Carta enviada pela primeira-dama do Estado, Deuzeni Goldman,
presidente do Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural
do Estado de São Paulo (FUSSESP), em que ela explica as obras que estão
sendo feitas no local e dá detalhes dos planos de revitalização deste
espaço público.
Com as informações agora fornecidas oficialmente, creio que o blog
cumpre sua função de abrir espaço para debater temas de interesse
público e esclarecer eventuais dúvidas sobre o que está acontecendo no
parque.
Abaixo, publico a íntegra da carta de Deuzeni Goldman:
“Desde que assumi a presidência do Fundo de Solidariedade e
Desenvolvimento Social e Cultural do Estado de São Paulo (Fussesp), no
dia 07 de abril, tomei como meta manter em funcionamento todos os
programas sociais já existentes e revitalizar o Parque da Água Branca,
espaço que considero privilegiado na cidade de São Paulo.
Eu mesma já freqüentei muito esse local, com meus filhos, na época em
que morava no bairro e acho que o ambiente rural, aconchegante e
encantado do parque deve ser mantido. O projeto de Revitalização do
Parque da Água Branca inclui a recuperação de espaços físicos que se
encontram degradados, a implantação de uma programação cultural gratuita
para a população, a renovação do paisagismo, a iluminação do parque e a
construção de novas galerias pluviais e ralos.
Vejo que muitos freqüentadores do parque estão questionando as obras realizadas e por isso gostaria de explicá-las.
A Praça de Alimentação que está pronta, aguardando apenas o processo
licitatório, abrigará quiosques de sorvete artesanal, milho e derivados,
sanduiches naturais e uma lanchonete. Isso quer dizer que o local não
será uma praça de alimentação como as existentes em shoppings centers.
Os carrinhos de pipoca e de sorvete que circulam pelo parque continuarão
a circular normalmente para atender a população.
A iluminação do Parque, que vai possibilitar que ele funcione até as
22 horas, vai atender uma população carente de espaços verdes e seguros
para a prática de exercícios após o horário de trabalho.
A retirada de árvores do parque não está sendo realizada de maneira
aleatória. Houve um estudo do Instituto Florestal, Depav e Condephaat
que constatou que muitas árvores já tinham cumprido seu ciclo de vida e
ofereciam riscos aos freqüentadores do parque, já que poderiam cair a
qualquer momento. Além disso, uma limpeza está sendo feita em todo o
parque, a fim de se retirar o mato que cresceu sem controle e as pragas
que surgiram no arvoredo. Com isso as árvores vão crescer saudáveis e
terão as raízes fortes e seguras.
As galinhas, galos e pavões que andam pelo parque não serão removidos
daqui, eles realmente criam uma atmosfera única no local. Contudo, eles
estavam se reproduzindo sem nenhum controle e, com isso, muitos
pintinhos acabavam morrendo atropelados dentro do próprio parque e
muitas aves, que fogem pelos portões, acabam sendo mortas nas ruas fora
do parque.
Além disso, nossa idéia é revitalizar espaços bem conhecidos do
parque, sem modificar suas estruturas e características, e criar novos
ambientes para o público. Queremos revitalizar o Pergolado, recuperar e
ampliar o Aquário (que terá espaço para peixes marinhos, peixes de rio e
peixes ornamentais), criar a Praça do Orquidário (no local da antiga
mini fazenda, que está inutilizada já que os animais foram proibidos no
parque, pelo Ibama), criar a Praça do Café e uma Biblioteca.
Gostaria de ressaltar que algumas revitalizações já foram feitas. O
Tattersal agora é o “Espaço Cultural Tattersal”. O local, que estava em
desuso, agora recebe apresentações culturais, como dança e teatro,
palestras educativas e serve como cinema para os freqüentadores.
Inclusive durante o mês de férias as crianças e adultos puderam contar
com exibições de filmes, de quarta a domingo.
Os quiosques próximos ao aquário, que abrigavam pássaros e macacos,
também estavam ociosos e foram revitalizados. O local agora é a “Praça
da Leitura”; são oito quiosques, coloridos internamente, com um acervo
de livros de literatura, poesia, livros infantis, revistas e jornais.
Monitores ficam no local de terça a domingo (dias de funcionamento) para
auxiliar a população.
O Parque da Água Branca é um local democrático e pedagógico, além de
ser uma jóia verde no meio do concreto da nossa cidade. Sei o quão
importante ele é para muita gente e a minha intenção é melhorá-lo e
torná-lo ainda mais agradável. Convido a todos para conhecer os novos
locais e aproveitarem as programações culturais”.
Deuzeni Goldman
Fonte: Blog Balaio do Kotscho
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