A Ford apoiou o projeto Travessia Oceânica B100, promovido pela Universidade Federal da Bahia para testar a eficiência do biodiesel 100%, produzido a partir de óleos vegetais. Chamado B100, o combustível foi usado durante cerca de 13.000 quilômetros em uma picape Ford Ranger.
A viagem pioneira foi concluída esta semana, com a chegada do grupo no Farol da Barra, em Salvador. A Travessia Interoceânica B100 durou duas semanas e passou por cinco estados brasileiros (Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre), além do Distrito Federal, até a cidade de Ilo, na costa do Pacífico do Peru.
A Ford doou duas picapes para o projeto que se iniciou há três anos. No teste, um veículo foi abastecido com diesel convencional – o B5, que tem 5% de biodiesel. O outro veículo usou 100% biodiesel, produzido a partir de azeite de dendê e óleo de cozinha no Laboratório de Energia e Gás da universidade.
Pioneiro
O desempenho dos veículos foi positivo, segundo Ednildo Andrade Torres, professor da Universidade Federal da Bahia e Escola Politécnica, que coordena o projeto com Fabrizzio Cedra Gaspar, do Projeto Surear, e Jorge Martins, professor da Universidade do Minho, Portugal.
"Nunca antes, no Brasil e no mundo, foi feito um teste como este, inicialmente no laboratório e depois no campo, a 4.500 metros de altitude e depois no nível do mar", diz o pesquisador. "A avaliação foi extremamente positiva, sem nenhum problema no percurso, o que mostra a qualidade e o desempenho não só das picapes como do planejamento executado pela equipe."
Rendimento
Os pesquisadores esperavam uma diferença de 10% no rendimento dos combustíveis, mas a variação foi bem menor. A picape com B100 rodou aproximadamente 10,3 km/l, enquanto a com B5 fez cerca de 10,7 km/l. Durante a viagem foram recolhidas amostras de óleo do motor da Ranger.
"Após a chegada os veículos estarão disponíveis para análises, nas quais poderemos avaliar fatores como o desempenho e desgaste de peças durante o percurso”, explica Leandro Benvenutti, especialista técnico em combustíveis e lubrificantes da Ford. “Nosso propósito ao apoiar a travessia foi puramente a pesquisa. A ideia é observar o comportamento do veículo com este tipo de combustível e colher dados que possam ser úteis em projetos futuros.”
Um dos objetivos do experimento é chamar a atenção para o potencial de ampliação dos biocombustíveis na matriz energética brasileira, em especial para os benefícios da utilização do biodiesel misturado ao diesel em diferentes proporções no setor de transportes.
Nova geração
As picapes da Ford vêm sendo usadas em pesquisas com biodiesel pelas suas características de confiabilidade e robustez para enfrentar diversos tipos de terreno.
Se o modelo testado já chama a atenção pela eficiência, com a chegada da nova geração global, recém-lançada no Brasil, a picape introduziu novos motores diesel e flex e ampliou ainda mais as suas características de potência, economia, dirigibilidade e desempenho.
Fonte: Agência de Comunicação Burson-Marsteller Brasil
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Érica Sena
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