Custou, mas enfim o governo brasileiro mudou, ainda que
timidamente, a legislação que passa a permitir a cidadãos e empresas que gerarem
energia por meio de painéis fotovoltaicos obterem benefícios financeiros na
conta de luz. A medida também vale para geradores eólicos.
Antes o investimento na instalação de um painel fotovoltaico,
por exemplo, poderia levar anos para se compensar financeiramente, por meio da
economia de gastos com energia elétrica. Com a medida, ficou mais fácil
recuperar o investimento, com a inclusão da energia gerada no sistema de
distribuição energética das concessionárias.
Ao final do mês, o valor pago na conta de luz será
apenas da diferença entre a energia produzida e consumida, e, em caso de
excedente, a energia produzida servirá de crédito para os próximos meses.
A expectativa é que nesse ano o aumento das vendas
de painéis fotovoltaicos signifique redução do preço de venda dos painéis. A
instalação do sistema atualmente gira em torno de R$ 25 mil.
De acordo com reportagem publicada no portal da UOL em 17
de dezembro de 2012, a previsão quanto ao preço do medidor digital para a
geração em residências gira em torno de R$ 200 e R$ 300. Para o consumo de
energia em uma casa padrão, com dois moradores, o cálculo aponta 250 quilowatts/hora/mês,
o que requer pelo menos seis painéis fotovoltaicos a um custo de R$ 15 mil.
É importante que a instalação tenha o devido
acompanhamento técnico para o dimensionamento do sistema. Após instalado, é
necessário contatar a concessionária local para solicitar a conexão e inclusão
do sistema à rede.
Conforme reportagem publicada pela organização Deutsche
Welle em 3 de janeiro do 2013, na Alemanha, o uso de placas
fotovoltaicas não para de crescer. Somente em 2012, cerca de 1,3 milhões de
sistemas fotovoltaicos produziram 28 milhões de quilowatt-hora (kWh),
fornecendo energia elétrica para 8 milhões de casas.
A geração de energia em casa traz muitas vantagens,
como a descentralização e diversificação da matriz de geração energética e
menos dependência de grandes usinas hidrelétricas, além da redução das perdas
de transmissão.
Além disso, painéis fotovoltaicos aproveitam um espaço
ocioso que são os telhados, sem produzir ruídos, em um Brasil privilegiado - em
que o sol está presente o ano todo!
Agora, já é possível sonhar com milhões de telhados
gerando sua própria energia e vendendo o excedente à rede que passa na rua! E
assim não precisaremos mais de grandes usinas hidroelétricas que causam tantos
danos ao meio ambiente. (Fernando de Barros)
Fernando de Barros é
engenheiro civil, especialista em Planejamento e Gestão Ambiental e mestre em Engenharia
de Edificações e Saneamento e responsável técnico da Master Ambiental.
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Abs,
Érica Sena
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