terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A falsa consciência ecológica













Na onda atual de ser verde, acompanhamos um verdadeiro “tsunami” de produtos ditos ecológicos, empresas se dizendo protetoras do meio ambiente, todos querendo que os consumidores acreditem que praticam ações na direção de um mundo melhor.

As empresas comprometidas de fato com a sustentabilidade não irão nadar nessa praia, mas para o tsunami não destruir tudo, é importante alertar para algumas estratégias que estão ocorrendo de maquiagem verde que acabam distorcendo a realidade. Uma verdadeira deseducação de nossa população está acontecendo graças à falsa consciência ecológica que vem sendo massivamente divulgada e promovida.

O essencial é invisível aos olhos, quem não se lembra da frase do “Pequeno Príncipe”. A farsa na propaganda, muitas vezes enganosa, vem da promoção de atributos complementares e da omissão de aspectos essenciais que não estariam permitindo um julgamento completo por parte do consumidor. Assim, cabe perguntar como pode um briquete ser propalado como ecológico se pode vir de uma área de desmatamento florestal?

Só porque é feito a partir de sobras lhe dá o direito de se apropriar do termo ecológico? E o agressivo desinfetante que tem sua embalagem feita de material reciclado pode ser estimulado seu consumo via “consciência ecológica”? E a água sanitária, só porque tem embalagem de PET reciclado pode ser promovida via ecologia?Claro que não, mas as coisas estão acontecendo desta forma: deseducação socioambiental.

Divulgar apenas as características complementares, se o essencial for inexistente ou até mesmo negativo, é estimular a falsidade ecológica. E as confusões estão justamente aí, para parecer verde, vale tudo, até lâmpada que economiza energia feita com alto teor de mercúrio e sem instruções para o caso de avaria no seu manuseio.

Do outro lado da gôndola está o cliente preocupado com o meio ambiente e que prefere produtos e serviços com responsabilidade socioambiental, segundo pesquisas. Mas, como todos sabem e vivenciam, não existe tempo hábil para que o próprio consumidor confira e questione cada produto que se diz ecológico. Essa é outra tendência apontada por pesquisas, o consumidor gostaria que o varejo atuasse como um filtro de compromisso com a verdade e a responsabilidade socioambiental.

Mas, assumir este papel de validador requer ética e consciência de que é preciso educar e não reafirmar confusões alheias, involuntárias ou não. Sem ética não é possível ser sustentável.

O consumidor precisa receber a informação correta, ser educado para a nova sociedade sustentável que se desenvolve. A onda verde não é passageira, ela traz muitas mudanças, comportamentos, costumes e novas posturas. As empresas que apostarem apenas em parecer verde irão morrer na praia, provavelmente poluída por elas mesmas( 05 de outubro de 2009, Newton Figueiredo*)

*Newton Figueiredo é Fundador e Presidente do Grupo SustentaX. O Grupo SustentaX desenvolve e implementa estratégias corporativas sustentáveis incluindo a sustentabilidade de produtos e serviços.

 A dica desse texto é de Janaina  Silva -  Ass de comuicação do Grupo Sustentax

 Sustentax  desenvolve, de forma integrada, o conceito de sustentabilidade ajudando as corporações a terem seus negócios mais competitivos e sustentáveis, identificando para os consumidores produtos e serviços sustentáveis e desenvolvendo projetos de sustentabilidade para empreendimentos imobiliários. 



Valeu pela dica Janaina,
abs,

ÉRICA SENA

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Abs,
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