Hoje fui trocar o meu velho aparelho de telefone celular. Praticamente obrigado.
Apesar de morar no chamado "Pais da Tecnologia" acredito eu que acabei absorvendo parte do espírito japonês. Por incrível que pareça, aqui as pessoas tendem a renovar seus gadgets mais por necessidade e comodidade que pelo sabor da novidade. Afinal de contas, possuir a última tecnologia por estas bandas não representa status nenhum, já que as novidades na área da tecnologia são algo acessível a todos por aqui e com certeza logo fazem parte da vida comum do cidadão.
Prova disso? É possível adquirir um iPhone a ZERO iene. Então todo mundo então aproveitou pra pegar um! No, no, no, no. Muitos desses aparelhos mofam nas prateleiras das lojas! Não agradou aos japoneses.
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Fui obrigado a trocar de celular, pois o meu aparelho datava de...2005. Talvez 2004. Esqueci, já faz tanto tempo que tenho ele... Põe na conta uns quatro anos de uso. Bateria esgotada, teclas gastas e falhando. A tela que já dava sinais de que ia queimar. E a razão maior: o aviso da própria operadora que meu celular já não seria mais compatível com a transmissão de dados a partir do ano que vem. Obsolência completa. Pode parecer estranho mas tem muita gente por aqui que age como eu, não se preocupando em obter a última novidade tecnológica e sim manter uma que funcione bem e que cumpra as necessidades do cotidiano...
...Peguei um modelo Sharp Aquos. Cheio de recursos...
...O preço? Hummm caríssimo!!!!! Não, não, não! De novo o ZERO iene. Paga-se o uso e as taxas da conta.
O que mais achei interessante: quando comprei meu celular antigo ganhei em uma sacola de papel grosso (tal qual das lojas de roupa de marca, uma sacola muito bonita por sinal) vários livros, livretos, folhetos, manuais, cd de instalação, bateria, carregador, cabo para ligar na tv, cabo para ligar no computador, caixinha disso, caixinha daquilo etc e tal. O telefone mesmo, pequenino, ficava ali perdido dançando no meio de tanta bugiganga. Sacolinha pesada, incômoda, de tanto manual e cia. Com o novo celular: Uma caixinha bem pequenina mesmo, um livretinho magricelinho de nada. E links, muitos links para quem quiser baixar todo o tipo de informação do celular (seja baixar via pc ou celular mesmo). Carregador como item opcional (porque provavelmente a gente já tem alguns encostados em casa). E nada mais. E a sacola bem menor e de papel mais fino. E tudo impresso com tinta feita de soja em papel reciclado. Nada mais de receber conta em casa: desconta-se automaticamente no banco. Nada mais de enviar faturas e históricos de ligações, etc. Confere-se as ligações e custos pelo próprio celular ou computador. Se quiser papel, tem que pagar. Menos papel, menos lixo formado. E claro, o meu velho "keitai" (celular) tem lá o seu túmulo reservado: leva-se o aparelho antigo e o mesmo será totalmente reciclado. Meu velho celular estará em pedacinhos integrando novos celulares que virão por ai.
Idem os papéis, manuais e caixinhas, que contém avisos e dicas para reciclagem.
Na própria loja um cartaz que anuncia: ar condicionado a 28 graus, para reduzir consumo de energia/emissão de carbono (é que estamos passando por dias quentes aqui, o verão está vindo com muito vigor).
Quem sabe estamos começando uma nova era, na qual aprenderemos a lidar melhor
com o chamado "E-Waste"(o lixo eletrônico), agindo a fim de não destruir a casa que vivemos, o nosso planeta. Aprender a ter responsabilidade sobre o impacto ambiental que nosso conforto pode custar ao planeta e tentar minimizar o problema. Aprender que o simples ato de descartar algo (ou jogar fora) tem sim importância e causa impacto e agressão ao meio-ambiente. Nosso planeta tem muitas e belas vocações, menos a de ser uma enorme lata de lixo a serviço dos irresponsáveis seres humanos.
Quer saber na integra e mais post do Alexandre entre no blog dele....bem legal!!!
http://mauj77.blogspot.com/search/label/ecologia
Achei muito interessante ler e poder passar para vcs vivências diferentes, com o consentimento dele, o que é melhor!!!
E como ambientalista, adorei esta transforamação feita pelas indústrias de celulares japonesas...Brasil, que tal copiar???
Valeu Alexandre....boa sorte aí...e continue contando suas vivências!!!
Abs,
Érica Sena
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