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sábado, 31 de julho de 2010

Compre e não jogue fora: devolva

O termo soa esquisito e, por enquanto, só frequenta o vocabulário de especialistas. Mas a logística reversa, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada este mês pelo Senado, pode mudar as relações de consumo. Por meio dela, empresas ficam obrigadas a recolher o resíduo do que fabricam e o consumidor, a devolver produtos usados para reciclagem.Depois de ser sancionado,  será obrigatório para itens como pilhas, baterias, pneus e eletroeletrônicos.

O caso dos eletroeletrônicos é o que mais carece de regulamentação. Reunidos
no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), representantes do governo, de toda a cadeia de produção e reciclagem, de universidades e ONGs tentam definir como pôr em prática a logística reversa. O principal embate no grupo de trabalho, criado em 2009, é o estabelecimento de metas. 

"Na resolução dos pneus, editada em 1998 pelo Conama, foram estabelecidos metas e prazos. Na resolução das pilhas e baterias, do mesmo período, não", diz a doutoranda Ângela Cássia Rodrigues, da Faculdade de Saúde Pública da USP, que integra o grupo de trabalho. "No caso dos pneus, rapidamente se montou uma estrutura para coleta e reciclagem. Com pilhas e baterias a gente continua dependendo do voluntarismo dos fabricantes e dos consumidores."

"Governos, ONGs e academia gostam de falar de metas. Mas a sociedade não está educada ainda. O brasileiro extrapola em uma vez e meia o grau de obsolescência de um produto. Quanto a indústria vai gastar para educar esse cidadão?", alega o relator do grupo de trabalho e diretor de Responsabilidade Socioambiental da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), André Luiz Saraiva. 

Para Saraiva, a regulamentação do setor é urgente. "Temos Copa do Mundo em 2014. E as vendas vão parar nas alturas", prevê, com base nos números do primeiro semestre deste ano, quando quase 7 milhões de famílias adquiriram aparelhos de TV.
As empresas evitam falar em quem vai pagar a conta da logística reversa. "A solução é reduzir impostos", diz Saraiva. Ângela defende que o custo da gestão de resíduos seja embutido no preço dos produtos. "A melhor forma é atribuir o custo aos fabricantes. Quando eles planejam o lançamento de um produto, têm de planejar a destinação final."

Com a regulamentação, pessoas como Paulino Pereira de Andrade, dono da empresa Mundinho Azul, terão de ser incorporados à cadeia da logística reversa. Paulino, que recolhe sucata eletrônica nas residências com dois veículos sem custo para quem requisita o serviço, quer se capitalizar com os eletroeletrônicos. "Vejo uma grande oportunidade nesse mercado. Quando abrir minha primeira loja, em dois ou três meses, quero me credenciar para ser o parceiro de grandes empresas que vão ter de cumprir a lei", diz Paulino.

É de se esperar que, por conta do grau de pirataria que reina no mercado de eletroeletrônicos, empreendedores como Paulino sejam bem-vindos, já que ninguém poderá garantir que a indústria vá se ocupar de equipamentos "piratas". "Ele até pode operar, credenciado. O que eu acredito que vá acontecer é que as indústrias vão capacitar suas redes de assistência técnica para receber usados", prevê Saraiva.

O "filé" dos resíduos eletroeletrônicos, porém, são as placas de computadores, de celulares e de equipamentos afins. Grandes empresas de reciclagem pagam cerca de R$ 7,50 pelo quilo do produto. E é justamente esse material que o Brasil não tem tecnologia para reciclar.
"Só cinco empresas do exterior fazem esse trabalho", diz Ronylson Freitas, que, para trabalhar no setor, criou a RecicloAmbiental. A natureza muitas vezes tóxica dos resíduos torna delicada a questão da formação da cadeia de recicladores. "É perigoso. Os monitores de tubo, por exemplo, têm de 20% a 30% de chumbo. Os ilegais vendem o cobre, o plástico - e jogam fora o lixo tóxico."

O texto aprovado
Na gestão dos resíduos sólidos deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final adequada.

O texto prevê que o lixo poderá ser utilizado para geração de energia desde que comprovada sua viabilidade técnica e ambiental. A emissão de gases tóxicos deve ser monitorada.

A União deverá elaborar um Plano Nacional de Resíduos Sólidos com horizonte de 20 anos, a ser atualizado a cada 4 anos. O plano prevê o diagnóstico da situação dos resíduos 
 sólido.
Caso os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes repassem para o Estado suas atribuições no âmbito da logística reversa, vão ter de remunerá-lo por isso.

As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos são obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos e comprovar capacidade técnica. 

É proibido lançar resíduos a céu aberto, exceto os provenientes de mineração; em praias, no mar ou em rios. Também é proibida a queima a céu aberto ou em instalações não licenciadas. 

Fonte: Jornal O Estado de SP, 28/07

Qual a diferença entre produtos ecológicos, verdes e sustentáveis?

  Procurando mais sobre o Projeto Residência Sustantável, achei este artigo interessante e por isso repasso a vcs.

Uma das propostas do projeto Residência Suntentável é o de desmistificar conceitos errôneos, como associar sustentabilidade a apenas ecologia, rusticidade ou então a ambientes com excesso de plantas. 

“A sustentabilidade é totalmente compatível como bom gosto e o conforto, quem não consegue perceber isso ainda não entendeu o que é sustentabilidade”, diz Paola Figueiredo, idealizadora do projeto. 

O primeiro passo é compreender as diferenças entre produtos ecológicos, verdes e sustentáveis:

Produto Ecológico é produzido com a preocupação, quase que única, de preservar o meio ambiente o mais intacto e, se for possível, reconstituído.

Produto Verde se preocupa em menores impactos ambientais (p.ex. eficiência energética, origem dos materiais etc…) e também com a saúde humana.

Produto Sustentável é o que incorpora os aspectos de responsabilidade social além do ambiental e de saúde das pessoas.

 Produto Orgânico é todo produto, animal ou vegetal, obtido sem a utilização de produtos químicos ou de hormônios sintéticos que favoreçam o seu crescimento de forma não natural.


Fonte: Casa.com.br/ Sustentax
                                                    

Sustentax dá dicas como escolher um piso para sua residência!

Na hora de decidir o tipo de piso ou revestimento, além das características estéticas, é preciso fazer uma análise do ambiente, o seu uso e quem serão seus ocupantes para fazer uma melhor escolha e, principalmente, ter satisfação pelo resultado.
 
Algumas perguntas-chave são:
 
Área molhada ou seca: um piso a ser aplicado num ambiente externo ou mesmo numa cozinha ou banheiro deve ter características diferentes de um piso para o quarto, por exemplo;
Quem utilizará o espaço: crianças e idosos exigem, por exemplo, cuidados especiais em relação à segurança;
Frequência de uso: é vital saber a durabilidade do piso para definir a melhor opção;
Manutenção e limpeza: como deverá ser a limpeza do piso, por exemplo, se exige produtos especiais. 
 
A partir daí, é hora de verificar as ofertas existentes no mercado. Momento também de verificar a presença dos atributos essenciais da sustentabilidade: salubridade, qualidade e responsabilidades socioambiental e de comunicação do fabricante. Comece por perguntar qual o adesivo é o recomendado pelo fabricante. Verifique se ele é ou não tóxico. Uma das maneiras é verificar se possui o Selo SustentaX (no site www.SeloSustentaX.com.br você encontrará produtos com qualidade garantida e com níveis de toxidade aceitáveis por normas internacionais).
 
Se a opção é por piso de madeira ou derivados, verifique se tem origem legal e produção responsável. Não é difícil fazer isso é só verificar se possui o Selo FSC ou CERFLOR.
 
Verifique também a origem do material, se há componentes reciclados. Estes estes são outros aspectos que devem ser considerados na compra de materiais, assim como beleza, funcionalidade e adequação ao uso.
 
O projeto Residência Sustentável, que tem o intuito de mostrar ao público em geral que já existem materiais sustentáveis, reuniu fabricantes e fornecedores para esclarecer algumas dúvidas e apresentar os diferenciais de seus produtos:

 
Fabricante
Bamboo floor Euca floor Interfloor
Pisoleve
Pisoleve

Werden
Tipo de piso
Piso de alta densidade
Piso laminado de alta resistência, flutuante
Piso em réguas com formato de lâminas de madeira
Base isolante acústica e térmica para lajes, pisos laminados, cerâmicos
Piso para playground e drenante
 
Piso Elevado
monolítico
Aplicação
Pisos, paredes e tetos
Em áreas residen-ciais, comer-ciais, pousadas e hotéis; exceto em áreas molhadas
 
Áreas comerciais/residenciais
Diretamente sobre a laje ou sob pisos laminados e cerâmicos como barreira acústica e térmica
Diretamente sobre cimentado, asfalto ou terra compacta-da com pó de pedra
Diretamente sobre a laje, dispensan-do contra piso, facilita a manuten-ção das instalações elétricas e de TI sob o piso, além de poder ser usado com qualquer tipo de revestimen-to.
Conserva-ção e Limpeza
Pano úmido com soluções de limpeza doméstica (sabão neutro, álcool). Não usar:  cera, silicone e produtos abrasivos.
 
Pano úmido com soluções de limpeza doméstica (sabão neutro, álcool). Não usar:  cera, silicone e produtos abrasivos.
 
Detergente neutro diluído ( 1 parte para 10 água), aplicado com pano úmido.
 
Não há necessidade de limpeza ou conserva-ção
 
Pode ser varrido ou lavado com mquina de pressão leque aberto.
 
Não exige cuidados específicos
Durabilidade
Mínimo: 10 anos
16 anos de garantia (Elegance)
10 anos
Mínimo: 15 anos
Mínimo: 10 anos
Vida útil indeterminada.
Material
Bambu
Eucalipto – cepilhos alongados e agulhados
 
PVC
Borracha reciclada de pneus
Borracha reciclada de pneus
 
Areia quartzo
Origem
China
Botucatu - SP
China
São Paulo - SP
São Paulo - SP
Diadema - SP
Compostos Reciclados
 
 
 
Utilização de compostos reciclados pós consumo (94%) na composição do produto.
Utilização de compostos reciclados pós consumo (90%) na composição do produto.
Utilização de compostos reciclados pós consumo (16%) na composição do produto.
Reciclabilidade
 
 
100% reciclável
 
 

Matéria prima renovável
Material rapidamen-te renovável (bambu)
Madeira de eucalipto que é rapidamen-te renovável.
 
 
 

Rotulagem
Possui Certificação FSC.
Possui Certificação FSC.
Selo SustentaX
 
 
Selo SustentaX
Preço
(m2/
instalado)*
R$ 220,00
R$ 69,00
 
R$ 125,00
R$ 19,00 (4mm de espessura)
R$ 132,00 (4cm de espessura)
 
R$ 200,00 instalado
Informações
Tel: 11 – 3277-8415
Tel: 0800 17 2100
 
Tel: (11) 3812-3976
11-3208-2732
11-3208-2732
 
11- 4067-7000
 
 
*Valores médios fornecidos pelos fabricantes (mês de referência -  maio/2010)
 
 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Navio traz 55% das espécies invasoras

Levantamento mostra que lastro de barco é o maior responsável por dar carona a organismos exóticos ao Brasil
Sem inimigos naturais no país, invasores se multiplicam além da conta e causam dano ambiental e econômico

O Brasil tem mais de 50 espécies invasoras marinhas. Esse número deve aumentar, já que não se sabe como barrar a chamada bioinvasão, que pega carona no lastro de navios em 55% dos casos.
O dado é do Ministério do Meio Ambiente, que aponta a água de lastro das embarcações internacionais como a principal vilã do problema.
Para aumentar a estabilidade quando descarregados, os navios se enchem de água num tanque que atua como lastro. Entre um porto e outro, espécies viajam clandestinas nos tanques e chegam aos novos habitats.
Isso acarreta perda da biodiversidade na costa, pois as espécies nativas, forçadas a concorrer com as invasoras, podem acabar extintas. Desde 1600, 39% das extinções com causas conhecidas estavam relacionadas à competição com espécies invasoras.
Com os barcos trazendo espécies marinhas para cá e para lá, a biodiversidade também diminui. "É uma homogeneização, podemos acabar tendo uma biota global", diz Rosa de Souza, bióloga da Universidade Federal Fluminense, que apresentou os dados no encontro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Natal.
Os biólogos estão preocupados, porque há espécies invasoras especialmente problemáticas, como algas tóxicas que afloram em praias turísticas ou espécies que causam danos à saúde, como a bactéria do cólera.
No Brasil, o caso mais famoso é o do mexilhão-dourado, espécie asiática que chegou ao país em 1998 e, sem predadores, virou praga. Ele gruda nos equipamentos das usinas hidrelétricas, atrapalhando o fluxo de água.
"Há mais de dez anos os países procuram soluções", diz o biólogo Flávio da Costa Fernandes, do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, da Marinha.

CONVENÇÃO
Em 2004, a Organização Marítima Internacional propôs uma convenção sobre a água de lastro, com medidas como fazer com que os navios renovem o conteúdo dos tanques no meio do oceano. No entanto, mesmo essa troca não eliminaria totalmente o problema, já que muitos organismos resistiriam a ela.
Outra sugestão seria obrigar os barcos a tratar a água de lastro. "Mas ainda não há tecnologia desenvolvida para isso", diz Fernandes.
A convenção já foi ratificada por 26 países (inclusive o Brasil), mas precisa de pelo menos 30 para entrar em vigor. O Brasil já obriga os navios que passam pelos seus portos a fazer a troca oceânica, entre outras exigências.
A bioincrustação (acúmulo de organismos no casco) também leva espécies pelo mundo. O uso de tintas especiais poderia evitar o problema, mas muitos navios não fazem a pintura periódica.


Fonte: Folha de SP, 30/07
                     

SP: Projeto Zeladoria de Praças!


SP vai ganhar mais de 1200 zeladores de áreas verdes

Programa social da prefeitura capacita desempregados para o cuidado de áreas verdes e praças públicas

 Até o final do ano, cerca de mil praças e áreas verdes da cidade de São Paulo estarão mais protegidas e revitalizadas. Isso porque, até lá, 1274 pessoas terão sido capacitadas pelo projeto "Zeladoria de Praças", uma parceria entre as secretarias municipais de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Verde e do Meio Ambiente e Coordenadoria das Subprefeituras, por intermédio de 16 subprefeituras.

Hoje, 30/07, 371 formandos do Curso de Jardinagem receberão certificados de guardiões do verde. No final de agosto, mais 902 pessoas serão capacitadas para assumir a revitalização das áreas verdes no município. Eles se juntam aos 364 que já se formaram no curso de jardineiro e mantêm as praças limpas, cuidam da vegetação, fazem pequenos reparos, melhoram o visual paisagístico e dão condições de uso para os moradores próximos às praças na cidade.

Ganharão proteção as praças das seguintes subprefeituras: Penha; Perus; Pinheiros; Santo Amaro; Sé; Vila Maria; Vila Mariana; e Jabaquara. A iniciativa surgiu a partir de uma pesquisa feita pela prefeitura, que identificou a necessidade de aproximar os paulistanos dos cuidados com as áreas públicas da cidade, minimizando o número de equipamentos depredados e evitando o depósito de lixo nesses lugares.

Fonte: Exame.com, 29/07

 A idéia é boa,  tanto na área social ( geradora de renda- frente de trabalho), como na área ambiental, mas precisa ser aprimorada para ter uma maior durabilidade. Vamos ver como isso ficará?
    Érica Sena
 


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Reposição de areia nas praias


Aquecimento pode obrigar cidades a repor areia das praias, diz cientista

As cidades litorâneas do Brasil precisam se preparar para comprar areia. Muita areia. Segundo o pesquisador Dieter Muehe, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a elevação do nível dos mares pelo aquecimento global pode obrigar os municípios a reporem as praias “engolidas” pelo oceano.
De acordo com Muehe, esse tipo de intervenção – comum em locais em que o mar causa muita erosão – pode se tornar cada vez mais necessária nas praias urbanas, pois nelas a areia não pode recuar em direção ao continente com a subida do nível do mar, já que na maior parte dos casos há muros ou ruas na beira da água.
O pesquisador, autor do estudo “Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2007, é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no estudo do litoral.

Edifícios Segundo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), da ONU, a elevação da temperatura do planeta pode causar um aumento entre 18 e 59 cm no nível do mar até 2100. A previsão, apesar já ser preocupante, é considerada modesta por muitos especialistas.
Além de garantir de volta a área usada pelos banhistas, preencher novamente as praias poderia proteger as construções litorâneas, segundo o pesquisador da UFRJ. “Se não for feito o aterramento, os muros que cercam as praias vão junto com a erosão e o mar vai começar a atingir os prédios”, explicou o especialista durante a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre nesta semana em natal.

Boa qualidade – Devolver a areia às praias, contudo, não será tarefa simples. “É necessário avaliar de onde tirar areia, já que a que vai ser colocada tem que ser parecida com a original”, avisa Muehe. A matéria-prima usada na construção, por exemplo, seria muito grossa, além de cara.
Uma possível fonte de areia de boa qualidade é a que fica próxima às praias, no fundo do mar, explica o pesquisador. “Uma área em que a areia pode ser retirada é a plataforma continental, mas não pode ser em profundidades maiores do que 10 metros, pois ficaria muito próximo à costa, e também não pode ficar muito longe, pois aí a areia começa a juntar com lama, com carbonato.”
Outro problema, explica o especialista, é que a obra teria que ser refeita de tempos em tempos, já que as ondas tenderão a levar a areia de volta para o mar.

Ventos – Muehe conta que não é apenas o aumento do nível do mar que pode interferir no desaparecimento de algumas praias. Com o aquecimento global, pode haver mudança de direção dos ventos, quebrando o equilíbrio natural de transporte de sedimentos no mar.
Outro fator que pode diminuir a areia nas praias é a construção de barragens nos rios, já que elas impedem as grandes enchentes, responsáveis por levar terra para o mar.

Em situações específicas, de acordo com Muehe, a elevação dos oceanos pode causar o aumento da faixa de areia. É o que pode acontecer se as ondas atingirem falésias – penhascos à beira mar, mais comuns no Nordeste Brasileiro. Nesse caso, a erosão poderá desgastar as rochas e aumentar a disponibilidade de areia. Isso só ocorreria, contudo, em locais onde não houvesse barreiras artificiais em volta da praia. (Fonte: Iberê Thenório/ G1)

Fonte: Ambiente Brasil,28/07

terça-feira, 27 de julho de 2010

Bactérias podem reduzir impactos ambientais!

A utilização de bactérias para extrair minérios de rejeitos industriais foi avaliada pela química Nury Alexandra Muñoz Blandon.
O estudo foi apresentado na tese de doutorado “Recuperação de níquel e outros metais a partir de diferentes fontes (Rejeitos Minerais de Processo Industrial e Pentlandita) por lixiviação bacteriana e ácida”, defendida pela pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, da Universidade Estadual Paulista, Unesp.

A pesquisa comparou o uso exclusivo de ácido sulfúrico com a associação do ácido e alguns microorganismos, para a extração de níquel, cobre e cobalto. A técnica apresenta vantagens econômicas e ecológicas, de acordo coma pesquisadora.

“Com o esgotamento das fontes desses minérios e a necessidade de diminuir o impacto ambiental da indústria, o reaproveitamento dos rejeitos vem ganhando da importância”, avaliou a química. A retirada dos resíduos é importante, pois os metais acumulados pode contaminar o solo e a água.

A extração dos minérios acontece depois de várias etapas, que passam por um processo de separação, aquecimento, etc. O método empregado pela pesquisadora utiliza o ácido sulfúrico apenas para estabilização do pH, após essa fase, as bactérias realizam o trabalho corrosivo.
“Em relação ao modelo químico, a lixiviação bacteriana tem custo inferior, processo mais simples e um menor impacto ambiental”, explicou Nury.(UNESP)

Fonte: Ambiente Brasil, 27/07

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Canadá dá a gaúcho prêmio por inovação: plástico renovável!



Cientista brasileiro radicado há dez anos em Ontário integra lista de 40 jovens com feitos relevantes para país
Pesquisador criou, com palha de trigo, plástico renovável que já está sendo usado em carros; ele já se naturalizou
Universidade de Waterloo/Divulgação
O brasileiro naturalizado canadense Leonardo Simon, da Universidade de Waterloo, posa com um modelo de molécula

 
 
"É errado achar que só o Brasil tem dificuldade para tornar comercial uma ideia que surge na universidade. Países como o Canadá também vivem esse drama."
Justamente por vencer a barreira que descreve, o gaúcho Leonardo Simon, da Universidade de Waterloo, apareceu na lista anual dos 40 canadenses com menos de 40 anos que fizeram algo relevante pelo país, elaborada pelo mais importante jornal de lá, o "Globe and Mail".
Exemplo da "fuga de cérebros", quando gente qualificada vai trabalhar no exterior, ele conseguiu fazer com que a Ford do Canadá usasse um plástico renovável, feito a partir de palha de trigo.

O COMEÇO
Por enquanto, o novo plástico é utilizado apenas em algumas peças do Ford Flex, um utilitário grande o suficiente para causar alguma culpa ambiental no proprietário. Simon acredita que seja só o começo. "O importante é que se tornou comercial. Continuamos trabalhando."
O "Globe and Mail" apresentou Simon com um texto empolgado, dizendo que ele está "revolucionando a composição dos plásticos". Já foram premiados o prefeito de Vancouver, vários empresários de sucesso e, nesta edição, até o diretor da Escola Nacional de Ballet do país.
Ele afirma que não está ficando rico. "Tenho salário de professor, vida confortável", diz. Aos 38 anos, não pretende voltar ao Brasil tão cedo.
Adaptou-se ao Canadá, onde vive há dez anos com a mulher, também brasileira e cientista. Há três anos tiveram um filho, que Simon leva para jogar futebol em um parquinho o qual, no inverno, é usado para patinação.
Ele não acha que o Brasil deveria lamentar sua ausência. "Agora o país tem alguém aqui para colaborar com suas universidades. Alguém que conversa em português e come churrasco, para quem a questão cultural não é uma barreira." Sem isso, o intercâmbio de projetos ficaria comprometido, diz.

Fonte: Folha de SP, 26/07

domingo, 25 de julho de 2010

Eutrofização na Guarapiranga!!

Assistam!
Fonte: Globo vídeo, 24/07/10

                  O que é eutrofização? 

  • É o fenômeno no qual o ambiente aquático caracteriza-se por uma elevada quantidade de nutrientes – principalmente nitratos e fosfatos, provenientes do lançamento de esgoto doméstico, adubos, detergentes, entre outros na água.
  •   O excesso de nutrientes na água causa a proliferação de algas microscópicas com formação de um tapete na superfície impossibilitando à entrada de luz, e consequentemente:
  • a diminuição da fotossítese pelos organismos que habitam em camadas mais profundas;
  • diminuição até a ausência de oxigênio na água;
  • morte das algas;
  • aumento de bactérias decompositoras e consequentemente, o aumento de consumo de oxigênio por elas;
  • mortandade de peixes e outros animais desse ecossistema;
  • produção de gases tóxicos ( sulfúrico) provenientes da decomposição anaeróbia, produzindo um cheiro forte no local.
   Enfim, a  eutrofização causa a destruição da fauna e da flora de muitos ecossistemas aquáticos, transformando-os em esgotos a céu aberto. Esse cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.
   
Fonte: Infoescola ( adaptação)

Jornal Metro: meio ambiente

Assunto pra lá de interessante e preocupante:o mundo cada vez mais feminino

 A absorção de substâncias químicas poluentes por animais vertebrados - inclusive o homem - está causando uma progressiva feminização dos machos dessas espécies e põe em risco sua sobrevivência futura. 

 A principal causa do fenômeno parecem ser as enormes quantidades de hormônios lançadas no meio ambiente pela urina das mulheres que usam anticoncepcionais orais.

Se as mulheres vivem mais, superam os homens em quantidade em vários países e conquistam um espaço cada vez maior no mercado de trabalho, a velha afirmação de que elas constituem o chamado "sexo frágil" soa no mínimo controvertida hoje em dia. Uma pesquisa divulgada em dezembro põe ainda mais lenha na fogueira: segundo seus autores, o gênero masculino de todos os animais vertebrados, de peixes a mamíferos - incluindo os humanos -, corre um risco significativo, e o agravamento dessa tendência trará consequências desastrosas em termos evolutivos. Entre as razões da mudança destacam-se substâncias químicas espalhadas pelo ambiente, que estão feminizando os machos dessas espécies.
"Uma ação urgente é necessária para controlar as substâncias químicas conversoras de gênero, e mais pesquisas são necessárias para o monitoramento da vida selvagem", alerta Gwynne Lyons, autora do texto do estudo. "Substâncias químicas produzidas pelo homem estão claramente danificando o kit de ferramentas básico do sexo masculino. Se as populações de animais selvagens desaparecerem, será muito tarde. A menos que um número suficiente de machos contribua para a próxima geração, há uma ameaça real para as populações animais no longo prazo."
 Os danos ao kit de ferramentas básico do sexo masculino de aves, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos são uma ameaça real para essas populações no longo prazo
 Substâncias produzidas pelo homem e espalhadas na terra, na água e no ar (à direita) estão provocando alterações no gênero masculino dos pássaros (acima) e outros animais vertebrados.
(...)
Nos últimos anos, vegetais, animais e seres humanos têm sido expostos a mais de 100 mil substâncias químicas. A Comissão Europeia admitiu que nada menos do que 99% delas não são adequadamente reguladas e 85% nem ao menos oferecem informações de segurança apropriadas. Vários deles são classificados como "perturbadores endócrinos" - ou conversores de gênero - por sua capacidade de interferir em hormônios. A lista abrange os ftalatos, cujas aplicações incluem as embalagens para alimentos, cosméticos e talcos destinados a bebês; retardadores de chamas em móveis e aparelhos elétricos; as bifenilas policloradas (PCBs), um grupo de substâncias banidas de vários países desde a década de 1970, mas ainda disseminadas no meio ambiente; e diversos pesticidas.

"Machos de espécies de cada uma das principais classes de animais vertebrados (incluindo peixes com ossos, anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos) foram afetados pelas substâncias químicas no ambiente", afirma Gwynne no estudo. "A feminização dos machos de numerosas espécies vertebradas agora é uma ocorrência disseminada. Todos os vertebrados têm receptores de hormônios sexuais similares, que foram conservados na evolução. Assim, observações em uma espécie podem servir para destacar casos de poluição que dizem respeito a outros vertebrados, incluindo os humanos."
Por viverem imersos na água, os peixes são especialmente afetados quando ela está poluída: absorvem os poluentes não apenas via alimentos, mas também através das guelras e da pele. Isso faz com que os machos dessa classe estejam entre os primeiros a apresentar características de conversão de gênero. 

Quer ler na integra essa matéria..é bem extensa:
http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=4514

  Fonte: Revista Planeta


É  amedrontador ver como as ações antrópicas causam consequências até na genética dos seres vivos.
 Agradeço essa ótima matéria a minha amiga Lara Scoot!!!
 Obrigadaaa!!!
  bj,
                      Bom domingo a todos!!
                                             Érica Sena 
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