Artigo de Yully Fernandes: Já pensou em adotar um animal?

         Há muitas razões para adotar um animal ao invés de comprá-lo, entre elas: existem muitos cães em abrigos, precisando de um lar. De acordo com a instituição ARCA Brasil, só na cidade de SP, estima-se que existam 2 milhões de cães, sendo que 10% destes estão abandonados ou sem domicílio de referência. Outro fato importante é que muitos criadores realizam a reprodução de forma irresponsável, podendo resultar em filhotes com baixa resistência, doenças genéticas, etc. Além disso, muitos desses criadores não respeitam a saúde dos animais que eles utilizam como procriadores, obrigando-os a reproduzirem-se sem intervalos, não oferecendo ração de qualidade e os cuidados básicos, como abrigo, local limpo, etc. Entre os animais para adoção, há muitos de raça, que foram abandonados por seus antigos “donos”. Há também animais de diversos tamanhos, cores, idades e comportamentos distintos. Certamente algum irá satisfazer as características que você e sua família estão procurando. No entanto, antes de assumir a responsabilidade de adotar um animal é preciso verificar alguns itens: 

1-) Antes de adotar um animal, lembre-se que ele poderá viver mais de 12 anos, e que deverá ficar sob seus cuidados durante todo esse tempo.  Certifique-se de que todos os moradores da casa estão de acordo com a adoção. Durante períodos de viagem, ele deverá ficar sob a guarda de algum parente ou amigo de confiança ou em um hotel previamente checado.

2-) Pesquise informações que mostrem o que seu animal precisará e verifique se você tem condições (inclusive financeiras) de sanar essas necessidades. Veja se o espaço físico que você dispõe é adequado ao porte do animal. No caso de adoção de gatos, todas as janelas e sacadas devem ter telas protetoras, para evitar possíveis quedas. Não adotar um animal, quando não há possibilidade de fornecer a ele todos os cuidados de que necessita, também é um ato de amor.

3-) Identifique seu animal por meio de uma plaquinha de identificação presa à coleira. Essa plaquinha deverá conter seus dados (nome, telefone). Assim seu animal poderá ser encontrado mais facilmente, em caso de fuga. Tome precauções para que sua casa não seja um ambiente que facilite fugas. Animais que fogem ficam assustados, podem ser atropelados, maltratados, além de aumentarem o número de cães nas ruas. O Centro de Controle de Zoonoses da cidade de São Paulo (CCZ-SP) possui o serviço de Registro Geral Animal (obrigatório por lei), onde o animal recebe uma placa com um número de identificação e caso seu animal seja recolhido ou levado ao CCZ, você recebe uma notificação.

4-) Se você adotar um animal da rua, leve-o a uma consulta ao veterinário e faça a castração, vacinação e aplicação de remédios contra vermes.

5-) A castração impede a procriação indevida, que contribui para elevar o número de cães abandonados. Além disso, evita problemas de saúde para seu animal.  A prefeitura de São Paulo possibilita a castração gratuita de até 10 animais por habitante, basta fazer o cadastro. Mais informações pelo telefone do CCZ-SP: 11- 3397-8955 ou 3397-8956. Se você não mora em São Paulo, entre em contato com a prefeitura de sua cidade e verifique se ela possui algum serviço desse tipo. Há também muitos veterinários que realizam campanhas de castração a preços reduzidos.

6-) Além dos cuidados básicos (água fresca e limpa, alimento de boa qualidade, local adequado e higienizado, cuidados veterinários, etc.) os animais também necessitam de atenção e carinho. Dedique, diariamente, algum tempo para fazer companhia ao seu amigão.

7-) Cachorros necessitam de passeios regulares. Durante o passeio, fique atento à presença de outros cães que possam causam brigas, evite ruas com tráfego intenso, além de levar sempre seu cão com coleira, guia e placa de identificação. Prefira passeios em horários em que a temperatura seja mais amena. Se o passeio for longo, leve um recipiente com água para hidratar seu cão.

8-) Existem diversos protetores independentes e ONG’s que recolhem animais abandonados, castram, vacinam, aplicam vermífugos, medicam quando necessário, e deixam os animais prontos para adoção. Pesquise sobre a existência de ONG’s ou protetores na região onde você mora, certamente eles terão um amigo de quatro patas que corresponda ao que você está procurando. Lembre-se que quando você adota um animal, possibilita que outro animal de rua seja resgatado pela instituição.

9-) Caso não possa adotar um animal, reflita sobre a possibilidade de colaborar com as instituições que fazem esse trabalho, há diversas formas de ajudar:

·         através de doações (material de limpeza, jornal, ração, remédios, guias, coleiras, produto anti-pulgas, cobertores, roupas para brechó, etc.);

·         divulgação (divulgue esse trabalho para seus amigos e familiares, em seu site, blog, no seu condomínio, empresa, etc.);

·         sendo madrinha ou padrinho de um animal de abrigo (fornecendo mensalmente o que ele necessitar, como: ração, remédios, ou a quantia equivalente ou simbólica em dinheiro),

·         comprando algum produto da ONG através do site ou quando houver algum bazar ou feirinha;

·         oferecendo lar temporário ate que o animal seja adotado (nesses casos, o dono do lar temporário oferece o espaço físico, os cuidados necessários e carinho para o animal. Todos os custos como: ração, medicamentos, etc. são supridos pela ONG, protetor responsável ou madrinha/padrinho do animal);

·         doando produtos novos que podem ser vendidos nas feirinhas (artesanato, eletrônicos, cosméticos, utilidades domésticas, etc.);

·         doando seu tempo: muitos abrigos aceitam visitas; o CCZ-SP mantém um programa de passeio com os cães do abrigo; o passeio é realizado aos domingos e tem duração de 2 horas, para mais informações ligue: (11) 3397-8920.    

10-) Sempre que ajudar financeiramente alguma ONG ou protetor, peça que prestem contas dos gastos e divulguem fotos da evolução do tratamento do animal. Verifique a procedência do pedido de ajuda antes de realizar o depósito, se possível peça para visitar o animal (caso seja uma fraude, a pessoa tentará evitar essa visita). Caso a ONG ou protetor seja realmente sério, não se importará em dar explicações sobre as doações, principalmente porque a prestação de contas contribui para dificultar a ação dos fraudadores.

Segue uma pequena lista de sites interessantes que tratam desse assunto:

http://www9.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/sms/probem/

http://www.olharanimal.net/eventos-de-adocao

http://www.arcabrasil.org.br/index.htm

http://www.adotaretudodebom.com.br/

http://www.uipa.org.br/portal/

http://loboreporter.blogspot.com/p/websites-de-adocao-no-brasil.html

Qualquer dúvida, entre em contato comigo através do e-mail: yullyhf@gmail.com

Obrigada!

Gestora Ambiental, formada pela UniFMU

Yully Henrique Fernandes

Parabéns minha amiga Yully, ótimo artigo!!!! E vcs, o que acharam?

Érica Sena