sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pq Municipal Roberto Burle Marx- S. José dos Cpos







Ontem fui ao Curso sobre Gerenciamento de água subterrânia na CETESB  de SÃO JOSE DOS CAMPOS,SP.

  A CETESB E A SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE  estão situadas dentro do terreno da fazenda da Tecelagem Paraíba, atualmente área da prefeitura. Essa área de extrema beleza possui além das construções históricas o maravilhoso Parque da Cidade.

 Quer saber da história do local??? Leia esse post e se puder o visite!!!
Por mim ficaria o dia todo lá tirando fotos, mas fui para o curso...sniffff!

 O local da antiga Fazenda da Tecelagem Paraíba



Desde 1996, parte da antiga Fazenda da Tecelagem Paraíba foi transformada em Parque da Cidade, e desde então, tornou-se mais um espaço de lazer para São José dos Campos. Com um total de área de 516.000 m², o Parque possui vários atrativos como lago, ilha artificial e uma ampla área verde ideal para trilhas para caminhadas e por onde circulam animais típicos da região, como as capivaras e garças, que com certeza fazem o visitante sentir-se em um verdadeiro espaço natural.

Dentro do Parque, se encontra também, a antiga residência da família Olivo Gomes que conta com projeto arquitetônico do escritório de Rino Levi e tratamento paisagístico de Roberto Burle Marx, e que pode ser vista e apreciada por todos os que lá visitam.


               Porque o Parque se tornou Patrimônio histórico?


 
Companhia de Fiação e Tecelagem Paraíba
A primeira referência à instalação de uma fábrica de tecidos no Município encontra-se no semanário "Correio Joseense", de 30 de abril de 1925, referindo-se ao início das obras de edificação da Companhia Fiação e Tecelagem Parahyba, fundada por capitalistas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em junho de 1925, a Fiação e Tecelagem Paraíba arrematou em leilão público as terras dos herdeiros de Benedito Dias Pereira, próxima da então recém-construída nova Estação Ferroviária de São José dos Campos, para a instalação da fábrica. O funcionamento iniciou-se no ano seguinte, especializando-se na manufatura de brins e cobertores.
Em 1934, a Tecelagem ocupava uma área total de 150.000 m2, com 850 operários, produzindo em média 60.000 cobertores e 350.000 metros de brim por mês. Nesta época, a empresa já possuía uma cooperativa para venda de gêneros de uso corrente e alimentos para os seus funcionários. Sob o patrocínio da Tecelagem, os operários mantinham uma Caixa Beneficente para assistência médica. Possuía ainda banda musical, clube de futebol e um clube recreativo.
No ano de 1938, a Tecelagem possuía em seu quadro 1200 funcionários, correspondendo a 8% dos 14.474 habitantes da Zona Urbana do Município, com uma produção mensal de 170.000 cobertores e 180.000 metros de brim. Nesta época, anexa à Tecelagem funcionava uma escola de alfabetização, em dois períodos diários.
Nos anos 50, a empresa registrou grande expansão destacando-se a construção de galpões para a fábrica, o complexo da Usina de Leite e a ala residencial da família projetados por Rino Lévi e Carlos Millán, acompanhados de painéis e paisagismo de Roberto Burle Marx.




Painel de Roberto Burle Marx
Existiram ainda outros projetos de Rino Lévi que não foram executados ou as construções foram posteriormente demolidas: Conjunto Residencial Para Operários (1952), Conjunto Residencial (1955) e Sede do Clube dos Operários (1957).
Nas décadas de 50 e 60, a indústria controlava cerca de 70% do mercado nacional de cobertores de mantas. No mesmo período, a Fazenda da Tecelagem atinge destaque em produtividade, despertando a atenção da Fundação Rockfeller, motivo pelo qual passou a sediar vários eventos internacionais.




Painel de Roberto Burle Marx
Na década de 70, a empresa passou a exportar seus produtos para diversos países, tais como Canadá e Estados Unidos. A produção diversificou-se ainda mais, com a produção de colchas agulhadas e novos equipamentos foram incorporados à fábrica. Entretanto, com os novos rumos da economia do país, a falta de modernização dos processos produtivos e as dificuldades financeiras enfrentadas fizeram com que a Tecelagem entrasse em falência, em outubro de 1993.



Painel de Roberto Burle Marx




Painel de Roberto Burle Marx
Atualmente, a empresa está gradativamente desocupando o local. Após um acordo entre o Município e o governo do Estado, a Fundação Cultural Cassiano Ricardo ocupou 5.300 m2, além do governo estadual ter transferido para a área o Escritório Regional de Articulação e Planejamento (Erplan) e a Delegacia Regional de Cultura do Vale do Paraíba.
A área referente à antiga cooperativa de laticínios está penhorada ao Banco do Estado de São Paulo (Banespa). Outras áreas foram entregues ao Banco Econômico, Banco do Brasil ou permanecem em poder da família.
Na área desapropriada, a Prefeitura está instalou o Parque da Cidade, que objetiva restaurar e preservar o patrimônio arquitetônico, ambiental e paisagístico, abrindo a área à utilização da população. Neste sentido, o Executivo Municipal já encaminhou solicitação ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) para que estas instituições iniciem o processo de tombamento das obras e bens de valor cultural presentes no local.



Residência Olivo Gomes.
(Atual Parque da Cidade)
* As fotos dos Painéis de Roberto Burle Marx foram tiradas por Maurício Lubaki Pupo

Av. Olivo Gomes,s /n
São José dos Campos, SP
                                            Minhas fotos tiradas ontem




                                                      Meu amigo Fernando Beltrame- ECCAPLAN

  Muito legal o Curso da CETESB, mas o lugar onde foi feito merece destaque!
  Visitem se possível!
                 Érica Sena
     

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