quarta-feira, 8 de junho de 2011

Greenwashing no Brasil está com dias contados!

 Acabei de ler uma reportagem no Estadão.com que me animou. Veja!

Conar restringe propaganda enganosa de empresa ''verde''

Órgão que autorregula publicidade quer coibir banalização do tema sustentabilidade nas campanhas

A partir de 1.º de agosto, a publicidade veiculada no Brasil não deverá mais enaltecer os atributos "verdes" de um produto ou serviço se as empresas não puderem comprovar essas qualidades. O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) definiu ontem um conjunto de normas para regulamentar a publicidade que contenha apelos de sustentabilidade. 

O objetivo é coibir a banalização da propaganda sobre o tema e evitar que o consumidor fique confuso em relação ao que é um produto verde ou sustentável.  

"Um anúncio que cite a sustentabilidade deve conter apenas informações ambientais passíveis de verificação e comprovação", diz a norma. 

Segundo Gilberto Leifert, presidente do Conar, não se trata de um boicote a esse tipo de publicidade. 

"Não estamos buscando punir essas empresas, mas sim elevar o nível da publicidade sobre sustentabilidade", diz. Leifert ressalta que países como Canadá, França e Inglaterra já limitam a publicidade ambiental, com o objetivo de reduzir o chamado greenwashing - termo que define a propaganda enganosa de atributos verdes de produtos ou serviços.

De acordo com as novas recomendações, as empresas também devem seguir critérios ao anunciar benefícios sociais e ambientais de determinados produtos.

"Não serão considerados pertinentes apelos que divulguem como benefício socioambiental o mero cumprimento de disposições legais", segundo os critérios.

Segundo Leifert, as empresas que descumprirem as normas ficam sujeitas a punições que variam de advertência à suspensão da campanha publicitária e divulgação pública do descumprimento da regulamentação. 

Caso emblemático.
A discussão sobre a regulamentação da publicidade verde tomou força após a suspensão, em abril de 2008, de duas campanhas publicitárias da Petrobrás. O Conar suspendeu as campanhas, que ligavam o nome da empresa a ações de responsabilidade ambiental, após pedido de análise de um grupo de instituições governamentais e ONGs.
As instituições acusavam a estatal de anunciar um comprometimento com o ambiente que não seria verdadeiro, pois na ocasião a empresa resistia em reduzir o teor de enxofre no diesel, fator de agravamento da poluição nos centros urbanos. 

Após a suspensão das peças publicitárias, a empresa aceitar firmar um acordo com o Ministério Público Federal para reduzir o poluente no combustível.

Na avaliação de Mariana Ferraz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a medida é bem-vinda, pois traz clareza a empresas e consumidores.
"Hoje vemos uma enxurrada de greenwashing na publicidade. As empresas se vendem como verdes, dizem que plantam árvores, mas ninguém fiscaliza essas ações", afirma.
"Agora os consumidores poderão utilizar o Conar para denunciar empresas que estejam mentindo nesse campo", completa a advogada.
Segundo Mariana, recente pesquisa sobre bancos realizada pelo Idec com consumidores mostrou que é grande o ceticismo em relação às boas práticas sociais e ambientais das instituições financeiras. "Nesse caso específico, o consumidor vê a publicidade verde como um oportunismo.".
De acordo com a advogada, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) já prevê punições a empresas que veiculam propaganda abusiva.( Andrea Vialli - O Estado de S.Paulo)

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110608/not_imp729318,0.php

Parabéns CONAR por essa atitude! É abusivo o número de propagandas que usam da sustentabilidade para vender, sem ter ações sustentáveis.
Seriedade e transparência nas propagandas! Chega de mentiras! Espero que seja séria essa decisão.

                  ESTAREI DE OLHO NA PUBLICIDADE... E vc também estará, né?
                                     Érica Sena

2 comentários:

  1. Boa iniciativa vamos acompanhar e ver se vai funcionar.

    Abraço

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  2. É, Erica...
    fico pensando em produtos como bombril e outros q se dizem eco, mas são perigosos... os mais desavisados acreditam naquilo q vêm estampado nas embalagens... a gente tem q cobrar responsabilidade dessas empresas e informações reais...

    ResponderExcluir

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Abs,
Érica Sena
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