acordo de Paris, os líderes das maiores economias do mundo ainda estão se afastando da sua responsabilidade de estabelecer um prazo para eliminar gradualmente os subsídios. Para ficar fiel aos objetivos de Paris, todos os países do G20, incluindo a União Europeia, devem eliminar progressivamente todos os subsídios aos combustíveis fósseis até 2020. Com a presidência do G20 se mudando para a Europa no próximo ano, a UE precisa agora mostrar liderança e reformar urgentemente suas políticas e ferramentas que direta e indiretamente permitem o apoio financeiro à indústria de combustíveis fósseis ".

 
Shelagh Whitley, Research Fellow, Overseas Development Institute (ODI):

"As desculpas estão se esgotando, o tempo para agir é agora. Nossa pesquisa mostra que os países do G20 continuam a financiar a produção de combustíveis fósseis em US$ 444 bilhões e a cúpula do próximo ano na Alemanha será a última oportunidade de acordar uma data final para tais subsídios. Não fazer isso irá reter mais uma geração na dependência de sistemas energéticos ultrapassados, colocando uma pausa na transição para as energias limpas e repassando a conta  - e as consequências do clima - para grupos e países muito mais vulneráveis".


Pierre-Philippe Lortie, representante da 
International Civil Aviation Policy, em Montreal, Coalizão International Coalition for Sustainable Aviation(ICSA):

"Os dois maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa, a China e os EUA, ratificaram o Acordo de Paris na véspera da cúpula do G20. Esperamos que esta ratificação dê impulso para que todos os outros líderes do G20 ratifiquem rapidamente o acordo de Paris. Sua voz na próxima Assembléia da ICAO em Setembro é, portanto, um fator-chave para chegarmos a um acordo que reduza as emissões globais do setor de aviação aos níveis de 2020. Sem ações concretas, a aviação internacional poderá vir a responder por mais de um quinto das emissões globais de CO2 até 2050.

"A declaração do G20 menciona a importância de abordar as questões das alterações climáticas e criar uma economia de baixo carbono. Isso é algo sobre o qual precisamos contruir à medida em que nos dirigimos para a Assembleia da ICAO neste mês de setembro, onde apelamos a todos os Estados-Membros para que dêem um passo corajoso para reduzir o impacto da aviação, em linha com a ação exigida pelo Acordo de Paris "
 Fonte: Aviv Comunicação
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