Tem
surgido um movimento liderado por importantes nomes da moda nacional e
internacional que é o de aliar o fashion ao sustentável. As iniciativas
vão desde camisetas com mensagens em defesa das florestas, uso de fios
orgânicos, redução das emissões dos gases de efeito estufa, menor
consumo de água, entre outras.
Será
que essas ações representam de fato a incorporação genuína de uma
postura de contribuir para a melhor qualidade de vida das pessoas ou
apenas estratégias de marketing para que a moda entre no modismo
ambiental?
Afinal,
os fatos estão aí, importação de tecidos e roupas de países asiáticos,
em que não se sabe ao certo as condições de trabalho do lado de lá nem a
responsabilidade ambiental desses fabricantes que nos enviam produtos a
baixíssimos custos já que estão socializando seus impactos
socioambientais. Do lado de cá são detectadas condições precárias de
trabalho em muitas oficinas de costuras.
Analisando
este cenário, as marcas têm colocado em risco seus negócios e a imagens
construídas após muito investimento. Pesquisas continuam a indicar que
os consumidores estão mais atentos e dispostos a adquirir produtos de
empresas socioambientalmente responsáveis e que os investidores cada vez
mais criteriosos.
Vale
sempre lembrar que um produto não pode ser considerado sustentável só
porque é feito de algodão orgânico.
Um jeans ou uma camiseta só podem
ser sustentáveis se tiverem comprovados, no mínimo, os cinco itens
essenciais de sustentabilidade: qualidade e salubridade do produto, e
responsabilidades social, ambiental e de comunicação com o consumidor do
fabricante.
De nada adianta ser orgânico se a tintura apresentar níveis
elevados de toxidade para o usuário, se não houver responsabilidade
socioambiental em todo o processo de plantio, extração, fabricação e
distribuição das mercadorias e se a comunicação com o consumidor não for
ética.
A
questão da toxidade será cada vez mais relevante. Um tecido para
receber o Selo SustentaX e ser considerado minimamente sustentável
também precisa comprovar sua salubridade, submetendo-se a ensaios de
acordo com o seu uso final. Assim, para tecidos que serão usados para a
fabricação de roupas infantis, o rigor para a concentração de
substâncias químicas (como formaldeído, metais pesados...) é maior do
que para tecidos decorativos, a fim de evitar riscos de contaminações e
alergias. Além destes testes, são necessárias outras comprovações de
atendimento aos critérios essenciais e complementares de
sustentabilidade.
Os
consumidores estão atentos às inúmeras facetas e cores da "maquiagem
verde". Em muito boa hora o CONAR estabeleceu regras específicas para
diferenciar aqueles que promovem o tema sustentabilidade em seus
negócios. O importante é ser sustentável não apenas na mensagem, mas
sobretudo nas ações que impactam os consumidores. Newton Figueiredo*
Newton Figueiredo
é fundador e presidente do Grupo SustentaX, que desenvolve, de forma
integrada, o conceito de sustentabilidade empresarial ajudando as
corporações a terem seus negócios mais competitivos e sustentáveis,
identificando para os consumidores produtos e serviços sustentáveis e
desenvolvendo projetos de sustentabilidade para empreendimentos
imobiliários.
Fonte: Assessora de Relações Institucionais da Sustentax
Muito bom o artigo do Newton. Realmente muitos dos produtos que são vendidos como ambientalmente corretos ou sustentáveis, na verdade não são!. Nós, consumidores conscientes, temos que nos deter aos detalhes!
Érica Sena
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