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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dia 22...Salve o Rio Tietê!


O Tietê vai virar "praia"
Segundo a SOS Mata Atlântica, que organiza o manifesto, o objetivo é aproximar a população do rio e pressionar o governo para a continuidade da despoluição da Bacia do Tietê
DANILO CASALETTI
SUJEIRA
A imagem das margens do Rio Tietê transbordadas no último dia 8 de setembro por causa das fortes chuvas que atingiram São Paulo
Você toparia tomar banho de sol nas margens do Rio Tietê? Essa é a proposta da fundação SOS Mata Atlântica para comemorar, nesta terça-feira (22), o Dia do Tietê. Cadeiras de praia, esteiras e guarda-sóis serão colocados no canteiro do rio, na capital paulista, para que as pessoas possam ter essa experiência. O manifesto vai acontecer entre as pontes Cruzeiro do Sul e Bandeiras, no sentido da rodovia Castelo Branco. Haverá escadas nas pontes para que os participantes possam ter acesso ao local. Cerca de 200 pessoas foram convidadas para a mobilização, mas os organizadores esperam que a população em geral também apareça. “Essa iniciativa representa o sonho de ter o rio integrado à cidade novamente”, diz Vinicius Madazio, geógrafo e coordenador de mobilização da SOS Mata Atlântica, referindo-se ao tempo em que o rio era limpo e que as pessoas nadavam e pescavam em suas águas. O local escolhido para a “praia do Tietê” tem um significado especial para o grupo. Foi lá que, em 1991, a entidade entregou ao Governo do Estado de São Paulo um abaixo-assinado com 1 milhão e 200 mil assinaturas que pedia a despoluição do rio. Segundo Madazio, nesses 17 anos, a sociedade pôde ver avanços no projeto de revitalização do Tiête. Em 1993, o projeto de despoluição do rio teve início e, de lá para cá, alguns resultados já começaram a aparecer. “Quem passa pela Marginal Tietê percebe que o rio não tem mais aquele odor forte de antigamente”, diz Madazio.
Segundo ele, isso pode parecer pouco, mas é preciso ver que o Tietê não passa apenas pela região urbana de São Paulo. Na cidade de Salto, distante a 100 quilômetros da capital, já é possível pescar no rio, algo que, segundo o geógrafo, era impossível há cerca de 10 anos. “É preciso analisar os efeitos em toda a bacia hidrográfica do Tietê, que tem 1.100 quilômetros”. Madazio ainda afirma que esses resultados só foram possíveis porque a sociedade civil se mobilizou para que o Tietê fosse despoluído. A própria fundação SOS tem um braço chamado “Rede de Águas” que dá apoio para que grupos fiscalizem as obras de saneamento realizadas pela Sabesp e a qualidade da água dos córregos que deságuam no rio. “A sociedade não parou de pressionar. Isso é importante para a continuidade de investimentos”, diz.

Para ele, o sonho de ver o Tietê totalmente despoluído não é uma utopia, mas a é preciso uma grande mudança de comportamento para que isso ocorra, isso inclui, inclusive a desocupação das margens do rio.

Fonte: Revista Época

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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