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domingo, 18 de junho de 2017

Pq. Estadual da Serra do Tabuleiro terá 350 hectares de vegetação nativa restaurados

Foto: Autopista Litoral Sul




Projeto técnico elaborado pela SPVS faz parte da compensação ambiental pela construção do Contorno Rodoviário de Florianópolis e vai recuperar área quatro vezes maior que a determinada pelo Ibama

A região da Baixada do Maciambu, onde está inserida o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Palhoça (SC), está recebendo um esforço de restauração da vegetação nativa. A ação da Autopista Litoral Sul, em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) deve restaurar uma área de 350 hectares de vegetação nativa.

A concessionária responsável pela implantação do Contorno Rodoviário de Florianópolis tinha a determinação de recuperar uma área de 83,26 hectares, exigida pelo Ibama em razão da vegetação suprimida para a implementação da obra. No entanto, o projeto técnico de restauração, elaborado pela SPVS, permitiu que a área recuperada fosse 4,2 vezes maior.

O coordenador técnico do Programa Desmatamento Evitado da SPVS, Marcelo Bosco, afirma que um dos principais focos do trabalho é o controle das plantas exóticas invasoras como o pinus, que dificultam o desenvolvimento das espécies nativas.

“Trabalhamos com módulos de restauração com uma média de 2.500 m², onde são plantadas as espécies nativas. Com a diminuição e controle dos pinus, mais a utilização das técnicas de restauração ecológica e a ajuda de animais dispersores de sementes, as espécies nativas começam a ocupar a área em processo de restauração”, conta o biólogo.

Bosco explica que o pinus é uma das grandes ameaças às Unidades de Conservação no Brasil. A espécie exótica é muito utilizada para produção de madeira e se espalha rapidamente, contaminando as áreas originalmente ocupadas pelas espécies nativas.

Ao todo, o projeto vai criar 72 módulos de restauração, onde serão aplicadas técnicas como a formação de “galharia”. Nesse processo são depositados galhos para atrair roedores e outros pequenos mamíferos, que transportam sementes de outras áreas para a área em processo de restauração.

O projeto é pioneiro e terá uma duração mínima de seis anos, entre ações de restauração, controle de pinus e o monitoramento. A iniciativa estratégica tem o apoio da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) que é a responsável pela gestão do parque e do Ibama (órgão licenciador) e tem potencial para ser aplicada em outras áreas do parque, bem como em outras Unidades de Conservação.

Restinga ameaçada

A Baixada do Maciambu é uma planície que já foi coberta pela formação florestal de restinga, vegetação característica de regiões litorâneas, e que hoje sofre com o desmatamento e a expansão de espécies invasoras. “É uma vegetação ameaçadíssima em uma região única, que ainda conserva remanescentes de restinga arbórea”, afirma Marcelo Bosco. “A preservação do ecossistema pode garantir a sobrevivência da rica biodiversidade presente no litoral catarinense”.

O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é a maior Unidade de Conservação do estado de Santa Catarina, com cerca de 90 mil hectares. As florestas do parque protegem nascentes de rios como o da Vargem do Braço, Cubatão e D’uma, responsáveis pelo fornecimento de grande parte da água consumida na Grande Florianópolis e no litoral sul do estado.

Fonte: Pg1
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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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