Está precisando de duas toneladas de jeans velhos ou de um caminhão
de alimentos orgânicos apodrecidos? Você pode conseguir estes materiais
por um preço baratinho por intermédio do Recyclematch, um
website norte-americano que procura clientes interessados em resíduos
industriais e comerciais que não são absorvidos pelos projetos de
reciclagem convencionais.
A empresa vendedora se livra de um mico e ganha algum dinheiro com o
resíduo, enquanto o comprador adquire materiais a um custo inferior ao
da matéria-prima virgem e, em alguns casos, de melhor qualidade. O
website, por sua vez, cobra uma taxa por transação concluída. A
iniciativa foi considerada uma das “100 idéias brilhantes”, lista anual
publicada pela revista Entrepreneur Magazine.
A idéia não é exatamente inédita. Nos Estados Unidos, alguns governos
estaduais, como o da California, mantêm serviços semelhantes e
gratuitos. E, no Brasil, bolsas de resíduos existem pelo menos desde os
anos 90, criadas por uma dezena de federações estaduais de indústrias.
Por meio delas, indústrias, estabelecimentos comerciais e até
cooperativas de catadores vendem seus resíduos recicláveis e não
perigosos, evitando que eles acabem num aterro industrial ou lugar pior.
É um mercado que gera algumas centenas de milhares de reais por ano.
Você pode contatá-las por meio da Confederacão
Nacional da Indústria ou das federações de indústrias dos
seguintes estados: Bahia, Ceará, Minas
Gerais, Paraná, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
No entanto, o Recyclematch tem algumas peculiaridades – ele mantém o
nome das empresas fornecedoras em sigilo, atua internacionalmente
(embora o grosso de sua atuação seja mesmo nos Estados Unidos) e
alcançou uma visibilidade que as bolsas de resíduos tradicionais
geralmente não conseguem. Dentre suas histórias de sucesso, está a
intermediação da venda de 82 toneladas de vidros planos de janelas que
foram extraídas de um arranha-céus que foi reformado para melhorar o seu
isolamento térmico. O material foi adquirido por uma fabricante de
bancadas para cozinhas. Num outro caso, outdoors publicitários feitos de
vinil foram comprados por um fabricante de bolsas artesanais, que
incorporou o colorido dos anúncios à sua estampa.
Alguém aí se interessa em criar algo semelhante no Brasil?
Fonte: Revista Página 22
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Érica Sena
Pensar Eco