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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Expansão de cidades até 2030 é chance do ‘urbanismo verde’, diz ONU


As áreas urbanas do mundo vão mais que dobrar de tamanho até 2030 e isso será uma oportunidade para construir cidades mais verdes e saudáveis, segundo um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta semana, na Índia.
Medidas simples de planejamento, como a abertura de mais parques, o plantio de árvores e a construção de jardins sobre lajes de prédios, podem tornar as cidades menos poluídas e ajudar na proteção de plantas e animais, especialmente em grandes nações emergentes, como China e Índia, onde o crescimento urbano deve ser mais acelerado, informa o estudo intitulado “Perspectiva das cidades e da biodiversidade”.
Cientistas afirmam que nos próximos 18 anos, o planeta será obrigado a urbanizar uma nova área equivalente aos territórios da França, Alemanha e Espanha. O motivo é o crescimento descontrolado da população mundial, aliado a um processo migratório desordenado de pessoas para as zonas urbanas.
É como se nos próximos 18 anos, o mundo necessitasse desenvolver infraestrutura de transportes, energia elétrica, habitação, saneamento básico e outros serviços em uma porção de terra do tamanho do estado brasileiro do Amazonas.
Além disso, ao menos 15% da Mata Atlântica e 2,5% do Cerrado estariam ameaçados por novos aglomerados urbanos e há uma estimativa que 205 espécies de anfíbios, mamíferos e aves (sendo 134 apenas do continente americano) devem ser impactadas por novos projetos globais de desenvolvimento.
Explosão demográfica – A população urbana do mundo deve saltar de pouco mais de 3,5 bilhões atualmente para 4,9 bilhões em 2030, segundo avaliação da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica. Ao mesmo tempo, a área coberta pelas cidades deve crescer 150%, diz o estudo.
“A maior parte desse crescimento deve acontecer em cidades pequenas e médias, não em megacidades”, diz o estudo, divulgado por ocasião da COP 11 sobre biodiversidade em Hyderabad, na Índia.
Mais espaços verdes nas cidades podem filtrar a poluição e a poeira e absorver o dióxido de carbono, principal dos gases do efeito estufa. Alguns estudos mostram que a presença de árvores pode ajudar a reduzir a asm
a e as alergias em crianças que vivem próximas, diz o texto. O estudo salienta também a ampla diversidade de plantas e animais nas cidades.
Cidades x paisagem natural – Varsóvia, por exemplo, concentra 65% das espécies de aves encontradas na Polônia. A Table Mountain (na Cidade do Cabo, África do Sul) e o Parque Nacional Saguaro (em Tucson, Estados Unidos) são citados como outros exemplos de riqueza natural urbana.
O desenvolvimento urbano sustentável que ampara ecossistemas valiosos representa uma grande oportunidade para melhorar vidas e subsistências”, disse o chefe do Programa Ambiental da ONU, Achim Steiner.
Uma maior arborização das cidades pode ajudar a resfriá-las no verão, reduzindo o uso do ar-condicionado, diz o texto.
“Recentes estudos salientam a importância dos jardins urbanos, mesmo que pequenos, no fornecimento de um habitat para polinizadores nativos, como abelhas, que vêm declinando em ritmo alarmante nas últimas décadas”, disse o estudo.
E o relatório aponta também argumentos imobiliários para uma cidade mais verde. Nos Estados Unidos, “parques urbanos elevam o valor de propriedades residenciais próximas numa média de 5%; parques excelentes podem representar um aumento de 15%”, afirma o texto. (Globo Natureza)
Fonte: Ambiente Brasil, 17/10

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Abs,
Érica Sena
Pensar Eco

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