É muito interessante ver que novas tendências mais sustentáveis começam a conquistar uma parte da sociedade. Um exemplo é o desenvolvimento do Consumo colaborativo aqui no Brasil.
Veja essa matéria sobre o asunto feita por Monica Campi, INFO Online (02/06)
Consumo colaborativo é o novo escambo 2.0
Trocar e compartilhar bens de consumo e não comprá-los. Essa é a ideia
sustentável por trás do consumo colaborativo, fenômeno que vem crescendo
em todo o mundo e que aos poucos chega ao Brasil.
A tendência
do consumo colaborativo cresce em torno da teoria dos 3Rs (três erres):
redução do consumo de resíduos, reutilização dos produtos e reciclagem
ao final da vida útil. A transformação do bem em serviço é o que faz a
proposta ser tão atraente para a expansão do pensamento de que “o que é
seu, também é nosso”.
São serviços que através da internet adaptam a antiga prática do
escambo à era digital com a criação de websites que oferecem a troca,
aluguel, empréstimo e até doações de qualquer tipo de bem, sem
equiparação de valor.
As ofertas são as mais inusitadas
possíveis. Vão desde o aluguel de carros por períodos fracionados em
horas, empréstimo de furadeira para uma reforma rápida ou a troca de um
livro que estava encostado na estante.
Foi um movimento que
ganhou força nos Estados Unidos e Europa após a crise econômica mundial
de 2008 e que fez com que os consumidores desses países buscassem
alternativas para economizar dinheiro e tirar alguma vantagem no
reuso de produtos que já possuíam.
Nos Estados Unidos, sites como o Swap são febre entre os consumidores e suas ações costumam também ir além da
rede mundial de computadores. O serviço realiza campanhas para troca de
livros e uniformes em escolas infantis, incentivando desde o início as
crianças a desenvolverem uma consciência de consumir menos e
compartilhar mais.
O Consumo Colaborativo no Brasil
Mas no Brasil isso ainda não ocorre com
tanta força, pois a classe média ainda está em crescimento e,
portanto, consegue comprar mais, diminuindo essa margem para o
empréstimo ou troca de produtos.
Porém, a consciência ambiental dos brasileiros é considerada mais representativa
do que em outras regiões e é justamente neste pensamento sustentável
que sites de consumo colaborativo no Brasil apostam para um rápido
crescimento desse novo mercado que poderá ajudar a reduzir o impacto da
materialização desenfreada entre os cidadãos e do acúmulo de lixo e
resíduos sobre o meio ambiente.
Para ajudar na expansão do consumo colaborativo no Brasil existe o DescolaAí,
que além da troca, também possibilita o aluguel de bens. O site possui
um sistema que localiza o usuário mais próximo geograficamente daquele
que procura o produto e os coloca em contato para acertarem os valores e
prazos do aluguel.
Exemplo de uso do consumo colaborativa pela artesã Elza Dupré
A artesã Elza Dupré teve seu primeiro contato com este tipo de serviço
em 2008, ao procurar por comunidades brasileiras no site norte-americano
FreeCycle. Conseguiu obter sem
nenhum custo diversos materiais como retalhos de tecidos, espelhos
usados, pedaços de vidro, tudo que poderia utilizar em seus trabalhos
artísticos, que são voltados ao ecologicamente correto.
Até sua bancada de trabalho foi obtida e construída através da doação de
uma porta usada e de um cavalete. Em contrapartida, Dupré afirma já ter
doado um violão que estava encostado a uma criança que queria aprender a
tocar.Só há vantagens em ser sustentável! O interesse me veio pelo fato de ser
um site de doações, onde o objetivo principal é a reutilização e
reciclagem de objetos e utensílios. É incrível como não temos idéia de
que qualquer coisa que não nos sirva ou interessa mais, pode ser útil
para outra pessoa”, afirma Dupré.
Leia a matéria na íntegra: http://info.abril.com.br/noticias/tecnologias-verdes/consumo-colaborativo-e-o-novo-escambo-2.0-02062011-12.shl?3
Muito legal! Achei um vídeo do DescolaAí
Ficou muito legal a matéria ilustrada com o vídeo. Essa sem dúvida é uma idéia e atitude a ser seguida e disseminada.
ResponderExcluirUm abração
Elza