
A vantagem do uso de bioindicadores sobre os métodos convencionais de avaliação da qualidade ambiental está em seu baixo custo, podendo, inclusive, serem utilizados para a avaliação cumulativa de eventos ocorridos num determinado período de tempo, resgatando um histórico ambiental não passível de detecção ou medição por outros métodos.
A literatura internacional sobre o assunto é extremamente extensa, muito embora sua grande maioria seja referente a espécies vegetais e a locais específicos de clima temperado, não podendo ser diretamente aplicada para local de clima tropical, onde as plantas apresentam características diferentes e específicas, resultando em um comportamento ecofisiológico distinto.
Recomenda-se a utilização de bioindicadores específicos para cada poluente atmosférico, de forma a permitir sua identificação através dos sintomas característicos apresentados pelos vegetais. Encontram-se extensivamente na literatura bioindicadores vegetais da poluição atmosférica por fluoretos gasosos e ozônio troposférico.
A variedade de substâncias químicas tóxicas oriundas de diferentes atividades humanas (industriais, urbanas e agrícolas) que pode provocar danos ambientais é muito grande. Uma das ferramentas utilizadas para complementar a avaliação físico-química de efluentes é o ensaio com espécies vegetais. De maneira análoga aos métodos de avaliação da qualidade de efluentes para disposição em água superficial, utiliza-se esta ferramenta para avaliar a toxicidade de efluentes para a disposição no solo.
Apesar das limitações em se extrapolar os resultados dos ensaios de toxicidade para escala ambiental, os estudos com organismos em laboratório, em condições controladas e padronizadas para a avaliação das respostas desses ensaios, têm sido a fonte de informações predominantes para a avaliação ecológica dos efeitos dos contaminantes tóxicos.
A utilização do ensaio de germinação e alongamento de raízes, tem por objetivo avaliar a fitotoxicidade de uma substância química ou misturas químicas dispostas no solo.
Fonte: CETESB