terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O uso de bioindicadores vegetais no controle da poluição atmosférica

Bioindicadores, de uma maneira geral, são seres vivos de natureza diversa, vegetais ou animais, utilizados para avaliação da qualidade ambiental. Podem ser utilizados de uma forma passiva, quando se proceda uma avaliação dos seres que habitam a área de estudo, ou de uma forma ativa, expondo-se no ambiente espécies previamente preparadas. Tal exposição possibilitará, a partir de sua resposta, a avaliação da qualidade ambiental local.

A vantagem do uso de bioindicadores sobre os métodos convencionais de avaliação da qualidade ambiental está em seu baixo custo, podendo, inclusive, serem utilizados para a avaliação cumulativa de eventos ocorridos num determinado período de tempo, resgatando um histórico ambiental não passível de detecção ou medição por outros métodos.

A literatura internacional sobre o assunto é extremamente extensa, muito embora sua grande maioria seja referente a espécies vegetais e a locais específicos de clima temperado, não podendo ser diretamente aplicada para local de clima tropical, onde as plantas apresentam características diferentes e específicas, resultando em um comportamento ecofisiológico distinto.

Recomenda-se a utilização de bioindicadores específicos para cada poluente atmosférico, de forma a permitir sua identificação através dos sintomas característicos apresentados pelos vegetais. Encontram-se extensivamente na literatura bioindicadores vegetais da poluição atmosférica por fluoretos gasosos e ozônio troposférico.

A variedade de substâncias químicas tóxicas oriundas de diferentes atividades humanas (industriais, urbanas e agrícolas) que pode provocar danos ambientais é muito grande. Uma das ferramentas utilizadas para complementar a avaliação físico-química de efluentes é o ensaio com espécies vegetais. De maneira análoga aos métodos de avaliação da qualidade de efluentes para disposição em água superficial, utiliza-se esta ferramenta para avaliar a toxicidade de efluentes para a disposição no solo.

Apesar das limitações em se extrapolar os resultados dos ensaios de toxicidade para escala ambiental, os estudos com organismos em laboratório, em condições controladas e padronizadas para a avaliação das respostas desses ensaios, têm sido a fonte de informações predominantes para a avaliação ecológica dos efeitos dos contaminantes tóxicos.

A utilização do ensaio de germinação e alongamento de raízes, tem por objetivo avaliar a fitotoxicidade de uma substância química ou misturas químicas dispostas no solo.

Fonte: CETESB

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Abs,
Érica Sena
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