Acaba de sair do forno, ainda
quentinha, uma nova lista das 100 empresas mais sustentáveis do mundo, realizada
pela Corporate Knigths, revista de sustentabilidade baseada em Toronto, no
Canadá. Em sua sétima edição, este ranking – que já se tornou um dos mais
aguardados – inclui mais uma vez três empresas brasileiras: a Natura (na posição
66), a Petrobras (88) e o Bradesco (91).
Como de praxe, listas deste tipo representam polêmica certa. Quem está nele comemora como quem recebe um Oscar, festeja com os funcionários e alardeia a conquista aos quatro ventos. Quem fica de fora diminui a importância do fato, questiona os critérios e, muitas vezes, até a idoneidade do realizador.
Goste-se ou não, o ranking Top 100 da Corporate Kignigths cumpre bem o único papel que consigo enxergar em listas e prêmios em geral: o de emulação. Não de egos, mas de práticas. Um ranking de empresas, seja para o que for, só é útil à humanidade se, de fato, as induz a melhorarem suas práticas, a ampliarem horizontes e patamares de aspiração. Do contrário, resume-se a ação promocional estratégica para engordar os cofres dos promotores. Na visão do editor da Corporate Knigths, Tony Heaps, o listão de sua revista quer sobretudo “mostrar que a sustentabilidade faz bem para o negócio”. Acho que consegue.
Para chegar ao TOP 100, a CK contratou uma empresa de pesquisa a quem coube, com base em análise de desempenho financeiro e outros critérios, reduzir o universo de 3 mil para 300 companhias. Em seguida, duas outras empresas foram chamadas a apoiar a seleção da revista, utilizando um conjunto de 10 indicadores ambientais (entre os quais uso de energia e destinação de resíduos), sociais e de governança. O critério “transparência” passou a constar do roteiro a partir desta última edição do ranking – empresas que não responderam a todos os dez indicadores ficaram com pontuação nula ou baixa nesse quesito.
Surpresas não faltaram. A atual número 1 é uma companhia de petróleo da Noruega, a StatOil ASA. Seguem-na a Johnson& Johnson (USA), a Novozymes (Dinamarca) e a Nokia (Finlândia.) A General Eletric, campeã do ano passado, caiu para a posição de número 11, sendo superada por empresas como a belga de tecnologia Umicore, a Intel, a AstraZeneca, e os bancos Credit Agricole (França) e Danske Bank (Dinamarca) e a empresa de serviços financeiros StoreBrand (Noruega).
Primeira conclusão: na provinha dos “11” da Corporate Knigths, os países nórdicos estão entre os primeiros da classe. A queda da GE, segundo os promotores da pesquisa, deve-se menos a seus pontos fracos do que ao aumento dos pontos fortes das demais companhias listadas. Mas não há dúvida de que a redução em pesquisa e desenvolvimento de produtos verdes pesou contra.
As brasileiras foram bem. Vale lembrar que as três representantes nacionais já figuravam na lista de 2010. Houve, no entanto, uma mudança importante na ordem. A Natura subiu espantosas 33 posições. A Petrobras saltou 12. E o Bradesco andou três casas. Sinal desses tempos em que o Brasil começa a ser protagonista e não coadjuvante. Ricardo Voltolini
Como de praxe, listas deste tipo representam polêmica certa. Quem está nele comemora como quem recebe um Oscar, festeja com os funcionários e alardeia a conquista aos quatro ventos. Quem fica de fora diminui a importância do fato, questiona os critérios e, muitas vezes, até a idoneidade do realizador.
Goste-se ou não, o ranking Top 100 da Corporate Kignigths cumpre bem o único papel que consigo enxergar em listas e prêmios em geral: o de emulação. Não de egos, mas de práticas. Um ranking de empresas, seja para o que for, só é útil à humanidade se, de fato, as induz a melhorarem suas práticas, a ampliarem horizontes e patamares de aspiração. Do contrário, resume-se a ação promocional estratégica para engordar os cofres dos promotores. Na visão do editor da Corporate Knigths, Tony Heaps, o listão de sua revista quer sobretudo “mostrar que a sustentabilidade faz bem para o negócio”. Acho que consegue.
Para chegar ao TOP 100, a CK contratou uma empresa de pesquisa a quem coube, com base em análise de desempenho financeiro e outros critérios, reduzir o universo de 3 mil para 300 companhias. Em seguida, duas outras empresas foram chamadas a apoiar a seleção da revista, utilizando um conjunto de 10 indicadores ambientais (entre os quais uso de energia e destinação de resíduos), sociais e de governança. O critério “transparência” passou a constar do roteiro a partir desta última edição do ranking – empresas que não responderam a todos os dez indicadores ficaram com pontuação nula ou baixa nesse quesito.
Surpresas não faltaram. A atual número 1 é uma companhia de petróleo da Noruega, a StatOil ASA. Seguem-na a Johnson& Johnson (USA), a Novozymes (Dinamarca) e a Nokia (Finlândia.) A General Eletric, campeã do ano passado, caiu para a posição de número 11, sendo superada por empresas como a belga de tecnologia Umicore, a Intel, a AstraZeneca, e os bancos Credit Agricole (França) e Danske Bank (Dinamarca) e a empresa de serviços financeiros StoreBrand (Noruega).
Primeira conclusão: na provinha dos “11” da Corporate Knigths, os países nórdicos estão entre os primeiros da classe. A queda da GE, segundo os promotores da pesquisa, deve-se menos a seus pontos fracos do que ao aumento dos pontos fortes das demais companhias listadas. Mas não há dúvida de que a redução em pesquisa e desenvolvimento de produtos verdes pesou contra.
As brasileiras foram bem. Vale lembrar que as três representantes nacionais já figuravam na lista de 2010. Houve, no entanto, uma mudança importante na ordem. A Natura subiu espantosas 33 posições. A Petrobras saltou 12. E o Bradesco andou três casas. Sinal desses tempos em que o Brasil começa a ser protagonista e não coadjuvante. Ricardo Voltolini
http://portaldomeioambiente.org.br/component/content/article/1219-sustentabilidade/6855-mais-uma-vez-tres-empresas-brasileiras-na-lista-das-top-100-em-sustentabilidade.html
Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Sustentável e diretor da consultoria Ideia Sustentável.
Twitter: @ricvoltolini
Topblog: http://www.topblog.com.br/sustentabilidade
Publicado em 31 de janeiro de 2011
Fonte: http://www.ideiasustentavel.com.br/2011/01/tres-empresas-brasileiras-estao-entre-as-top-100-em-sustentabilidade/
Ricardo Voltolini é publisher da revista Ideia Sustentável e diretor da consultoria Ideia Sustentável.
Twitter: @ricvoltolini
Topblog: http://www.topblog.com.br/sustentabilidade
Publicado em 31 de janeiro de 2011
Fonte: http://www.ideiasustentavel.com.br/2011/01/tres-empresas-brasileiras-estao-entre-as-top-100-em-sustentabilidade/
Como já comentei noutro blogue sobre este assunto e ando com a preguiça de Capricórnio em alta vou fazer copiar/colar!!
ResponderExcluir1º comentário
"Ver uma empresa tipo Petrobras numa lista de "Empresas Mais Sustentáveis" provoca-me imediatamente uma enorme dor de abdominais de tanto rir...
Enquanto continuarmos com este tipo de pensamento realmente não podemos esperar nada de muito bom do futuro.
Não há engano no título da lista? "
2º Comentário
"Ahhhh.... FORBES... nem precisas de escrever mais nada...!
Bjks
Oi, te entendo...
ResponderExcluirNesse mundo empresarial tem disso...para compensar os estragos feitos a natureza, e ter uma maior apelo ambiental em seu produtos apresentam esse álibe: serem sustentáveis.
Te garanto que a maioria possui uma equipe maravilhosa na área de sustentabilidade e fazem mesmo um bom projeto, outros só aparentemente.
Cabe a nós escolhermos de quem sermos clientes.
Como ambientalista, não concordo com muitas coisas e me revolto como vc....Tdas suas revoltas são pertinentes, mas como blogueria séria e com responsabilidade de informar meus leitores tenho que divulgar as coisas que acontecem nesse meio.
Mas, do fundo do coração, acho que tem muitas pessoas sérias e cheias de boas intenções.
abs
Érica