sábado, 22 de setembro de 2018

Vamos falar sobre lixões?


Infelizmente mesmo depois de 8 anos da Política Nacional de Resíduos sólidos os lixões ainda existem.. o prazo para sua extinção foi prorrogado para 2021. Será que até lá eles sumirão??

Segundo o relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) o Brasil tem quase 3 mil lixões funcionando em 1.600 cidades.
Pela lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), todos os lixões do Brasil deveriam ter sido fechados até 2014.

O levantamento da Abrelpe mostra que, de 2016 para 2017, o despejo inadequado do lixo aumentou 3%. 
A produção de lixo no Brasil também aumentou no ano passado. 

Cada brasileiro gerou 378 kg de resíduos no ano, um volume que daria para cobrir um campo e meio de futebol.Junto com esse aumento do lixo produzido, também subiu a quantidade de resíduos que vão parar em lixões, com impactos negativos para o meio ambiente e para a saúde pública. Estudo afirma que o país gasta R$ 3 bilhões por ano com o tratamento de saúde de pessoas que ficaram doentes por causa da contaminação provocada pelos lixões. (Fonte: G1- Natureza)



Para entender um pouco mais compartilho a matéria do Portal de Resíduos sólidos abaixo:

O impacto causado pelos lixões à céu aberto

O que é um lixão a céu aberto? Qual a diferença entre lixão e aterro sanitário? Que impactos negativos o lixo pode causar na natureza? Saiba como o acúmulo de resíduos pode prejudicar você!


(...)
Há décadas, era comum transportar o lixo para  áreas distantes das cidades e deixá-lo ao ar livre. Com toda a certeza, os lixões a céu aberto eram uma alternativa mais fácil para (não) resolver o problema do lixo. Surpreendentemente, em 1954 havia uma lei que proibia lixões no Brasil. Essa lei foi revogada e outras semelhantes foram criadas, nos anos de 1981, 1988, 2010 e 2014. Além disso, em 2017 entrou em tramitação no congresso nacional uma lei para prorrogar o fim dos lixões para 2021. Até o momento, essa lei não entrou em vigor.
Apesar de todas as legislações proibindo o uso de lixões, eles continuaram sendo utilizados entre 1954 e 2017. Após 37 anos de descaso, os prefeitos eleitos em 2016 estão tentando prorrogar a proibição para 2021. Sendo assim, o que farão os prefeitos eleitos em 2020? É possível que em 2021 a câmara dos deputados aprove outra prorrogação. Em vista disso, quantas doenças e mortes de animais poderiam ser evitadas?

O que é o aterro sanitário?


Aterro sanitário é uma obra de engenharia que tem como objetivo tratar os resíduos sólidos de forma ambientalmente adequada. Em outras palavras, é o destino final de alguns materiais descartados.Existem dois tipos de aterro: os de classe I e os de classe II. Os aterros de classe I são feitos especialmente para receber resíduos perigosos: inflamáveis, patogênicos, corrosivos, tóxicos ou reativos. Já os aterros de classe II são projetados para receber resíduos não perigosos, como sucata ou matéria orgânica.  
A construção de um aterro sanitário deve obedecer critérios específicos para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente. Por isso, os projetos de aterro devem estar em conformidade com a Associação brasileira de normas técnicas (ABNT). Dessa forma, resíduos destinados ao aterro são separados de acordo com suas características e compactados para economizar espaço. Nessa obra há sistemas de drenagem para gases e chorume.  
Os aterros são considerados como a melhor solução para o excesso de resíduos. No entanto, grande parte dos materiais destinados aos aterros sanitários são recicláveis. 
Segundo o IPEA, o Brasil perde 8 bilhões por ano por não reciclar seus materiais. Certamente, se houvesse um maior investimento em reciclagem, a quantidade de resíduos de um aterro sanitário diminuiria.   
Qual a diferença entre lixão e aterro sanitário?
As diferenças entre o lixão a céu aberto e o aterro sanitário são gritantes. 
O aterro é uma obra planejada e supervisionada, que tem como objetivo a destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos. No Brasil a vida útil do aterro, definida pela norma ABNT NBR 13896/97, é de no mínimo 10 anos. No entanto, a  redução e reutilização de resíduos diminui o volume de lixo no aterro, aumentando dessa forma, a sua durabilidade.
Já os lixões a céu aberto podem se formar em qualquer lugar, sem proteção ou planejamento. Basta que os resíduos sejam despejados e esquecidos. Além disso, quando os resíduos dos lixões são cobertos com argila, terra e grama, forma-se o aterro controlado. Essa técnica não evita a contaminação do lençol freático. Como o aterro controlado não realiza a impermeabilização do solo, não deve ser confundido com aterro sanitário.
Que impactos negativos o lixo pode causar na natureza?
No lixão a céu aberto, há bactérias responsáveis pela decomposição da matéria orgânica. Consequentemente, a reação química produz gás metano (CH4), que é responsável pelo aquecimento global. Além disso, quando em contato com o ar, pode provocar incêndios e explosões. A decomposição da matéria orgânica também é responsável por produzir chorume. Esse líquido percolado apresenta a mesma composição dos detritos descartados e pode apresentar concentrações de metais pesados. Dessa forma, no período chuvoso, o chorume pode se infiltrar no solo e contaminar as águas subterrâneas.
O descarte inadequado de resíduos sólidos pode atrair animais, principalmente ratos portadores da bactéria leptospira. Por serem eliminadas na urina, essas bactérias se espalham por vários lugares. Em virtude disso, quando há enchentes, pessoas com ferimentos em contato com a água correm o risco de contrair leptospirose. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça e dores pelo corpo. Em casos mais graves, os sintomas podem ser meningite, insuficiência renal e o paciente pode ir a óbito.
Os materiais descartados perto dos cursos d’água, além de transmitirem doenças, são os principais responsáveis pela poluição hídrica. Segundo a Agência Europeia do Ambiente, a cada ano 10 milhões de toneladas de lixo vão parar nos oceanos, no mundo inteiro. Por causa disso, muitos animais marinhos estão morrendo por ingestão de resíduos e asfixia.  
O lixão a céu aberto e o aterro sanitário tem algo em comum. Os materiais destinados à esses dois lugares podem ser comercializados e gerar receita. Desse modo, a reciclagem pode se tornar o sustento para quem não tem o que comer. Além de gerar fonte de renda, diminui a quantidade de lixões e aterros, amenizando os impactos ambientais. .

Veja a matéria na integra: https://portalresiduossolidos.com/o-impacto-dos-lixoes/




É necessário que cada um tenha responsabilidade de fazer sua parte na gestão de resíduos sólidos em nosso município. Dentro da PNRS existe a responsabilidade compartilhada.

#FaçaSuaParte
#ResponsabilidadeCompartilhada
Eu, vc e todos nós são responsáveis pela gestão correta dos resíduos sólidos ou popularmente "Lixo".

Érica Sena 

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