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sábado, 18 de agosto de 2012

Lixão de Gramacho se tornará um Polo de reciclagem


 Um convênio firmado sexta-feira, dia 17 de agosto, entre a Secretaria Estadual do Ambiente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Fundação Banco do Brasil e a Petrobras deu início às obras de construção do Polo de Reciclagem de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

De acordo com o secretário do Ambiente, Carlos Minc, serão investidos R$ 12 milhões para a montagem do polo. Até o primeiro semestre de 2013, quando a usina recicladora estiver funcionando plenamente, 400 ex-catadores estarão trabalhando no local.

Para o secretário, o fechamento do aterro sanitário de Gramacho acaba com uma dívida social. “O antigo catador contaminado vai ter dignidade, saúde e vai se converter em um reciclador. O lixo é matéria-prima fora do lugar, você impede que prejudique rios e canais, gera empregos de mais qualidade e fornece matéria prima semi-elaborada para a indústria”, destacou.

Carlos Minc informou que a secretaria estuda a implantação de mais dois polos de reciclagem, um na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro e outro em São Gonçalo, município da região metropolitana, que também teve seu aterro sanitário fechado.

O Aterro Sanitário de Gramacho foi fechado em junho deste ano, após 34 anos de uso. O cotidiano das cerca de 1,8 mil pessoas que encontravam no aterro o seu sustento alcançou repercussão internacional e motivou a criação de filmes, como o documentário Lixo Extraordinário, indicado ao Oscar em 2011.


Aproveite e leia a matéria feita por Terra da Gente.



Lixão de Gramacho, no Rio, pode causar desastre ambiental


O aterro e lixão de Gramacho, no Rio de Janeiro – que foi recentemente fechado e serviu de pano de fundo para Lixo Extraordinário, documentário indicado ao Oscar da categoria em 2011 –, ainda é um grande problema ambiental a ser resolvido.
Com o seu fechamento do lugar e a criação Polo de Reciclagem de Gramacho, há necessidade de mais pontos de controle de materiais, além da possibilidade de vazamento do chorume do aterro , que é grande. 
Devido a esses riscos de desastres ambientais, o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública que pede que as empresas privadas responsáveis pelo Polo de Reciclagem (Comlurb , Inea e concessionária Novo Gramacho Energia Ambiental S/A) tomem as medidas necessárias para sanar esses problemas.
Cerca de 1,5 mil catadores que trabalhavam no local perderam seu sustento com o fechamento do aterro. A prefeitura do Rio de Janeiro adiantou para eles todo o dinheiro que teoricamente será arrecado com o biogás gerado pelo Polo de Reciclagem nos próximos 15 anos. Mas nenhuma medida de monitoramento ambiental foi tomada. Em outras palavras, corre-se o risco de que o chorume continue a ser produzido no local e contamine as águas da Baía de Guanabara. O chorume se infiltra no subsolo e se não for controlado, em pouco tempo pode atingir as águas subterrâneas.
“Nós fizemos diligências junto com o Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia], que apontou eventuais falhas que poderiam estar ocorrendo no monitoramento ambiental no aterro de Gramacho, especificamente sobre eventuais vazamentos de chorume”, disse o procurador da República, Renato Machado. “É preciso verificar a eficácia da estação de tratamento de esgotos de chorume. Depois que ele passa pela estação, é jogado em um rio que passa ao lado. Eles não apresentaram nenhum dado referente à qualidade da água que entra na estação de tratamento e a que sai”, completou.
As empresas responsáveis pelo Polo de Reciclagem estranharam o pedido da MPF, alegando inclusive que o Ministério Público tinha sido um grande incentivador da transformação do aterro em Polo de Reciclagem. A presidente do Inea, Marilene Ramos, chegou a afirmar que a luta para que a transformação acontecesse foi duradoura e difícil. E se não fosse o apoio do MPF, poderia não sair do papel.
Ela vê a ação como algo exagerado e indevido. “Estamos neste momento trabalhando na licença de recuperação da área, que já contempla tudo isso que o MPF, em sua ação civil pública, está pedindo. Se tivesse havido uma conversa conosco, certamente não haveria necessidade dessa ação.”
A Comlurb se manifestou dizendo que o monitoramento e o tratamento do chorume, realizado em quatro etapas, já estão sendo feitos. 
Assista também: Gramacho, maior aterro sanitário da América Latina, é fechado
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/06/gramacho-maior-aterro-sanitario-da-america-latina-e-fechado.html

Fontes: Agência Brasil,Terra da Gente e G1

Pensar Eco ficará de olho! Espero que seja resolvido os problemas ambientais e sociais do local.

Érica Sena

Um comentário:

  1. Melhor seria, reciclar tudo que foi posto la, e queimar o resto, se não, o chorume vai todo pra baia...

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Érica Sena
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