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domingo, 12 de março de 2017

Polpel é referência no mercado de reciclagem


É de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, a primeira fábrica do país a produzir matéria-prima para fabricação de papel a partir da reciclagem do liner (papel que se descarta ao se retirar a etiqueta, o adesivo, etc.).

Com o objetivo de mudar o universo da reciclagem, através de um conceito inovador, sustentável, de baixo custo e sem geração de efluentes, que permite reciclar papéis especiais tidos como não recicláveis pela indústria e que possuíam como destino certo os aterros sanitários, surgiu a Polpel, única empresa no mundo que produz uma polpa celulósica denominada "polpel celulose".

A companhia oferece soluções adequadas e ecologicamente corretas no tratamento de resíduos, especialmente para papéis de difícil reciclagem: papéis com alta resistência a umidade (RU) que normalmente não são reciclados na forma convencional. Dentre estes se destaca o liner, base do autoadesivo. Na prática, através da Polpel, esses materiais retornam ao início da cadeia produtiva do papel, sendo 100% reutilizados.

Funciona da seguinte forma: a Polpel recebe de seus muitos parceiros, o liner, (papel que se descarta ao se retirar a etiqueta, o adesivo, etc.), considerado de alta resistência à umidade (RU), e os transforma em polpa celulósica, matéria-prima para a produção de outros tipos de papel, especialmente os do tipo tissue.

“Produzimos uma polpa celulósica denominada "polpel celulose". Isso significa que desenvolvemos um produto com base em uma tecnologia exclusiva na qual o papel liner passa por uma série de processos químicos e físicos até ser transformado em uma polpa que é encaminhada para os fabricantes de papéis. O processo não gera efluentes porque há uma estação de tratamento que permite a reutilização de toda a água utilizada no processo”, explica Marcelo Peixoto, executivo da companhia.

A lista de clientes da Polpel é expressiva e inclui, entre outros, Damapel, Inpel, São Miguel e Bonsucesso. São estes clientes que colocam nas redes de supermercado produtos produzidos com o “polpel celulose”, os do tipo tissue (papéis higiênicos, guardanapos e papéis toalha).

De acordo com Peixoto, além de ser uma tecnologia inovadora e única no mundo, o processo da Polpel tem a vantagem de ser 100% ecológico (sem a produção de efluentes) e evita o desperdício de um material que até pouco tempo era destinado aos aterros sanitários por ser considerado como não reciclável. “Além disso, a polpa celulósica que produzimos é de alta qualidade (referenciada por institutos renomados no Brasil) sem a necessidade de cultivo (plantio e derrubada) de eucaliptos”, explica.

A tecnologia utilizada foi desenvolvida há mais de 30 anos por um dos sócios da empresa que, ao presenciar e não se conformar com a quantidade de liner gerada e destinada a aterros sanitários idealizou um projeto no qual seria possível reciclar este material através de um processo limpo e de baixo custo. 

Esta iniciativa tornou a Polpel possível e, na prática, permitiu que as empresas diminuíssem seus custos com aterros. Mais do que isto, a Polpel tem se tornado importante parceira de empresas que seguem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, e cujas metas de redução de resíduos estão estabelecidas para as próximas décadas, fazendo com que se tornem referência no quesito sustentabilidade.  

Balanço
A Polpel  acaba de fechar seus resultados e registrou um 2016 positivo. A companhia fez investimentos expressivos no ano passado e a projeção é que o avanço chegue, em 2017, a 25% na produção e 30% no faturamento.

Para completar, a companhia desenvolveu um equipamento, hidrapulper/desagregador, com características exclusivas, que permite transformar papéis com alta resistência à umidade em polpa celulósica reciclada.

O equipamento, que não está à disposição do mercado, foi elaborado pela equipe da empresa. De acordo com um dos diretores, Marcelo Peixoto, o desenvolvimento desta nova máquina se deu pela necessidade de atender a demanda dos parceiros na solução de outros tipos de papéis, além do liner. 

Liner no mundo
Utilizando dados de 2013 da AWA Global S.A. (organização de pesquisa de mercado de negócios para empresas, publicação, eventos e serviços de consultoria com foco exclusivo nas indústrias de embalagens, revestimentos e conversão), o liner está distribuído mundialmente da seguinte forma: 

Distribuição Geográfica da Demanda
CONTINENTES
2008
2012
AMÉRICA DO NORTE
36,90%
30,00%
EUROPA
29,70%
32,00%
ÁSIA / PACÍFICO
25,00%
29,00%
RESTANTE DO MUNDO
8,40%
9,00%
TONELAGEM/MILHÕES DE TONELADAS
2,1
2,6

Observação: O Brasil está enquadrado no “Restante do Mundo”. 
Ainda segundo dados da AWA, apenas 1% do liner é destinado à reciclagem. Isso exclui os dados do Brasil, no caso, os dados da Polpel.

Custos da Reciclagem
Vale dizer, que a economia com aterros pode chegar, por exemplo, a R$ 30 mil por mês e R$ 360 mil por ano se considerarmos um envio de 50 toneladas de liner por mês. Isso sem contar com o ganho ambiental
Custo para aterro - R$ 108,50
Custo para coprocessamento - R$ 600,00
Custo para incineração - R$1.200,00

Parceiros
Empresas como Natura, Grif Rótulos e Etiquetas e Grupo Angeloni estão entre os parceiros que enviam periodicamente seus resíduos para serem reciclados na Polpel. Essas parcerias já se estendem aos segmentos de higiene pessoal, fabricação de equipamentos, tintas artísticas, limpeza, gráficas, cosméticos e laboratórios.

Trajetória internacional
Uma prova de que a companhia é destaque no setor em todo mundo, é que este mês de março estará presente na 17ª edição do AWA Liner Expo Chicago, congresso dedicado à indústria de liner. Convidados pelos organizadores da feira a palestrar sobre o tema “reciclagem do liner” em função da tecnologia inovadora que desenvolveram e que começa a chamar a atenção de outros países, os executivos focarão em suas principais expertises, a reciclagem do liner e fonte renovável, reciclável e ambientalmente sustentável. Vale ressaltar, ainda, que a participação no evento resulta do novo direcionamento da empresa, que busca o mercado internacional.

Fonte: Em pauta
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Érica Sena
Pensar Eco

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