Acabei de ler uma reportagem no Estadão.com que me animou. Veja!
Conar restringe propaganda enganosa de empresa ''verde''
Órgão que autorregula publicidade quer coibir banalização do tema sustentabilidade nas campanhas
A partir de 1.º de agosto, a publicidade veiculada no
Brasil não deverá mais enaltecer os atributos "verdes" de um produto ou
serviço se as empresas não puderem comprovar essas qualidades. O
Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) definiu
ontem um conjunto de normas para regulamentar a publicidade que contenha
apelos de sustentabilidade.
O objetivo é coibir a banalização da propaganda sobre o tema e evitar
que o consumidor fique confuso em relação ao que é um produto verde ou
sustentável.
"Um anúncio que cite a sustentabilidade deve conter apenas
informações ambientais passíveis de verificação e comprovação", diz a
norma.
Segundo Gilberto Leifert, presidente do Conar, não se trata de um
boicote a esse tipo de publicidade.
"Não estamos buscando punir essas empresas, mas sim elevar o nível da
publicidade sobre sustentabilidade", diz. Leifert ressalta que países
como Canadá, França e Inglaterra já limitam a publicidade ambiental, com
o objetivo de reduzir o chamado greenwashing - termo que define a
propaganda enganosa de atributos verdes de produtos ou serviços.
De acordo com as novas recomendações, as empresas também devem seguir
critérios ao anunciar benefícios sociais e ambientais de determinados
produtos.
"Não serão considerados pertinentes apelos que divulguem como
benefício socioambiental o mero cumprimento de disposições legais",
segundo os critérios.
Segundo Leifert, as empresas que descumprirem as normas ficam
sujeitas a punições que variam de advertência à suspensão da campanha
publicitária e divulgação pública do descumprimento da regulamentação.
Caso emblemático.
A discussão sobre a regulamentação da publicidade
verde tomou força após a suspensão, em abril de 2008, de duas campanhas
publicitárias da Petrobrás. O Conar suspendeu as campanhas, que ligavam o
nome da empresa a ações de responsabilidade ambiental, após pedido de
análise de um grupo de instituições governamentais e ONGs.
As instituições acusavam a estatal de anunciar um comprometimento com
o ambiente que não seria verdadeiro, pois na ocasião a empresa resistia
em reduzir o teor de enxofre no diesel, fator de agravamento da
poluição nos centros urbanos.
Após a suspensão das peças publicitárias, a empresa aceitar firmar um
acordo com o Ministério Público Federal para reduzir o poluente no
combustível.
Na avaliação de Mariana Ferraz, advogada do Instituto
Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a medida é bem-vinda, pois
traz clareza a empresas e consumidores.
"Hoje vemos uma enxurrada de
greenwashing na publicidade. As empresas se vendem como verdes, dizem
que plantam árvores, mas ninguém fiscaliza essas ações", afirma.
"Agora os consumidores poderão utilizar o Conar para denunciar empresas que estejam mentindo nesse campo", completa a advogada.
Segundo Mariana, recente pesquisa sobre bancos realizada pelo Idec
com consumidores mostrou que é grande o ceticismo em relação às boas
práticas sociais e ambientais das instituições financeiras. "Nesse caso
específico, o consumidor vê a publicidade verde como um oportunismo.".
De acordo com a advogada, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) já prevê punições a empresas que veiculam propaganda abusiva.(
Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo)
Parabéns CONAR por essa atitude! É abusivo o número de propagandas que usam da sustentabilidade para vender, sem ter ações sustentáveis.
Seriedade e transparência nas propagandas! Chega de mentiras! Espero que seja séria essa decisão.
ESTAREI DE OLHO NA PUBLICIDADE... E vc também estará, né?
Érica Sena
Boa iniciativa vamos acompanhar e ver se vai funcionar.
ResponderExcluirAbraço
É, Erica...
ResponderExcluirfico pensando em produtos como bombril e outros q se dizem eco, mas são perigosos... os mais desavisados acreditam naquilo q vêm estampado nas embalagens... a gente tem q cobrar responsabilidade dessas empresas e informações reais...