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Mas posso também citar várias coisas legais: a programação paralela da Rio+20 por toda a cidade com exposições, debates, palestras, filmes, para quem ficará por várias dias no RJ vale a pena.
As exposições no MAM : EU SOU NÓS e sobre o Cerrado. Vale a pena ver!
Desde que começaram a falar
que a Rio+20 aconteceria aqui no Brasil, fiquei apreensiva e com vontade de
participar, já que tive uma vontade enorme de ter participado da Eco-92. Nesses
útimos meses combinei com várias amigas de irmos, mas sempre dava errado, já
tinha perdido a esperança de participar. Mas, semana anterior ao evento eu e
minha amiga Fernanda Beda resolvemos ir e passar um final de semana.
Euforia no caminho e uma
vontade de visitar a Cúpula dos Povos, mas chegando ao Rio tive várias interrogações
e decepções.
Falta de informação: ao meu ver, a cidade do Rio
de Janeiro não criou postos de informações sobre a programação, aviso de transporte
público para chegar aos locais que fazem parte da Rio+20, além de placas apontando a direção dos locais do evento.
Em relação ao transporte
público, deveria ter linhas específicas que levassem as pessoas de espaço do
evento ao outro. Eu senti essa
necessidade, não consegui chegar em todos os locais inseridos na programação do evento e paralelo a ele.
Não
estive na Barra, nem no Rio Centro, nem em Santo Cristo no Pq dos Atletas por
falta de informação e transporte, pois já sabia que era longe do Aterro do
Flamengo. Acho que se a organização se preocupasse mais com os visitantes
colocaria transporte saindo de um lugar para outro, garantindo que todos
visitassem os demais locais, e não se concentrassem na Cúpula dos Povos.
O problema maior que
encontrei no Aterro do Flamengo, e me frustrou muito, foi a insustentabilidade da Cúpula dos
Povos, como também a falta de informação sobre a programação local.
Um espaço muito grande e fragmentado, sem conexão. As tendas onde aconteciam debates geralmente estavam vazias, enquanto isso, muitas pessoas circulavam ao longo do aterro de um lado para outro.Eu me senti meio perdida naquele lugar, muita informação, mas desconexa e pouco atrativa.Faltou um elo em comum. Difícil explicar o que senti! Relato outros pontos a seguir:
Um espaço muito grande e fragmentado, sem conexão. As tendas onde aconteciam debates geralmente estavam vazias, enquanto isso, muitas pessoas circulavam ao longo do aterro de um lado para outro.Eu me senti meio perdida naquele lugar, muita informação, mas desconexa e pouco atrativa.Faltou um elo em comum. Difícil explicar o que senti! Relato outros pontos a seguir:
Coleta seletiva: quase não
havia cestos de lixos para materiais recicláveis. As pessoas jogavam o lixo e
os recicláveis no mesmo container laranja. Só no sábado o Movimento Nacional
dos Catadores de Materiais reciclaveis – MNCR- colocaram big bags ao longo do Aterro e sensibilizavam as
pessoas a separarem os materiais.
Á agua distribuída durante o
evento gratuitamente era em copos plásticos... nada sustentável para um evento
desses! Pq não colocaram bebedouros, onde cada um com suas canecas e garrafas
se servissem? Ambientalistas que se prezam tem em mãos uma caneca ou garrafa para
água, não é mesmo? Por que gerar mais resíduo???
Alimentação: cara, com poucas
escolhas e muita fila. Os vendedores ambulantes de sorvete, refrigerante,
salgadinhos cerveja e biscoitos Globo se deram bem.
Senti falta de conexão. Não
achei nenhum local dentro da Cúpula onde te mantivesse informado sobre os
acontecimentos no Rio Centro. Parecia que não fazia parte uma coisa da outra.
Outra coisa que me chamou
muita atenção na Cúpula dos Povos foi o fato dele ter virado um grande shopping de
produtos ambientalmente corretos (??) para os que puderam participar das tendas
de Economia social. E também uma grande feira livre ao que não tiveram esse
mesmo espaço. Você tropeçava em várias peças artesanais, alimentos típicos,
camisetas de ong e instituições. O consumismo estava presente!!!
Em relação a energia, usaram a não renovável: vários geradores de energia estavam presentes, e algumas macro tendas tinham ar condicionado. Quanta insustentabilidade!!!!
Em relação a energia, usaram a não renovável: vários geradores de energia estavam presentes, e algumas macro tendas tinham ar condicionado. Quanta insustentabilidade!!!!
Posso estar sendo muito
radical, mas esperava uma galera atuante e unida em prol da luta ambiental,
assim como vi na discussão do sábado contra a mudança do Código Florestal
encabeçada pela SOSMA e com ilustres participantes, e uma galera unida nessa
causa.
Fora isso, nos dois dias que passei lá não vi muito desse espírito de
luta e comprometimento pelas presente e futuro do planeta. Talvez nesta semana
agora, esses manifestações aconteçam com mais força, pena que não poderei estar
participando delas.
Mas posso também citar várias coisas legais: a programação paralela da Rio+20 por toda a cidade com exposições, debates, palestras, filmes, para quem ficará por várias dias no RJ vale a pena.
As exposições no MAM : EU SOU NÓS e sobre o Cerrado. Vale a pena ver!
Na Cinelândia, acontece uma
exposição de fotos maravilhosa “A Terra vista do Céu” do fotógrafo e
ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, que chega pela primeira vez ao
Brasil. Fora o lugar, em frente ao Teatro Municipal. Imperdível!
Outra exposição imperdível é
a que acontece no Forte de Copacabana- Humanidade 2012. Uma das
exposições mais incríveis que visitei!!!Mas essa farei uma matéria a parte!
Mesmo com todas as frustrações,
foi muito legal ter participado. Estar naquela cidade maravilhosa, ver pessoas
de mundos diferentes cantando e dançando em paz é um acontecimento de harmonia e
beleza. Encontrar amigos virtuais no meio da muvuca foi bem legal.
Personalidades |
Espero que além de um momento de lazer para
todos que tiveram a chance de estar lá, esses dias venham reafirmar nosso papel nessa luta em prol da
sustentabilidade, pois esperar a vontade dos nossos governantes, será
complicado.
Érica Sena
Senti a mesma coisa.
ResponderExcluirBom texto Erica. :)
Obrigada,abs
ExcluirValeu Érica pela partilha!!!! Estou compartilhando!!!! Abraços!!!!
ResponderExcluirObrigada, bj
ExcluirOlá Érica
ResponderExcluirPois é uma pena o Rio de Janeiro ter perdido uma oportunidade de dar um exemplo, e uma pena maior vai ser o resultado da Cimeira.
Não tinha expectativas, essa economia pintada de verde não me convence. O que precisamos é mudar de paradigma, é mudar de civilização e acabar com o domínio do capitalismo selvagem. Mas já perdi qualquer réstea de esperança com mudanças de cima para baixo. A mudança só pode ocorrer de baixo para cima, através de grupos de pessoas conscientes do seu papel e das limitações do planeta. Como está a acontecer com a permacultura, coma Transição, com as eco-aldeias e eco-vilas. E também eco-cidades (o exemplo de Totnes no UKé ótimo)
Obrigada pelo seu testemunho :)
Beijinhos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi amiga,
Excluirperdeu sim, desde a alteração do Código Florestal e agora com o documento da Rio+20. É uma pena!!
Nao sei se as pessoas estão preparadas para esse mudança de atitudes, ja q o capitalismo ainda comando a cabeça e o coração da maioria.
Mas tenho fé que isso mude!!
Obrigada Manuela,
bj
Érica
AINDA QUE OS RESULTADOS DA RIO + 20 TENHAM FICADO AQUEM DA ESPECTATIVA, PENSO TER SIDO IMPORTANATE PELO FATO DE DESPERTAR A SOCIEDADE HUMANA DA IMPORTANCIA DE PRESERVARMOS O AMBIENTE JA TAO DEGRADADO.
ResponderExcluirPenso que a RIO+20 conseguiu importante avanço na questão da proteção aos oceanos. Quanto a organização, pareceu-me típica dos Estádio de Futebol pelo Brasil afora!
ResponderExcluirSaudações ambientalistas a todos que fizeram os comentários e sobre o acontecimento da Cúpula dos Povos.
ResponderExcluirÉ mais ou menos o que foi narrado pela amiga ECO. Apesar de eu não ter ido a Cúpula dos Povos à noite as minhas amigas Face`s me contavam alguma coisa. Mas estive no Rio Centro não no primeiro dia que me contaram que os pavilhões foram extremamente organizados e corretos. Salvo a mordomia geral e a presença de várias empresas americanas vendendo os seus produtos e a distribuição de garrafas plásticas, como foi o caso da Coca Cola. E muita farta distribuição de foulders e sacolinhas de pano. Estive no Rio Centro por dois dias consecutivos na segunda semana, que senti que não era para uma simples ONG ou uma entidade associativa, até porque não se conseguia entrar no pavilhão onde estava os grandes responsáveis e causadores do caos do planeta. Ficava-se com a sensação de sermos meros coadjuvantes ou que haveria a qualquer momento deflagração de uma guerra campal já que o aparato militar era gigantesco que nos deixávamos apreensivos e desconfortáveis. Quanto ao Forte de Copacabana, a Exposição Humanidade realizado pela FIRJAN, Fundação Roberto Marinho e outros grandes organismos privados tendo a parceria dos órgãos governamentais que usaram o espaço tombado pelo IPHAN que me deixou insegura pelo tamanho do alicerce em que as pessoas não imaginaram da iminência do perigo de que a estrutura física não suportaria pelo excesso de pessoas. Muito material de propaganda e enfeites foram cortados pelo peso. Fora isso, tudo é válido desde de que a sociedade comece a voltar os olhos para a questão ambiental. Porque o que está sendo feito, tem que acabar. O excesso de consumo, a migração desenfreada, o lixo urbano, o capitalismo selvagem, a explosão demográfica, a proibição dos fogos de artifício e os excessos de poluições em toda a sua forma que não foram discutido em nenhum momento. Só fiquei com a minha tristeza em não ter visitado o navio do Greenpeace por questão de saúde, mas sei que não faltará uma outra ocasião para a minha visita. Uma lição que tiro de todos os comentários é que tem que começamos por nós como diz várias fotos lá em cima EU SOU NÓS, mas colocando VÓS e ELES.Todos emanados em um mesmo objetivo, a preservação do nosso único lugar que temos pra viver, o Planeta Terra.