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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Corte nas emissões de CO2 não evitará clima extremo

Nem mesmo o melhor cenário possível para as próximas reuniões climáticas, com os países concordando com um ambicioso acordo global com força de lei para reduzir as emissões, seria capaz de evitar que os fenômenos climáticos extremos sejam cada vez mais freqüentes nas próximas décadas. Esta é a conclusão de um modelo computacional gerado por um grupo de cientistas do Met Office, o serviço meteorológico britânico.
Em um artigo que será publicado no periódico Geophysical Research Letters, os pesquisadores afirmam que se as emissões voltassem para os níveis anteriores à revolução industrial ainda assim viveríamos um século de fenômenos climáticos extremos. Isso porque o ciclo da água do planeta já foi alterado pelo aquecimento global e não voltará ao que consideramos “normal” de uma hora para outra.
“A inércia resultante do calor acumulado principalmente nos oceanos implicará em mudanças climáticas mesmo depois de estabilizadas as emissões. Esses efeitos devem ser levados em conta nas políticas de mitigação e nas opções para adaptação a enchentes, suprimento de água, produção de alimentos e saúde humana”, explicou Peili Wu, líder do estudo.
O Met Office utilizou um modelo computacional para analisar como o ciclo da água reagiria diante de mudanças na quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Uma das primeiras descobertas foi que uma vez atingido os níveis altos de CO2 como os de hoje em dia, mesmo uma redução drástica não conseguiria evitar os piores impactos para o clima.
O atual nível do CO2 está um pouco acima de 390 partes por milhão (ppm) e a maior parte das políticas climáticas procura impedir que esse nível passe de 450ppm a 550ppm. Os pesquisadores chegaram a trabalhar com uma redução improvável para os níveis pré-industriais de 280ppm nos próximos anos e nem isso evitou as secas e enchentes previstas no modelo.
O estudou mostrou que apesar da temperatura acompanhar a queda do CO2, os distúrbios climáticos prosseguem intensos por várias décadas. Isto porque os oceanos dissipam o calor de forma muito lenta e o ciclo da água continuaria sob efeito do aquecimento global muito depois da redução das emissões de gases do efeito estufa.
As mudanças climáticas previstas não são ainda totalmente confiáveis, mas os pesquisadores calculam que o Brasil, assim como maior parte da América do Sul, sofrerá com severas secas ao mesmo tempo em que será alvo de tempestades tropicais intensas.
“O importante é perceber que mesmo reduzindo as emissões ainda será necessária a adoção de políticas para minimizar os impactos do clima nos ecossistemas”, alertou Vicky Pope, chefe de mudanças climáticas do Met Office.(Carbono Brasil)

Assista o vídeo abaixo:



Fonte: Mercado Ético, 18/06

2 comentários:

  1. QUERIDA, sabe rezar, por seus sobrinhos.
    Seria inteligente, reduzir a população a 1/5 da atual. Mas como vimos nas COP, parece improvável qualquer acordo.
    Reciclagem, plantar árvores, e outros uso de energia, não vai mudar a rota da natureza.
    Boa sorte.

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  2. Já se vêem por este Planeta fora os efeitos da acumulação dos GEE na atmosfera... mas só são notícia nos meios de comunicação aqueles catastróficos e mesmo estes apenas se forem em países "desenvolvidos"... já escrevi que a segunda metade da minha existência, se durar outra metade, claro!, vai ser mesmo mitra, para não escrever nada pior!!!

    ResponderExcluir

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Érica Sena
Pensar Eco

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