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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

COP-15 - Marina Silva atrai as atenções em Copenhague




Por Reinaldo Canto*, direto de Copenhague para a Envolverde


Logo ao chegar a Copenhague, neste domingo (13/12), Marina Silva já tinha compromisso definido. Ela foi uma das principais estrelas do evento organizado pelo movimento Forum Global dos Partidos Verdes, ao lado do polêmico ativista francês José Bové, hoje deputado do parlamento europeu. Como o local da conferência do clima, o pavilhão Bella Center esteve praticamente fechado no domingo, os “verdes” reuniram-se no espaço do Klimaforum, no centro de Copenhague.

Mesmo falando em português, com apenas uma parte da platéia dos partidos verdes utilizando aparelhos de tradução simultânea, a ex-ministra do meio ambiente brasileira, empolgou a platéia e foi bastante ovacionada.

Veja abaixo algumas das suas principais declarações durante a sua apresentação e na rápida entrevista concedida ainda no interior do Klimaforum.

Metas brasileiras

“A proposta brasileira foi estabelecida a partir da grande pressão da sociedade. Nós trabalhamos muito para que o Brasil não deixasse de ter metas. Temos que adotar compromissos efetivos de redução e isso não de forma genérica ou voluntária”.

Código florestal

“Não podemos permitir que o Código Florestal Brasileiro seja alterado, seja mudado, da maneira como estão tentando fazer no Congresso Nacional. Esse seria um retrocesso inaceitável”.

Modelo de desenvolvimento

“É necessário abandonar esse modelo predatório. Não se pode pensar em crescimento com melhorias na educação, na saúde, no emprego, apenas baseado no uso dos combustíveis fósseis. É preciso pensar e trabalhar por um outro modelo de desenvolvimento”.

Compromisso dos líderes em copenhague

“Os líderes não podem pensar nos interesses políticos e econômicos atuais, sem se comprometer com o futuro. Eles precisam ter a visão de que a humanidade precisa mudar o modo de caminhar, assumindo os desafios do século XXI e sendo capazes de adotar um compromisso de um outro mundo possível”.

Delegação brasileira

“Faço parte da delegação brasileira e estão previstos diversos encontros. Espero poder dar minha contribuição nas negociações que levem a um efetivo compromisso do país com metas de redução”.       

Ânimo em Copenhague

“Mais do que otimista eu me considero persistente. Foi assim, com pressões e ações que a posição brasileira mudou para metas definidas e poderá melhorar ainda mais”.

Negociações: inversão de prioridades

“Os países estão tratando de interesses, de limitações de cada um quando a discussão deve partir das limitações enfrentadas pelo planeta. Isso é o que deve ser levado em conta aqui em Copenhague.”

REDD

“É preciso salvaguardar, respeitar os direitos das populações tradicionais, pois ali residem as suas visões e forma de viver. As negociações em torno do REDD devem levar em conta essas comunidades. Precisamos sair dessa convenção com uma estrutura de apoio aos povos tradicionais, que preveja a redução das emissões e ao mesmo tempo a proteção das florestas.

O pagamento por meio dos serviços ambientais é uma boa ideia, mas é preciso cuidado para que invasores de terras públicas não sejam favorecidos com esses benefícios.
Também é preciso que o REDD não seja apenas um mecanismo financeiro, deve-se evitar que uma proposta meramente econômica leve à guerra fiscal entre os estados.

Quanto aos recursos, eles podem ser voluntários ou de mercado. Um sistema misto com doações para REDD como o que é feito com doações do governo da Noruega representa um bom caminho a ser pensado”.

Material produzido e editado pela Envolverde/Mercado Ético/Carbono Brasil/Rebia/Campanha Tic-Tac/EcoAgência, e distribuído para reprodução livre com o apoio da Fundação Amazonas Sustentável.

 
FONTE: Agência Envolverde,15/12

Um comentário:

  1. Isto é verdade.....
    O ciclo solar 24, cujo início estava previsto para março de 2008 pelo NOAA, e que teve um alarme falso em 4 de janeiro daquele ano[1] (a mancha solar detectada era remanescente do ciclo 23), parece ter começado efetivamente em 22 de setembro de 2008. Todavia, e até 30 de janeiro de 2009, com o surgimento de apenas seis novas manchas, a previsão é que o período de máximo solar só principiará realmente em meados de 2010, atingindo o ápice em 2013 (ou mesmo em 2014).
    [editar] Ciclo solar 24 e economia mundial

    Com base numa extensa simulação computacional realizada por pesquisadores do Departamento de Astrofísica Aplicada da Universidade do Havaí (campus de Honolulu), a qual cruzou dados dos ciclos solares nos últimos 50 anos e do índice Dow Jones da bolsa de valores de Nova York, o cientista anglo-paquistanês Mel Nofee Ohfoh declarou à revista científica Nature que, sem sombra de dúvida, a baixíssima atividade solar do ciclo 24 possui uma relação direta com a crise econômica de 2008.

    Segundo observou o cientista, entre 1º de outubro de 2008 e 30 de janeiro de 2009, o Sol não apresentou qualquer mancha visível, o período mais longo nas últimas cinco décadas. Em 1959, conforme recorda, após expandir suas indústrias ao ritmo de 14 a 18% ao ano a partir de 1952, a China comunista registrou um declínio acentuado em sua produção agrícola, o que acabou gerando estagnação econômica e praticamente atirou o país numa depressão econômica no início da década de 1960.[2]

    Os dados levantados pela equipe de Nofee Ohfoh parecem ter sido corroborados de forma independente pelos pesquisadores argentinos Salomón e Zulema Cana da Universidade de Buenos Aires (UBA), que chegaram à mesma conclusão destacando a crise econômica uruguaia iniciada em 1959 a qual devastou o país vizinho, conduzindo à uma alta inflacionária recorde de 35% em 1962.[3]

    Nofee Ohfoh foi convidado por Oprah Winfrey para discutir as implicações de sua descoberta no The Oprah Winfrey Show. Segundo algumas fontes ligadas à Casa Branca, o presidente Barack Obama também teria demonstrado interesse em conversar pessoalmente com o cientista. Ohfoh não desmente nem confirma qualquer das duas informações.

    No Brasil, comenta-se que o presidente Lula iria convidar o casal Cana para uma rodada de palestras sobre a influência do mínimo solar no agronegócio.

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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