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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

28/11-09/12: COP 17 em Durban, na África do Sul



Leia a matéria feita no site Terra da Gente sobre o início da COP17!

A tarefa da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 17), que começa hoje e se estende até 9 de dezembro em Durban, na África do Sul, não será fácil. Mais uma vez uma COP tenta avançar rumo a um acordo global de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.  



































Não é só isso. Outro ponto será ratificar o Protocolo de Kyoto, único acordo climático existente (e consistente), em que a maioria dos países desenvolvidos se comprometem a ter metas de redução das emissões (exceto um dos maiores poluidores do mundo, os EUA, que nunca o assinou).

O Protocolo de Kyoto expira em 2012 e se não for estendido não haverá nada em seu lugar. Ou seja, o que já está ruim ficará pior.  

O terceiro ponto a ser debatido por representantes de mais de 190 países que participam do encontro é estabelecer quem paga e quem recebe dinheiro de um “fundo verde” climático. 

Atualmente, o maior emissor de gases-estufa do mundo é a China, mas ela resiste em se comprometer com metas de corte enquanto os EUA não o fizerem. Rússia, Japão e Canadá, por sua vez, alegam não ver sentido em assumir novo compromisso enquanto os maiores poluidores não o fazem. Mora aqui o impasse.  

A União Europeia representa o maior bloco de países ricos dispostos a negociar algum compromisso. Mas infelizmente a conferência de Durban acontece num momento conturbado, em que a salvação da economia parece mais urgente que a do clima. 

Resultado: ela deve prejudicar outra grande meta da COP 17, que é normatizar o funcionamento do “fundo verde”, um mecanismo de financiamento de ações de redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas nos países pobres. A ideia é que haja US$ 100 bilhões ao ano disponíveis até 2020. Mas não se sabe, até agora, quem vai colocar a mão no bolso para levar a proposta adiante.
  
O Brasil aposta suas fichas numa renovação do Protocolo de Kyoto. O negociador brasileiro embaixador André Corrêa do Lago alerta que “há praticamente um consenso de que nunca mais vai se conseguir um acordo total”.

  Daí a importância de não se deixar morrer este. Corrêa do Lago ressalta que desde a assinatura do protocolo, em 1997, havia a determinação de que o primeiro período de compromisso seria revisto entre 2008 e 2012. “Nenhum país quer sair de Kyoto pra fazer mais do que faria em Kyoto. Todo mundo quer fazer menos”, comentou o diplomata brasileiro na última semana, em Brasília.  

O Boticário presente no evento
A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza também estará na África do Sul durante a 17ª Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 17). Quatro representantes da instituição irão acompanhar as negociações entre as partes, entre 5 e 9 de dezembro, a última semana de negociações, na qual são estabelecidos os acordos mais importantes entre os países membros, com a presença de Ministros e Chefes de Estado.  

Na Conferência propriamente dita, apenas as delegações oficiais dos países membros possuem direito a voto. Os representantes da Fundação Grupo Boticário estão credenciados e participarão na categoria de observadores, além de fazer parte de palestras e reuniões técnicas de capacitação, junto à delegação do governo brasileiro.  

A instituição também terá um estande para divulgar o Bio&Clima Lagamar, um polo de pesquisas tem por objetivo a compreensão dos impactos das mudanças climáticas sobre espécies e ecossistemas na Mata Atlântica. Trata-se de uma iniciativa inovadora de financiamento de projetos de pesquisa que tem como diferencial a aplicação prática dos resultados obtidos pelas pesquisas no manejo de áreas protegidas e políticas públicas que busquem reduzir os impactos identificados e a conseqüente perda de biodiversidade.  
Outras negociações que devem acontecer paralelamente na COP 17 são a regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) e do Green Climate Fund – um fundo para que os países desenvolvidos financiem ações de mitigação e de adaptação para redução de emissões de GEE nos países em desenvolvimento.

Nos últimos anos, surgiram diversas alternativas que inserem indivíduos e iniciativa privada em ações de proteção à biodiversidade que beneficiam toda a sociedade. O Brasil possui mecanismos de pagamentos por serviços ambientais como o Projeto Oásis da Fundação Grupo Boticário, que premia financeiramente os proprietários particulares de terras que preservam a mata nativa e manejam de forma adequada as áreas produtivas de suas propriedades. “São projetos como esse que provam que é possível sim conservar e produzir na mesma propriedade”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação.

Além deste projeto crescente no país, a instituição organiza o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), maior evento sobre o tema da América Latina. “Em 2009, como resultado do encontro, foi elaborado um documento com sugestões para contribuir e influenciar o governo brasileiro em medidas para redução das emissões dos gases do efeito estufa”, explica Malu. Em 2012, o CBUC acontecerá em Natal.
 



Fonte: Terra da Gente- Eptv.Globo, 28/11

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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